São Paulo – SP/ Dias 6 e 7 de março de 2009 Hotel Sonesta 7º Curso Nacional de Doenças Pulmonares Intersticiais.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Definição de asma - GINA 2008
Advertisements

NOVO GOLD 2011 LÊDA MARIA RABELO.
Artrite reumatóide É uma doença auto-imune sistémica, caracterizada pela inflamação das articulações (artrite), e que pode levar a incapacitação funcional.
Diferentes tipos de Câncer
Comissão de Câncer de Pulmão - SBPT
Programação a 2012 Comissão de Doenças Intersticiais SBPT
Total Care /Hospital Paulistano -Amil SP
Câncer Da Tireóide Apresentador: Luis Fernando C. Barros
CANCRO DO COLO DO ÚTERO.
EPIDEMIOLOGIA DA TUBERCULOSE EM ARACAJU/SE NO PERÍODO DE 1984 A 2006
AVALIAÇÃO DO NÚMERO DE CASOS DE DIABETES MELLITUS
SAÚDE DA MULHER Tais Braga Rodrigues
Epidemiologia e Saúde Ambiental
Estudos Seccionais e Estudos de Coorte
Curso de Métodos Epidemiológicos aplicados à Clínica
Curso sobre uso racional de medicamentos
Reunião Mensal Anátomo-Patológica
DOENÇA RENAL NA SARCOIDOSE
Síndrome de Goodpasture
Revisão Anatomia e Morfologia TGI
Asma Criança e Adulto Dra. Jussara Fiterman. Objetivos da apresentação 1.Abordagem dos fenótipos da asma 2.Exposição dos recentes dados dos maiores estudos.
DOENÇA INFLAMATÓRIA DO INTESTINO O QUE SABEM OS DOENTES?
EFICÁCIA DO AASI NA MELHORA DO ZUMBIDO
projetodiretrizes. org
Linfáticos pulmão e pleura
Fenótipos da sarcoidose
Dr. Frederico Fernandes Pneumologia ICESP / InCor HCFMUSP
Uso do Teste de Função Pulmonar Completo na Avaliação do Paciente com Doenças Pulmonares João Marcos Salge.
CASO CLÍNICO Lilian Tiemi Kuranishi
O IMPACTO DA FUNÇÃO PULMONAR NA AVALIAÇÃO PROGNÓSTICA EM DPOC
Alterações radiográficas em pacientes com a co-infecção vírus da imunodeficiência humana/tuberculose: relação com a contagem de células TCD4 + e celularidade.
Márcia Gonçalves de Oliveira Médica Pneumologista
RADIOGRAFIA DO TÓRAX: AINDA ATUAL? DANTE LUIZ ESCUISSATO.
A Mulher e a Relação com o Tabagismo II CBT 2007.
Secretaria do Estado de Saúde do Distrito Federal Hospital Regional da Asa Sul ATENDIMENTO DO PACIENTE COM SIBILÂNCIA NA EMERGÊNCIA DO HOSPITAL REGIONAL.
2-) FATORES DE RISCO PARA SD. METABÓLICA Juliana Luisa F. de A. Fruet
Sandro Schreiber de Oliveira
DAMAGE IN SYSTEMIC LUPUS ERYTEMATOSUS AND ITS ASSOCIATION WITH CORTICOSTEROIDS Abraham Zonana-Nacach, Susan G. Barr, Laurence S. Magder, and Michelle Petri.
CORRELAÇÃO CLÍNICA DA ESCALA DE BORG NO TESTE DE CAMINHADA DE SEIS MINUTOS EM PACIENTES COM DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA   Autores: GOMES, L.O.R.S.;
Curso de Graduação em Enfermagem PUC Coração Eucarístico – 4° Período
II Iº Simpósio Onco Amapá O Câncer do Colo do Útero no Amapá
Provas de função respiratória Prof. Agnaldo José Lopes Thiago Mafort Prof. Agnaldo José Lopes Thiago Mafort.
Autores: Lília Paula de Souza Santos Fábio Silva de Carvalho
Câncer de Próstata: Quando pensar e como conduzir
Imunoexpressão dos genes MLH1, MSH2, MSH6, PMS1, PMS2 e MSH3 no carcinoma colorretal em doentes com até 50 anos de idade OrientaNdo: Luiz Guilherme Lisboa.
Liga Acadêmica de Geriatria e Gerontologia do Ceará
FIBROSE PULMONAR IDIOPATICA ASPECTOS ANATOMOPATOLOGICOS
A PELE É UM ESPELHO DAS DOENÇAS INTERNAS.
FIBROSE PULMONAR IDIOPÁTICA DIAGNÓSTICO – Aspectos Clínicos
MELANOMA METASTÁTICO: ANÁLISE DE PACIENTES COM LONGA SOBREVIDA
Espondiloartrites Indiferenciadas
Imagem da Mama Sociedade Brasileira de Mastologia – DF
O Estudo Platino e sua implicção em políticas de Saúde Pública
TC de baixa dose no screening e seguimento do câncer de pulmão
Centro de Reabilitação Pulmonar Disciplina de Pneumologia
SÍNDROME DE SJÖGREN Dr. Sergey Lerner UNIVERSIDADE POSITIVO.
ESQUIZOFRENIA.
Sistema Respiratório.
Dong Soon kim, Curr Opin Pulm Medicine, 2006 Paula Miguel Lara - Reumatologia – Santa Casa de São Paulo.
SUSPEITA DE FIBROSE PULMONAR! O QUE FAZER? DR. B. F. CABRAL JR. UCB / HRG SES DF / PNEUMHO.
Modelos de Provisão com base em Necessidades Sociais em Saúde
Aluno: Manoel Ricardo Costa Souza Orientador: Dr. Leonardo Kruschewsky
Módulo VI Situações Especiais – Mulheres e Idosos.
Principais tipos de estudo descritivos Profa. Dra. Edina Mariko Koga da Silva Universidade Federal de São Paulo Escola Paulista de Medicina UNIFESP.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES COM PARALISIA CEREBRAL SUBMETIDOS A TRATAMENTO CIRÚRGICO PARA CORREÇÃO DE PÉ TORTO NO SERVIÇO DE ORTOPEDIA DO HOSPITAL.
Transcrição da apresentação:

