FORUM PERMANENTE E INTERDISCIPLINAR DA SAÚDE / UNICAMP

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Residência Farmacêutica Visão Humanista
Advertisements

Professor: Bruno Ribeiro Mestre em Ciências da Saúde e Meio-Ambiente
DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS Administração de Recursos Humanos
Regina Célia Baptista Belluzzo
O Professor de Educação Física e os
ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Treinamento e Desenvolvimento
Descentralizando a Saúde para o Desenvolvimento Regional
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ENFERMAGEM
Políticas para uma Rede do Patrimônio Cultural da Saúde: desafios e perspectivas Paulo Elian Casa de Oswaldo Cruz/FIOCRUZ 8º. Congresso Brasileiro.
DESCENTRALIZAÇÃO, AUTONOMIA DAS ESCOLAS E O NOVO PAPEL DOS GESTORES EDUCACIONAIS A COMUNIDADE ESCOLAR ASSUME A RESPONSABILIDADE DE CONDUZIR OS DESTINOS.
Papeis e funções do enfermeiro psiquiátrico para o cuidado competente
POLITICAS DE EXTENSÃO: SUBSÍDIOS A EXPERIÊNCIA RECENTE DA FCM ROBERTO TEIXEIRA MENDES.
GESTÃO DE PESSOAS EM ESTABELECIMENTOS DE ASSISTÊNCIA
XIX Congresso CONASEMS Construindo a atenção integral à saúde
FUNÇÕES DENTRO DA EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA
Habilidades em Comunicação V
Atenção Integrada às Doenças Prevalentes da Infância (AIDPI)
PERGUNTA-SE As escolas dão a devida atenção aos CONSELHOS DE CLASSE?
A ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
Como funcionam as unidades de saúde da familia
TECNOLOGIAS DE GESTÃO DO CUIDADO EM SAÚDE
CURSO DE MEDICINA UFRR-IESC-2007
Curso de saúde mental para equipes da atenção primária (2) - Módulo II
DISCIPLINA: INICIAÇÃO EM FISIOTERAPIA PROFª RITA DE CÁSSIA PAULA SOUZA
ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA.
Princípios da Administração Fonte: Introdução à Administração de Antonio Cesar Amaru Maximiano Volume 03 Versão /07/2009.
Laura C. M. Feuerwerker* * Doutora em Saúde Pública.
TIPOS DE UNIDADE Reginalda Maciel.
ESF Integralidade da assistência
Modelo biologista e tecnicista hegemônico
Avaliação de Iniciativas e Programas Intersetoriais em Saúde: Desafios e Aprendizados  Natureza complexa das iniciativas e programas intersetoriais em.
O PACIENTE ONCOLÓGICO FRENTE A ATUAÇÃO DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL: UMA VISÃO GLOBALIZADORA.
Currículo Quais são as finalidades do curso?
ACOLHIMENTO EM REDE.
PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS
PROGRAMA EXCELÊNCIA EM GESTÃO EDUCACIONAL
Área de abrangência da Equipe de Saúde da Família
INDICADORES COMO FERRAMENTAS
URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA PRÁTICA CLÍNICA
Planejamento do Processo de enfermagem
Dimensionamento de pessoal de enfermagem
CUIDADOS PALIATIVOS PROF. LUCIA.
Estratégia de Saúde da Família
UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO
A Administração e suas perspectivas
Assistência Farmacêutica
Políticas Públicas de Saúde: PSF
PEI – Programa Educacional Individualizado
Um Novo Olhar Saúde de Adolescentes em medidas socioeducativas de internação e internação provisória Fevereiro/2012.
A essencialidade da Gestão em Saúde Publica
VIGILÂNCIA EM SAÚDE.
O Assistente Social, como profissional de Saúde, tem como competências intervir junto aos fenômenos sócios-culturais e econômicos, que reduzem a eficácia.
ou seja, resultado de determinações históricas estruturais
CUIDADO DOMICILIAR: O PAPEL DO ENFERMEIRO
ATUAÇÃO DE PSICÓLOGOS NO CRAS
PROJETO TERRITÓRIOS. PROJETO PARCERIAS G H M DAE/CAMC DAB DARA GESTORES ESF NASF USUÁRIOS HOSPITAIS DE EXCELÊNCIA.
PSF como Porta de Entrada do SUS
Programa Saúde da Família
Lílian Rodrigues de Oliveira
NASF Betim 2009/2010. Criação dos NASF´s Portaria 154 (MS, 2008) – NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família) Profissionais de diferentes áreas especializadas.
Proposta de implantação de um Projeto Piloto na comunidade com elevado índice de uso de drogas, criminalidade.
EDUCAÇÃO CONTINUADA: Um Desafio para o Enfermeiro Educador! Prof Bruno Silva UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO FACULDADE DE ENFERMAGEM.
COMO GERENCIAR E MOTIVAR VENDEDORES O Que os Gerentes Precisam Fazer Para Manter os Vendedores Motivados ? Quais São As Atribuições Básicas de Um Gestor.
Apoio matricial em Saúde Mental
CONSOLIDADO DO TRABALHO DE DISPERSÃO DA OFICINA 1: FORTALECIMENTO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NOS MUNICÍPIOS MACRORREGIÕES NORDESTE E PLANALTO NORTE.
ENCONTRO NACIONAL UNIMED DE ASSISTENTES SOCIAIS 2010 a nossa vida é cuidar da sua.
“ Gestão Estratégica do Serviço de Enfermagem” Enfª Maria Lúcia Alves Pereira Cardoso Diretora de Enfermagem – HSC - Pompéia.
Apoio Matricial, Apoio em Saúde e a Articulação da Rede
Olga Matoso Consultora Técnica – PNH/DAPES/SAS/MS.
Transcrição da apresentação:

