II SEMINÁRIO PARA PROFESSORES INGRESSANTES - UNIPAMPA COMPONENTES PEDAGÓGICOS DA AÇÃO DOCENTE NA UNIPAMPA: Planejamento, metodologia e avaliação Prof. Dr. Jerônimo Sartori jeronimosartori@unipampa.edu.br
“Na sociedade contemporânea, [...]. O desafio é educar as crianças e os jovens, proporcionado-lhes um desenvolvimento humano, cultural, científico e tecnológico, de modo que adquiram condições para enfrentar as exigências do mundo contemporâneo” (DELIZOICOV; ANGOTTI; PERNAMBUCO, 2002, p. 13).
Locus privilegiado para A educação é o processo pelo qual a sociedade forma seus membros à sua imagem e em função de seus interesses (PINTO, 1993, p. 29). EDUCAÇÃO C O N E P Ç Õ S Ensinar é refazer, com quem quer aprender, o caminho que nos levou a um determinado conhecimento. ENSINO Saber e experiência de mundo, “liberdade de ação e de pensamento num espaço próprio onde as pessoas podem optar e movimentar-se dentro de um processo dinâmico” (PAVIANI, 1986, p. 50). APRENDIZAGEM UNIVERSIDADE Locus privilegiado para Trocar de experiências; Investigação e descobertas; Articulação de práticas e saberes; Novas ideias e novas reflexões; - Construção de conhecimentos.
A reformulação da educação requer a transformação da sociedade B L H O D C E N PROCESSOS SOCIAIS DIANÓSTICO SOCIAL DIAGNÓSTICO CULTURAL AMBIENTAL PROCESSOS EDUCACIONAIS A reformulação da educação requer a transformação da sociedade
ORGANIZAÇÃO CURRICULAR D I M E N S Õ Valor histórico e social do conhecimento HISTÓRICO-SOCIAL Reconstruir procedimentos para a produção de conhecimentos EPISTEMOLÓGICA Deve ser a expressão de uma política cultural, que envolve crenças, valores, rupturas (práticas).
ELEMENTOS ESTRUTURANTES DO PLANEJAMENTO Vinculados à realidade social e aos valores Vinculados à cognição e ao mundo do trabalho OBJETIVOS PROGRAMA (Conteúdos) Significativos à leitura de mundo Significativos à profissionalização METODOLOGIA Vinculada à discussão e à análise crítica Desenvolvimento da autonomia e do processo criativo AVALIAÇÃO Considera o processo: é diagnóstica, formativa e somativa Prima pela relação qualidade e quantidade
NÍVEIS DO PLANEJAMENTO Educacional Busca a integração entre os sistemas de ensino; Relaciona o desenvolvimento do sistema educacional ao desenvolvimento econômico, social, político e cultural. Planejamento de Ensino Indica a atividade intencional, metódica e sistemática (com propósitos definidos); Envolve previsão de resultados e meios para alcançá-los. Planejamento Curricular Tarefa multidisciplinar que visa estabelecer relações lógicas e psicológicas entre as áreas de conhecimento; Visa a aprendizagem de conteúdos e de habilidades. Planejamento de Aulas Especificação dos mecanismos adequados ao alcance dos propósitos diários em sala de aula. Previne vacilações e oferece maior segurança.
Elementos centrais do ensino: a) O campo da docência – explicitação das formas como o trabalho docente opera sobre o esfera social. b) O saber docente – credencia e legitima o professor a atuar em seu campo de ação social. c) A autonomia – gerada pela seleção dos saberes sociais que se transformam em saberes curriculares para a prática docente. d) O lugar da afetividade – presente no horizonte hermenêutico do trabalho docente.
Método caminho Metodologia de ensino ... constituído por um conjunto de operações mentais e técnicas que possibilitam a interação entre o sujeito e o objeto do conhecimento (RAYS, 2001). Metodologia de ensino ... conjunto de processos que permitem ao educando elevar o nível de reflexão crítica, tornando-se sujeito e agente do seu próprio processo de construção do conhecimento.
M E T O D L G I A não é mera utilização de métodos e técnicas de ensino; não consiste apenas numa dimensão técnico-instrumental; vale-se de princípios que ordenam e integram pensamento e ação; as situações didáticas se enlaçam a fatos empíricos, científicos, tecnológicos e sociais. De acordo com Rays “a todo método de ensino deve corresponder um correto método de aprendizagem” (2001, p. 88).
Método de ensino - é condicionado e condicionador dos ambientes de aprendizagem; - é caminho que promove a ação pedagógica consciente e organizada criticamente; - processo ordenado dialeticamente, ou seja, integração dialética entre ação e reação, sujeito e objeto, objetivo e subjetivo, planejamento e replanejamento; - implica em ordenamento de princípios lógicos e psicológicos; - não é caminho linear, por isso, tal cuidado precisa estar presente na prática pedagógica; - é intencional; - é concreto quando se converte em método de aprendizagem; - realiza a mediação entre estrutura da matéria de ensino, o contexto sociocultural e as reais condições de aprendizagem do educando; - tem finalidade formativa.