São Paulo – SP/ Dias 6 e 7 de março de 2009 Hotel Sonesta 7º Curso Nacional de Doenças Pulmonares Intersticiais

Série Brasileira de Sarcoidose Instituições: USP/ Unifesp/ HSPE Apresentadora: Dra Sílvia CS Rodrigues TE em Pneumologia pela SBPT Médica assistente do HSPE-SP

Introdução  Sarcoidose é uma doença granulomatosa sistêmica  Distribuição universal  Nos EUA, a incidência é 0,85% para negros e 2,4% para brancos  Predileção por adulto jovem (< 40 anos)  ⇡ prevalência no sexo feminino  O método usado para seu diagnóstico depende do órgão envolvido Statement on Sarcoidosis – Am J Respir Crit Care Med 1999; 160:

Introdução  O envolvimento pulmonar e LN intratorácicos > 90%  Qualquer órgão pode ser comprometido  A apresentação clínica e prognóstico são variáveis  Resolução espontânea  O tratamento é selecionado  Corticóide é a droga mais utilizada  Alguns indivíduos evoluem para curso crônico e progressivo  Necessidade vários cursos de tratamento

Objetivo do estudo  Avaliar o perfil de uma grande série de indivíduos brasileiros com sarcoidose  Fatores de risco  Meios diagnósticos  Características demográficas  Apresentação clínica, funcional e radiográfica  Tratamento  Prognóstico

Métodos  Análise retrospectiva de 393 prontuários de pacientes com diagnóstico de sarcoidose  3 instituições terciárias na cidade de São Paulo  HC-USP, HSP-EPM e HSPE-SP  Todas as unidades com experiência em doença pulmonar intersticial  O diagnóstico de sarcoidose foi obtido por biopsia em todos os casos  Sarcoidose grau I – diagnóstico clínico em alguns casos

Métodos  Análise retrospectiva de 393 prontuários de pacientes com diagnóstico de sarcoidose  3 instituições terciárias na cidade de São Paulo  HC-USP, HSP-EPM e HSPE-SP  Todas as unidades com experiência em doença pulmonar intersticial  O diagnóstico de sarcoidose foi obtido por biopsia em todos os casos  Sarcoidose grau I – diagnóstico clínico em alguns casos

Resultados

Tabela – Método utilizado para diagnóstico de sarcoidose numa grande série brasileira * 1 Método diagnósticoN (%)Percentagem Biopsia transbrônquica16341,5 Biopsia pulmonar cirúrgica6516,5 Mediastinoscopia6817,3 Biopsia de pele5413,7 Biopsia de linfonodo periférico 4912,5 Biopsia de outros órgãos225,6 Diagnóstico clínico* 2 41 * 1 Alguns indivíduos foram submetidos à biopsia em mais de 1 órgão * 2 Todos os pacientes que tiveram diagnóstico clínico pertenciam ao estádio radiográfico I

Resultados Tabela – Número e percentagem de pacientes com envolvimento especificado por órgãos numa grande série brasileira com sarcoidose ÓrgãoNúmeroPercentagem Pulmões34395 Pele13634,6 Linfonodo periférico7519,1 Alteração metabolismo Ca7519,1 Olhos4912,5 Coração348,7 Articulações338,4