FORUM PERMANENTE E INTERDISCIPLINAR DA SAÚDE / UNICAMP TRABALHO EM EQUIPE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE Notas e questões selecionadas Paulo Eduardo Elias

DAS ORIGENS (etimologia) E AS DECORRÊNCIAS Equipe : do francês équipe - conjunto de pessoas que se dedicam à realização de um mesmo trabalho; introduzido na língua portuguesa em 1899. Relacionado a equipar uma embarcação ( conjunto de pessoas que preparam uma embarcação para a viagem) Noção ampla Situação complexa ao ser trazida para o campo da saúde (principalmente pela questão da liderança) Ideologização excessiva : perda do fenômeno

GRUPOS E OU EQUIPES GRUPO - pessoas interagindo para compartilhar informações e tomar decisões desempenhando melhor suas tarefas individuais (responsabilidade permanece individual. EQUIPE – pessoas geram espírito comum e positivo através de esforços coordenados. Procuram um desempenho coletivo e o resultado deve ser maior que as partes individuais. Responsabilidade individual e coletiva e as habilidades são vistas como complementares. Integração de habilidades habilidade coletiva Ponto de união : objetivos ou função (objeto de trabalho) Paulo Roberto Mota

COMO SE COORDENA? PROBLEMAS COMO SE CONSTRÓI O ESPÍRITO COMUM? NOÇÃO DE PROCESSO

PRESTADORES NA ATENÇÃO PRIMÁRIA Nos países capitalistas desenvolvidos a prestação da assistência tem no médico sua figura central ainda que este não trabalhe sozinho contando com outros indivíduos para a realização do trabalho, geralmente para interagir com pacientes no consultório ou participando da atividade assistencial por meio da realização de intruções do médico. Em muitos países capitalistas periféricos os prestadores de atenção primária não são médicos, podendo ser enfermeiros trabalhando na comunidade ou farmacêuticos bem como pessoal treinado especificamente para um papel que não exige uma educação médica tradicional. O PSF como modelo misto

Identificam mais sinais e sintomas nos pacientes; FUNÇÕES NAS QUAIS OS PROFISSIONAIS NÃO MÉDICOS APRESENTAM MELHOR DESEMPENHO Identificam mais sinais e sintomas nos pacientes; Prescrevem mais terapias não medicamentosas; Auxiliam de forma efetiva os pacientes que necessitam de tratamentos continuados e difíceis cujos efeitos são mais demorados a se manifestarem; Starfield

QUEM DEVE INTEGRAR A EQUIPE Disponibilidade de profissionais e recursos financeiros do sistema de saúde; Padrão de incorporação de tecnologia material no sistema de saúde Conformação da organização da assistência à saúde; Cultura social dominante sobre a assistência à saúde;

Construção de novo processo e não sobreposição de ações individuais TRABALHO EM EQUIPE REQUISITOS Desempenho de funções impossíveis para indivíduos isolados para se obter uma eficácia superior à obtida na execução individualizada Exigência especificidades (particularidades) universalidade (elementos comuns) visão do todo integrando as partes Construção de novo processo e não sobreposição de ações individuais Equipe com liderança ou sem liderança Identidade como elemento crucial para os envolvidos no trabalho (fortalecimento ou enfraquecimento das identidades dos profissionais envolvidos Mediação de conflitos profissionais (tensões)

CONFLITOS PROFISSIONAIS Expectativas e conflitos existentes nas organizações estão presentes nas equipes (tendência ao individualismo, dificuldades da construções do cooperativo) Choque entre a formação e capacitação recebidas e os requisitos para o trabalho (médicos e enfermeiros); Médicos desvalorizados por seus pares; Coordenação na prática muitas vezes a cargo dos enfermeiros vis a vis o papel social do médico; Auxiliares de enfermagem sem papel bem estabelecido (contato direto com o pacientes) por concorrência do ACS. O que são os ACS (pessoas da comunidade que favorecem o acesso à saúde; agentes do Estado que anunciam os limites do serviços para atender a demanda da comunidade; elo entre comunidade e sistema de saúde sem identidade em nenhum destes polos;

CONCEPÇÕES SOBRE O SERVIÇO Organização do serviço para que para quem

ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO QUESTÕES CONFLITANTES QUE DIFICULTAM O TRABALHO Carência da população por atendimento em saúde; Cultura voltada para prática curativa; Carências sociais com que se depara; Dificuldades em estabelecer fronteiras entre situações sociais e de saúde; REQUISITO DO ENVOLVIMENTO E DO DISTANCIAMENTO a comunidade e o domicílio o ambulatório e o hospital A CONSTRUÇÃO DE AÇÕES DEPENDE DA EXPERIÊNCIA E DA CURIOSIDADE DE CADA UM

DESAFIOS Comunicação Transferência de informações necessárias para a coordenação da atenção, inclusive a referência e a contra-referência. Necessidade de uma abordagem em atenção primária mais ampla (população em envelhecimento e incremento das doenças que duram mais ou recorrem mais frequentemente) Referencial teórico-conceitual para a prática da assistência à saúde (do individuo para a família e a comunidade) Sistemas de informação para o gerenciamento da assistência Planejamento na prática cotidiana

DESAFIOS RECONHECER E LIDAR COM OS LIMITES DA INTERVENÇÃO E DA ATUAÇÃO INDIVIDUAL E DA EQUIPE; SABER TRABALHAR NA DIALÉTICA ENTRE O SUCESSO E O INSUCESSO