ASPECTOS GERAIS DA EXPORTAÇÃO

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Transcrição da apresentação:

ASPECTOS GERAIS DA EXPORTAÇÃO

1. POR QUE EXPORTAR? Os avanços da tecnologia permitem comunicações imediatas com as mais distintas regiões do planeta, possibilitando que os mais diversos negócios sejam efetuados, diariamente, com empresas de variados e distantes países. No passado, a indústria nacional era protegida por barreiras que hoje já não existem. Isso faz com que empresas estrangeiras possam vir concorrer com as empresas brasileiras dentro de nosso próprio país. A internacionalização leva ao desenvolvimento da empresa, pois a obriga a modernizar-se, seja para conquistar novos mercados, seja para preservar as suas posições no mercado interno. Neste sentido, o comércio exterior adquire cada vez mais importância para o empreendedor que queira realmente crescer, assim como para a economia brasileira, mediante o ingresso de divisas e geração de emprego e renda.

2. PRINCIPAIS MOTIVOS PARA EXPORTAR 2.1. Diversificação de Mercados – Estratégia de Desenvolvimento da Empresa A estratégia de destinar uma parcela de sua produção para o mercado interno e outra para o mercado externo permite que a empresa amplie sua base/carteira de clientes, o que significa correr menos riscos, pois, quanto maior o número de mercados ela atingir, menos dependente ela será. A diversificação de mercado permite, ainda, que a sazonalidade do produto seja eliminada, isto é, uma empresa que fabrica produtos voltados para o clima frio, poderá produzí-los o ano inteiro, porque terá diferentes mercados onde vendê-los, e não dependerá somente das estações nacionais.

2.2. Aumento da Produtividade – Melhor Utilização das Instalações Quando uma empresa começa a exportar, sua produção aumenta numérica e qualitativamente. Isso ocorre devido a redução da capacidade ociosa existente, que é obtida por meio da revisão dos processos produtivos. Com o aumento da produção, naturalmente, aumenta também a capacidade de negociação para a compra de matéria-prima. Com isso, o custo da fabricação das mercadorias tende a diminuir, tornando-as mais competitivas e aumentando a margem de lucro.

2.3. Melhora da Qualidade do Produto Outra vantagem bastante perceptível é a melhoria da qualidade do produto. Esta também tende a aumentar, pois a empresa tem que adaptá-lo às exigências do mercado ao qual se destina, o que a obriga a aperfeiçoá-lo. Ao ingressarem no mercado internacional, as empresas adquirem tecnologia, pois os países desenvolvidos exigem dos seus fornecedores normas e procedimentos que, com o tempo, são internalizadas e passam a ser rotineiras e, assim, todos os seus negócios posteriores com o exterior, ou com o mercado interno serão feitos dentro dessas normas.

IPI - ICMS - COFINS - PIS - IOF 2.4. Diminuição da Carga Tributária As empresas que exportam podem utilizar mecanismos que contribuem para uma diminuição dos tributos que normalmente são devidos nas operações no mercado interno, são chamados de Incentivos Fiscais. Os Incentivos Fiscais são benefícios destinados a eliminar os tributos incidentes sobre os produtos nas operações normais de mercado interno. Quando se trata de uma exportação, é importante que o produto possa alcançar o mercado internacional em condições de competir em preço e, por isso, ela pode compensar o recolhimento dos impostos internos. IPI - ICMS - COFINS - PIS - IOF

2.5. Melhoria da Empresa Geralmente, quando uma empresa passa a exportar ela obtém melhoras significativas, tanto dentro da empresa (novos padrões gerenciais, novas tecnologias, novas formas de gestão, qualificação da mão de obra, agregação de valor à marca) quanto fora (melhoria da imagem: frente a clientes, fornecedores e concorrentes). Ao tornar-se uma empresa exportadora, a sua imagem muda. O seu nome e a sua marca passam a ser uma referência em relação à concorrência, e ela passa a ser vista como uma empresa de produtos de qualidade. Os compradores no exterior são bastante exigentes, e tanto os clientes quanto os fornecedores sabem que a empresa que está exportando consegue colocar seus produtos no exterior graças ao seu esforço em se tornar mais competitiva. A empresa passa a gerar novos empregos, devido o aumento da produção, e os funcionários passam a sentir orgulho de trabalhar em uma empresa que exporta seus produtos.

3. QUEM PODE EXPORTAR? A exportação não está vinculada às dimensões da empresa, a menos que existam exigências de uma notável capacidade financeira e economia de escala, como, por exemplo, na produção de automóveis. A exportação exige um compromisso com a qualidade, a criatividade e o profissionalismo. É fundamental que na base do processo de internacionalização haja a avaliação da capacidade exportadora da empresa, e não só da capacidade de produção. Capacidade exportadora é a capacidade que a empresa tem de compreender mercados internacionais e adequar-se a eles, por conseqüência, em vários níveis, como recursos humanos, projeto, produtividade, comunicação e gestão.

