DOENÇAS DIARREICAS E DESIDRATAÇÃO

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Transcrição da apresentação:

DOENÇAS DIARREICAS E DESIDRATAÇÃO

OBJETIVOS DA AULA Ao final desta aula o aluno deverá ser capaz de: Reconhecer os sinais e sintomas da doença diarreica e da desidratação; Classificar a doença diarreica segundo tipo e agentes etiológicos e a desidratação segundo tipo e gravidade; Correlacionar os fatores predisponentes, fisiopatologia e as manifestações clínicas; Conhecer o tratamento da doença diarreica e da desidratação segundo a gravidade; Identificar através do exame físico os sinais clínicos de desidratação; Conhecer a terapia de reidratação oral e as 3 fases da terapia de reidratação parenteral: reparação, reposição e manutenção; Propor a Assistência de Enfermagem para crianças com doença diarreica e/ou desidratação.

DOENÇAS DIARREICAS É uma das principais causas de morbidade e mortalidade infantil no Brasil, principalmente em crianças com menos de 6 meses de idade e que não estão em aleitamento exclusivo.

FATORES PREDISPONENTES 1. Idade: quanto menor a idade maior a gravidade. 2. Quantidade de água endógena: É maior a quantidade de líquido no LEC do que no LIC. Hipovolemia: devido a perda hídrica.

ÁGUA ENDÓGENA Existe maior porcentagem de água endógena no RN, devido ao aumento do líquido extracelular. Esse líquido diminui progressivamente com a idade. Quanto menor a idade maior quantidade de líquido extra-celular. RNPT 80% RNT 75%

FATORES DESENCADEANTES 1. Desmame precoce: entre outras coisas, o leite materno protege porque: Contém lactobacilos: impedem a colonização de entero bactérias Contém lactoferrina: tem efeito bacteriostático

FATORES DESENCADEANTES Contém lisozima: provoca lise de agentes infecciosos principalmente a E.Coli Contém elevada concentração de IgA: dificulta a ação de agentes infecciosos 2. Falta de saneamento básico: principalmente tratamento de água e esgoto

FATORES DESENCADEANTES 3. Clima quente: perda de líquido orgânico e proliferação de agentes patológicos 4. Desnutrição anterior: agrava o quadro devido à anorexia e má absorção da mucosa intestinal. 5.Desinformação: ausência de educação para a saúde

CLASSIFICAÇÃO DAS DIARRÉIAS As diarreias podem ser classificadas em agudas (osmótica ou secretora) e crônicas. Diarréia aguda é quando há: Mudança súbita do hábito intestinal com aumento do número de evacuações (+/- 3 a mais do que o hábito normal em 24 horas) Aumento de perda de água e eletrólitos nas fezes

DIARRÉIA AGUDA É caracterizada por: Diminuição da consistência das fezes para mais líquida Distúrbios digestivos que podem estar associados: dor ou desconforto abdominal, vômitos, dor à evacuação. A diarreia nunca vem só.Ela é acompanhada de distúrbios digestivos

Diarreia crônica Diarreia crônica é quando : Prolonga-se por 30 dias (OMS) Após uma semana de evolução nota-se exacerbação dos sintomas

DOENÇAS DIARREICAS Diarréia Aguda Osmótica Fisiopatologia: aumento do bolo fecal, da osmolaridade, do peristaltismo e do trânsito intestinal causados por: · Oferta de alimento inadequado para a idade · Insuficiência enzimática de lactose

DOENÇAS DIARREICAS Características: · Há excreção acentuada de líquidos e eletrólitos · O volume das fezes é menor que 500 mL nas 24h ·  Não há agente infeccioso ·  É auto limitada

DOENÇAS DIARREICAS Diarréia secretora Fisiopatologia: · Invasão do trato intestinal por um microorganismo (vírus, bactéria ou protozoário) com produção de enterotoxinas, ou patogenia das bactérias da flora intestinal. · Há Inflamação local com destruição de células intestinais, sendo dificultada a absorção de líquido e íons para o plasma. 