Resultados Tabela – Número e percentagem de pacientes com envolvimento especificado por órgãos numa grande série brasileira com sarcoidose ÓrgãoNúmeroPercentagem Fígado266,6 SNC194,8 Glândulas salivares e parótidas 194,8 Ouvido, nariz e orofaringe133,3 Baço102,5 Medula óssea102,5 Rim61,6

Resultados Características gerais dos pacientes numa grande série brasileira de sarcoidose Dados geraisNº Sexo feminino / masculino274/ 119 Idade anos, x  DP49,1  12,1 Raça branca / negra/ amarela/ NI209/ 136/ 3/45 Doença recente / crônica/ NI123/ 254/ 16 Mahler 10-12/ 7-9 /4-6 / <4/ NI116/ 104/ 74/ 39/ 60 Emagrecimento sim/ não/ NI112/ 225/ 59 Tabagismo sim/ não/ NI133/ 219/ 41 Exposição a pássaro sim/ não/ NI127/ 193/ 73 Exposição a mofo sim/ não/ NI124/ 179/ 18

Resultados Características gerais dos pacientes numa grande série brasileira de sarcoidose Dados geraisN Exposição a inseticida sim/ não/ NI0/ 265/ 128 Exposição a ar condicionado sim/ não/ NI 11/ 227/ 155 Manifestação extrapulmonar sim/ não/ NI 259/ 113/ 21 Estádio radiográfico 0/ I/ II/ III/ IV/ NI 18/ 64/ 148/ 82/ 49/ 32 Recaída da doença sim/ não/ NI143/ 181/ 69

Resultados Tabela – Tratamento utilizado numa grande série brasileira de sarcoidose * 1 TratamentoN% Nenhum5213,2 Corticoide29875,8 Metotrexate8027,3 Cloroquina6516,5 Outra droga102,5 CI isolado* 2 20,5 Dado não informado 184,6 * 1 Alguns indivíduos foram tratados com a combinação de 2 ou mais drogas * 2 Corticoide inalado não foi considerado tratamento em associação com outras drogas

Gráfico – Distribuição da doença por sexo F 66,5% M 41% X 2 = 20,96; p<0,001

Resultados Gráfico 1 – Distribuição dos pacientes por idade na 1ª consulta 49,1  12,1

Gráfico – Distribuição dos pacientes por idade e sexo t = 4,26; p<0,001 ♀ 50,8 ± 11,9 ♂ 45,3 ± 11,7

Gráfico – Envolvimento extrapulmonar/ linfonodos intratorácicos 113/ 30,4% 259/ 69,6% SIM NÃO

Tabela – Avaliação do envolvimento sistêmico e órgão específico de acordo com o sexo do paciente EnvolvimentoSexo masc n (%) Sexo fem n (%)x2P Extrapulmonar/ LNM intratorácico 61 (112)197 (54%)17,22< 0,001 LNM periférica16 (14)59 (23)3,700,054 Artrite4 (3,5)29 (12,4)5,580,018 Pele31 (26,7)104 (39,4)5,640,017 Gl salivares/ parótidas 2 (1,8)17 (6,6)3,700,05 Olhos9 (8,2)39 (15,2)3,310,07

Frequencia dos achados funcionais na espirometria

Resultados Gráfico – Relação entre o tabagismo e a obstrução ao fluxo aéreo na espirometria p = 0,08 X 2 = 3,1

Gráfico – Distribuição dos pacientes com DVO em relação ao estádio radiográfico Estádio radiográfico 14,5% 21% 29% 32% X 2 = 10,68; p=0,03

Gráfico – Distribuição dos pacientes com DVR em relação ao estádio radiográfico Estádio radiográfico 22% 12,5% 10,9% 32% 49% X 2 = 21,74; p<0,001

Resultados Gráfico – Relação entre o grau de dispnéia e a espirometria (normal ou anormal)

Conclusão  No Brasil, existe uma proporção significativa de pacientes com sarcoidose e exposição ambiental  A prevalência da doença é bimodal  Preferência pela raça branca  Em mulheres acima dos 50 anos  95% dos pacientes apresentam envolvimento pulmonar e/ou linfonodos intratorácicos  Estádio IV é observado em 12% dos casos

Conclusão  Envolvimento extrapulmonar é comum  O envolvimento extrapulmonar é influenciado pelo sexo  Mais comum no sexo feminino (76% x 54%)  Não é influenciado pela idade e raça  O tabagismo não influenciou a prevalência do DVO  A alteração na espirometria é influenciada pelo estádio e grau de dispnéia  13,2% não necessitam de tratamento  A maioria dos pacientes é tratada com CE  MTX e cloroquina: drogas de 2ª linha  Recaída é frequente