4. PARA ONDE EXPORTAR? Teoricamente, com base em uma pesquisa de mercado prévia, exportamos para onde encontramos condições de entrar de forma mais rentável, com custo e risco mínimos. Na prática, as empresas começam quase sempre respondendo a pedidos das mais variadas procedências ou participando de feiras internacionais. As empresas usualmente exportam para mercados: mais próximos; em rápido crescimento; mais similares culturalmente; em que a competição é menos agressiva; grandes.

5. QUANDO EXPORTAR? Não há pior momento para se começar a exportar do que quando a empresa sente as conseqüências negativas da crise do mercado interno. A exportação é uma atividade de médio e longo prazo, a qual exige planejamento de recursos e, sobretudo, paciência, o que regularmente não acontece quando a empresa atravessa um período de crise e o prioritário é “sobreviver” nas próximas 24 horas, quer dizer, correr para faturar e cobrar, para ter liquidez imediata. Não há tempo para planejamento, nem para adequar o produto, nem para pensar. O momento para exportar é após ter construído pontos de força competitivos internacionalmente; quando, após uma avaliação da capacidade exportadora, você tiver preparado sua empresa quanto ao produto, pessoal e mentalidade internacional.

6. O QUE EXPORTAR? Um produto ou serviço que cumpra com as exigências do importador. Examinando as estatísticas de exportação, pode-se observar um vasto número de produtos, desde peixes exóticos a plásticos, de pele de tubarão a computadores, de caminhões a bolsas, de suco de frutas a roupa de praia, de móveis a carros. O que exportar depende da sua capacidade de entender os mercados. Mais do que exportar seu produto, na maioria das vezes você está exportando sua capacidade de projetar, produzir, embalar, gerenciar etc.

FORMAÇÃO DE PREÇO PARA EXPORTAÇÃO

1. INTRODUÇÃO Um dos problemas que mais afligem o empresário, sobretudo o de pequeno e médio porte, que se inicia na exportação, é a formação de preços para o mercado externo. É o que asseguram especialistas em comércio exterior. Em muitos casos, pequenos e médios empresários ainda não estão sequer preparados para uma boa gestão de custos para venda no mercado interno e se assustam ante a perspectiva de formação do preço para venda no mercado externo. A determinação do preço de exportação é um dos aspectos mais importantes e decisivos para a conquista e permanência em determinado mercado. Fixá-lo pela primeira vez deve merecer atenção especial, tendo em vista que alterá-lo num curto espaço de tempo, quando o assunto é mercado internacional, é quase inaceitável. O preço de venda do mercado interno deve ser tomado como referência e não como base para cotação ao mercado externo, somando-se e subtraindo-se alguns itens.

2. FATORES DETERMINANTES DA FORMAÇÃO DE PREÇOS Objetivos empresariais; Ciclo de vida do produto; Classificação alfandegária do país importador; Utilização de acordos internacionais; Seleção do mercado; Seleção do parceiro; Seleção da forma de entrada.

Embalagem; Volume e periodicidade das compras; Seleção da logística adequada; Formas de pagamento; Prazo de entrega; Uso de financiamentos; Seleção cuidadosa dos termos de entrega; Custo de distribuição; Qualidade e garantias pedidas.

3. FORMAÇÃO DO PREÇO INTERNO: EQUAÇÃO BÁSICA Custo total + lucro + tributos = preço de venda no mercado interno 3.1. Custo total incorpora: custos industriais (matéria-prima, mão-de-obra e custos indiretos de fabricação); despesas financeiras; despesas administrativas; despesas de comercialização. 3.2. Os tributos mais expressivos no mercado interno são: ICMS; IPI; PIS; COFINS

Preço interno – tributos – despesas + despesas com exportação 4. FORMAÇÃO DE PREÇO PARA EXPORTAÇÃO, PARTINDO DO PREÇO PARA O MERCADO INTERNO. Preço interno – tributos – despesas + despesas com exportação 4.1. A subtração dos tributos refere-se aos tributos incidentes e agregados ao preço da mercadoria no mercado interno. 4.2. As "despesas" a serem subtraídas são aquelas incluídas ao preço de mercado interno e que não incidem na exportação, como por exemplo: comissão de venda no mercado interno e despesas de distribuição interna.

4.3. As "despesas com exportação" que devem ser adicionadas para formação do preço de venda no mercado externo são: custos de embalagem especial para exportação; transporte e seguro internos até o porto ou aeroporto de embarque; custo com documentos de embarque; custo de manipulação no porto ou aeroporto de saída; despesas consulares; corretagem de câmbio; comissão de agente; despesas financeiras específicas relativas à obtenção de capital de giro para exportação, seguro de crédito e outras.