DOENÇAS DIARREICAS Diarréia secretora É uma forma grave de diarréia persistente. Prolonga-se por mais de 2 semanas (OMS). Após uma semana de evolução nota-se exacerbação dos sintomas

CARACTERÍSTICAS ·Acomete lactentes já desnutridos · Não cede com o jejum ·Sinais associados de febre, anorexia, vômito e dor abdominal ·Tendência à cor esverdeada das fezes contendo muco ou sangue, tenesmo e odor muito fétido(desinteria) ·     

DOENÇAS DIARREICAS Intolerância persistente a lactose, sacarose, glicose e a algumas proteínas alergênicas. Ex: ovo O volume de fezes é maior que 1000 ml nas 24h A excreção de sódio e potássio é muito acentuada

Agentes Etiológicos da Diarréia Aguda Escherichia coli: é o agente mais freqüente, atinge lactentes abaixo de 6 meses com transmissão por mamadeiras, água e alimentos Salmonellas: encontrada no cólon e no intestino / enterocolite. Transmissão por carnes e peixes

Agentes Etiológicos da Diarréia Aguda Shigella: enterocolite É muito contagiosa, com muitos surtos em instituições e creches. Transmissão via fecal oral Rotavírus: maior índice de desidratação no mundo inteiro. atinge crianças de 6 meses a 2 anos e pré-escolares, principalmente no inverno. A transmissão via fecal oral

VACINAÇAO PARA ROTAVIRUS VORH (Vacina Oral de Rotavírus Humano) A aplicação é via oral. A 1ª dose deverá ser ministrada quando a criança estiver entre o primeiro mês e 15 dias de vida a três meses e 7 dias. A 2ª dose deverá ser aplicada do terceiro mês e 7dias até cinco meses e 15 dias, com intervalo mínimo de um mês entre as duas doses.

Prevenção: Vacina – Anti ROTAVÍRUS Aplica-se aos 2 meses e 4 meses de idade junto com a Sabin e a Tetravalente Não deve ser dada após os 5meses e 15 dias Não há contra-indicações A reação adversa é o Abdômen agudo obstrutivo por invaginação intestinal

Tratamento medicamentoso Só utilizar se estritamente necessário porque: Antibióticos – como a diarreia é autolimitada os antibióticos são desnecessários. Exceções para: 1-Desinteria (fezes com muco e sangue) e estado toxêmico acentuado (febre alta, abatimento) em lactentes. 2- Diarréia aquosa e aparecimento de sangue no terceiro dia. 3-Cólera grave.

Tratamento medicamentoso Antieméticos (Plasil, Amplictil, etc.) – são depressores do sistema nervoso central e podem dificultar ou mesmo impedir a criança de tomar o soro. Antiespasmódicos (Elixir paregórico, novatropina, bentil, loperamide, etc.) – inibem o peristaltismo intestinal, facilitando a proliferação dos germes e, por conseguinte, o prolongamento do quadro diarreico

Tratamento medicamentoso Adstringentes (Caolin, Pectina, Carvão, etc.) – têm apenas efeito cosmético sobre as fezes, retirando água da luz intestinal e aumentando a consistência do bolo fecal,(simula melhora) além de serem agentes espoliadores de sódio e potássio. Antipiréticos (Dipirona, Novalgina, etc.) – produzem efeito de prostração e sonolência, dificultando a tomada do soro. Nos casos em que a febre se deve a outra infecção associada, usar preferencialmente o ácido acetilsalisílico.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PARA A CRIANÇA COM DIARRÉIA · Evoluir diarréia, febre e vômitos · Se houver deficiência enzimática, retirar lactose e sacarose · Evitar alimentos com muitas fibras e condimentados

Manutenção da alimentação em menor quantidade, maior freqüência e alimentos energéticos cozidos, com Introdução gradual de novos alimentos. Evitar contatos com animais. Incentivar o aleitamento materno e ingestão de líquidos para crianças em aleitamento artificial