AULA Paradigma da aula no Ensino Superior [...] espaço e tempo de aprendizagem (MASETTO). [...] conjunto de situações previsíveis e imprevisíveis – envolve planejamento e regras de convivência (RAYS). AULA Paradigma da aula no Ensino Superior - Para Masetto a aula consiste em transmitir informações e experiências para que o aprendiz as retenha. Pilares dessa prática: Currículo privilegia disciplinas conteudistas e técnicas, estanques e fechadas. 2. Corpo docente qualificado na área específica e reduzida competência pedagógica. 3. Metodologia – privilegia a aula expositiva para cumprir programas; a avaliação se traduz apenas em verificação (MASETTO). Proposição: Substituir a ênfase o ensino pela ênfase na aprendizagem.
Características da aprendizagem universitária - Integração do processo - Aquisição e domínio de Conhecimentos por meio de métodos é técnicas científico-críticas (progressiva autonomia). Características da aprendizagem universitária - Integração do processo ensino-aprendizagem com a pesquisa (professor e aluno). - Tornar a aprendizagem significativa para o aprendiz (ressignificá-la).
AVALIAÇÃO Em forma de processo... ... sistematiza as reflexões ... coleta e analisa dados ... favorece a tomada de decisão-ação ... considera a aprendizagem dinâmica ... acompanha e controla o desempenho ... serve à finalidade da ação ... visa melhorar os processos cognitivos
Não se configura como processo, mesmo fazendo parte dele. VERIFICAÇÃO Encerra-se no ato de aplicar, ... de registrar ... de corrigir ... não dialóga com os dados ... se configura em si mesma ... é estática ... é apenas classificatória ... aprova ou reprova Não se configura como processo, mesmo fazendo parte dele.
Indicativos para elaborar pareceres de avaliação e/ou atribuir notas e conceitos: - Acompanhar o processo do aluno para ver se: a) compreende conceitos nas diferentes áreas do conhecimento; b) fundamenta as relações que estabelece a partir dos conceitos construídos; c) argumenta e sistematiza suas posições (idéias) de forma clara, lógica e coerente; d) demonstra na escrita e na fala o domínio da linguagem, do vocabulário, da estrutura gramatical e ortográfica; e) evidencia capacidade de relacionar teoria e prática, tomando por base o conhecimento sistematizado e a realidade do seu meio.
No ato de elaborar um instrumento de avaliação o professor necessita ter presente: - De que conhecimentos e de que habilidades o aluno necessita para o exercício da sua cidadania? - De que conhecimentos e de que habilidades o aluno necessita para ingressar no mundo do trabalho?
Recuperação O professor de ensino superior deve ter esta preocupação Recuperação O professor de ensino superior deve ter esta preocupação? Se o professor tem a preocupação com a aprendizagem do acadêmico esta questão necessita ser repensada. - De que forma a avaliação passa a constituir-se num mecanismo de poder e de autoritarismo do professor?
A AVALIAÇÃO. é um processo contínuo;. se fundamenta em critérios; A AVALIAÇÃO ... é um processo contínuo; ... se fundamenta em critérios; ... se elabora em conjunto; ... mede a conduta (atitudes e habilidades) dos estudantes, a eficácia dos docentes e a qualidade dos programas. Deve ser organizada e articulada com os OBJETIVOS EDUCACIONAIS.
A ciência atual não busca mais uma visão do mundo totalmente explicativa, o que produz é parcial e provisório. A ciência confronta-se com uma realidade incerta, de fronteiras imprecisas e mutáveis, estuda “o jogo dos possíveis”, explora o complexo, o improvável e o inédito. Não tem mais uma obsessão da harmonia, cede um grande espaço à entropia e à desordem e sua argumentação, enriquecida de metáforas e de conceitos novos, descobre progressivamente suas próprias limitações (Georges Balandier).
REFERÊNCIAS: LUCKESI, CIPRIANO Carlos REFERÊNCIAS: LUCKESI, CIPRIANO Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 1995. MASETTO, Marcos T. Docência universitária: repensando a aula. xerox. ______. Aulas vivas. São Paulo: 1992. RAYS, Oswaldo Alonso. A questão da metodologia do ensino na didática escolar. In: VEIGA, Ilma P. A. Repensando a didática. 17. ed. Campinas, SP: Papirus, 2001. p. 83-95. PIMENTA, Selma G.; ANASTASIOU, Léa das G. C.; CAVALLET, Valdo J. Docência no ensino superior: construindo caminhos. In: SEVERINO, Antônio & FAZENDA, Ivani C. A. (orgs.). Formação docente: rupturas e possibilidades.Campinas, SP: Papirus, 2002. p. 207-222. RAYS, Oswaldo Alonso. O conceito de aula: um dos saberes necessários à práxis pedagógica. In: ______ (org.). Educação: ensaios reflexivos. Santa Maria, RS: Palotti, 2002. p. 85-104. SANT’ANNA, Flávia Maria et al. Planejamento de ensino e avaliação. 11. ed. Porto Alegre, RS: Sagra Luzzatto, s.d.