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PARA A CRIANÇA COM DIARRÉIA Avaliar sinais de desidratação, alteração dos sinais vitais e assaduras, para prevenir complicações Orientar a família quanto a: Não gravidade da doença se bem tratada. Identificar a fonte de infecção (pode ser um familiar)

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PARA A CRIANÇA COM DIARRÉIA Higiene dos alimentos e da água Identificar destino dos dejetos Manter animais distantes Lavar períneo da criança com água e sabão após defecar Administrar solução de reidratação oral para prevenir ou corrigir a diarréia. Orientar a administração da TRO ou o preparo da SRO  

MILIMOLES/LITRO DE ÁGUA INGREDIENTES GRAMA/LITRO DE ÁGUA Cloreto de sódio 3,5 Citrato de sódio dihidratado 2,9 Cloreto de potássio 1,5 Glicose 20,0 COMPOSIÇÃO MILIMOLES/LITRO DE ÁGUA Sódio 90 Cloro 80 Citrato 10 Potássio 20 110 Osmolaridade: 310mOsm

TERAPIA DE REIDRATAÇÃO ORAL (TRO) Não oferecer gatorade, iogurte, banana, laranja e água de coco durante o tratamento com TRO porque contêm potássio podendo haver sobrecarga desse eletrólito. Buscar acompanhamento médico quando houver desinteria, vômitos freqüentes e não apresentar melhora da diarréia Não contrariar hábitos e crenças culturais

TERAPIA DE REIDRATAÇÃO ORAL (TRO) Na ausência do TRO preparar soro caseiro (SRO) que contém: 1 litro de água fervida 1 colher de chá rasa de sal 4 colheres de chá bem cheias de açúcar Após cada evacuação o lactente deve receber 50 a 100 mL e 100 a 200 mL se tiver mais que 1 ano

TERAPIA DE REIDRATAÇÃO ORAL (TRO) Suspender o soro se aparecer edema nos olhos. Administrar líquidos por sonda 300 mL/hora quando a criança não aceitar via oral ou quando houver vômitos 4 vezes por hora. Para a criança com diarréia grave ou desidratação, a hidratação deve ser parenteral.      

DOENÇAS DIARREICAS E DEDIDRATÁÇÃO Obrigado !!! Manter alimentação e outros tipos de líquidos para evitar a desidratação, e perda de peso. Manter registro de líquidos ingeridos, infundidos e eliminados, suspendendo a alimentação por 4 a 6 horas, se a criança desidratar.

TRO via SNG Indicações: Insucesso via oral – perda de peso após as duas primeiras horas de tratamento Vômitos persistentes (mais de 4 episódios em uma hora) Recusa persistente da solução

Desidratação É a condição clínica conseqüente à perda de líquido corporal, com equilíbrio negativo de água e de eletrólitos. É uma complicação da diarreia e uma das mais importantes causas de mortalidade infantil. Há grande depleção de água e eletrólitos(principalmente sal) no organismo.

TABELA REFERENTE A RELAÇÃO DOS SINAIS CLÍNICOS COM A CLASSIFICAÇÃO DA GRAVIDADE DA DESIDRATAÇÃO

Normal ou pouco deprimida Discretamente pastoso Sinais Clínicos 1º Grau 2º Grau 3º Grau Redução de peso corporal Até 5% 5-10% 10-15% Mucosas Pouco Secas Secas Muito Secas Lágrimas Presente Pequena quantidade Ausente Olhos Pouco encovados Encovados Muito encovados Fontanela Normal ou pouco deprimida Deprimida Muito deprimida Turgor Discretamente pastoso Pastoso Muito pastoso Pulso radial Fraco e taquicárdico Débil ou ausente Hipotensão Moderada Intensa Débito urinário Presente Oligúria Anúria

Desidratação Hipotônica Hiponatrêmica (hipotônica) Na+ menor 130 mEg/l. Ocorre nos desnutridos e nas crianças com diarréia prolongada.   

CLASSIFICAÇÃO DA DESIDRATAÇÃO Pode ocorrer devido a ingesta de diurético (expolia íons) e suor excessivo. Há redução do volume do LEC, havendo hipotensão arterial. Pode ocorrer choque hipovolêmico e hipertensão intra craniana, edema agudo do pulmão.

CLASSIFICAÇÃO DA DESIDRATAÇÃO Hipernatrêmica (hipertônica) Na+ maior 150 mEg/l. Ocorre quando a diarréia é acompanhada de febre e vômito, e excesso de TRO. Há os sinais clássicos de desidratação. Não há hipotensão.

CLASSIFICAÇÃO DA DESIDRATAÇÃO Isonatrêmica (isotônica) Na+ plasmático 130 – 150 mEg/l. Ocorre quando há vômito e diarreia aguda. Não há osmose. Sem alterações no volume intracelular. Redução efetiva no volume extracelular A manifestações clínicas ocorrem de acordo com a intensidade das perdas hídricas e e sais

TRATAMENTO COM HIDRATAÇÃO PARENTERAL Só utilizar soro IV se não houver condições clínicas para administrar o TRO ou SRO por via oral. A hidratação IV é dividida em três fases: Fase de Reparação ou fase rápida: corrigir o déficit hidroeletrolítico perdido na diarréia e vômito.      

Compõe-se de: Soro glicofisiológico na proporção de 1:1 (uma parte de soro glicosado a 5% e uma parte de soro fisiológico a 0,9 %) em volume de 50 mL / kg na primeira hora e mais 25 a 50 mL / kg nas horas subseqüentes. Administrar em média de 30 minutos. Em caso de choque, ou a criança não apresentar diurese, ou houver ainda desidratação muito acentuada, é prescrita a repetição dessa fase com soro fisiológico 20 mL/kg.

TRATAMENTO COM HIDRATAÇÃO PARENTERAL Fase de Manutenção: para manter a reposição hídrica quando a criança estiver hidratada e a função renal restabelecida. É composta de glicose e sais.  Fase de Reposição: para corrigir as perdas hídricas resultantes da diarréia e vômito. Tem a mesma composição da fase rápida, porém administrada mais lentamente.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM DURANTE A DESIDRATAÇÃO Verificar e avaliar sinais vitais. Obedecer as medidas hospitalares para prevenção da disseminação da infecção. Pesar a criança diariamente para classificar o estado de hidratação      

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM DURANTE A DESIDRATAÇÃO Desidratação leve = perda de peso de 3 a 5% Desidratação moderada = perda de peso entre 5 e 10%; Desidratação grave = perda de peso maior que 10%

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM DURANTE A DESIDRATAÇÃO Avaliar grau de consciência Realizar balanço hídrico, freqüência e aspecto dos vômitos Incentivar o aleitamento materno apenas se, desidratação de 1º grau e/ou se a criança conseguir mamar

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM DURANTE A DESIDRATAÇÃO · Observar e anotar freqüência e aspecto das micções e evacuações. Pesar as fraldas: valores de diurese iguais ou inferiores a 0,5 ml / kg / h caracterizam oligúria ·  Observar e anotar a presença de cólicas, tenesmo e desconforto abdominal ·      

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM DURANTE A DESIDRATAÇÃO Prevenir a dermatite amoniacal. Higiene, pomadas protetoras, luz, sol e ar nos primeiros sinais de hiperemia · Detectar a fonte de infecção ·Esclarecer dúvidas dos pais. Orientar quanto à prevenção da diarréia ·Detectar e evoluir os sinais clínicos da desidratação

DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM Déficit de volume de líquidos relacionado à excessiva perda gastrointestinal por fezes e vômito Alteração nutricional menor do que a necessidade relacionada a perda por diarréia, ganho inadequado Integridade da pele prejudicada relacionada à irritação cruzada por perda de fezes freqüentes.     

DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM Risco para infecção relacionado com a invasão de microorganismos no trato gastrointestinal Ansiedade/medo relacionada a separação dos pais, ambiente desconhecido, procedimentos estressantes.

CARACTERÍSTICAS DOS DIFERENTES TIPOS DE DESIDRATAÇÃO

Concentração sérica de sódio 130 a 150 mEq/l <130 mEq/l Características Isonatrêmica Hiponatrêmica Hipernatrêmica Concentração sérica de sódio 130 a 150 mEq/l <130 mEq/l >150 mEq/l Osmolaridade =300 mOsm/l <280 mOsm/l >320 mOsm/l LEC Diminuído ++ Muito diminuído +++ Pouco diminuído + LIC Mantido Aumentado Diminuído Fatores predisponentes infecções alimentares (diarréia osmótica) Desnutridos graves (diarréia secretora) Baixa idade, sudorese, taquipnéia, Temperatura da pele Fria Quente Turgor Muito diminuído Pouco diminuído Mucosas Secas Pouco secas Muito secas Sede Moderada Discreta Intensa Diurese Diminuída Presente Choque Em casos graves Precoce Tardio Psiquismo Apatia Coma Hiperirritável

ESTUDO DE CASO PARA CASA P.R.M., 3 anos e 2 meses, acaba de ser admitido na unidade de pediatria na companhia de seus pais. Você como enfermeiro que está recepcionando este pré-escolar observa que o mesmo aperta a mão de sua mãe com força, choraminga verbalizando ter medo de injeção e que não quer ficar internado e com olhar assustado observa as outras crianças. Seus pais estão tensos. Este pré-escolar está internando com mucosa seca, choro sem lágrima, oligúria, turgor pastoso, pulso fraco e fezes líquidas em grande quantidade, tendo como diagnóstico médico: Diarreia Aguda e Desidratação Isonatrêmica grau II para III. Realizado pesquisa de rotavírus nas fezes com resultado positivo. Será puncionado acesso venoso para receber expansão imediatamente. Pergunta-se: A) Quais as características do desenvolvimento desta criança segundo os teoristas do desenvolvimento (Freud, Erickson e Piaget) B) Explique 3 (três) fatores predisponentes da Diarreia Discorra sobre a diarreia provocada pelo rotavírus. C) Quando deve ser ministrada a vacina de rotavirus e qual a forma de administração? D) Faça o levantamento de problemas apresentados pela criança e família. Com base nestes problemas, elabore os Diagnósticos de Enfermagem. Para cada diagnóstico de enfermagem elabore, cuidados de enfermagem. E) A prescrição médica pede para correr em 1h30min a seguinte expansão: SF 0,9% 440ml. Calcule o gotejamento em gotas. Quantos gramas de sódio há neste soro? F) Elabore um plano de orientações a ser fornecido a esta mãe para evitar novos episódios de diarreia.

ESTUDO DE CASO PARA CASA Criança com 5 anos, 14o dia de internação, dispnéica com retrações intercostais, taquipnéica FR=42ipm, sat. 90%. No 8º dia de internação apresentou dor intensa em região torácica, batimento de asa de nariz, piora das retrações intercostais, diminuição da expansibilidade em HTD, com dor à percussão, sat. 85%, realizado USG e Rx tórax sendo detectado derrame pleural à D. Feito drenagem com saída de 80 ml líquido amarelado, evoluindo com febre (To 38,5), descorado, mantendo nebulização contínua de 5L/min, ausculta com roncos difusos bilaterais.   Faça levantamento de 3 diagnósticos de enfermagem. Estabeleça a assistência de enfermagem para cada diagnóstico.

VACINAÇAO PARA ROTAVIRUS VORH (Vacina Oral de Rotavírus Humano) A aplicação é via oral. A 1ª dose deverá ser ministrada quando a criança estiver entre o primeiro mês e 15 dias de vida a três meses e 7 dias. A 2ª dose deverá ser aplicada do terceiro mês e 7dias até cinco meses e 15 dias, com intervalo mínimo de um mês entre as duas doses.