Recife - 2013.

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Transcrição da apresentação:

Recife - 2013

TRAJETÓRIAS DE CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADE PROFISSIONAL DOCENTE NA EDUCAÇÃO SUPERIOR Prof. Ms. Maria da Conceição Valença da Silva (UFPE/CAPES ) Prof. Doutora Maria da Conceição Carrilho de Aguiar (UFPE)

OBJETIVO Conhecer e analisar trajetórias de construção de identidade docente na Educação Superior

SOBRE O ESTUDO Pesquisa Qualitativa Lócus: Instituição de Educação Superior Participantes: 30 professores Procedimento de recolha dos dados: questionário Procedimento de análise dos dados: análise de conteúdo (BARDIN, 2010)

SITUANDO O OBJETO DE ESTUDO Reflexões Introdutórias: → Contextos e desafios no processo de construção de identidade profissional docente Nuances de Trajetórias Profissionais Docentes: → Histórias de vida → Formação do professor → Conhecimentos especializados → Relações com o grupo profissional → Requerimentos da Instituição de Educação Superior

REFERENCIAL TEÓRICO Identidade e Identidade Profissional Docente: (DUBAR, 2005, 2006; ERIKSON, 1976; PIMENTA, 1999; SAINSAULIEU, 1985; AGUIAR, 2004; BAZZO, 2007; CUNHA, 2010; D’ÁVILA, 2009)

QUESTÕES: a) Que perfil profissional tem professores que exercem a docência em Instituições de Educação Superior? b) Quais aspectos desse perfil sinalizam trajetórias relacionadas à construção de identidade profissional docente?

INDICADORES DO PERFIL Identificação: Gênero e Faixa Etária Formação dos Professores: - Ensino Médio, Graduação e Pós-graduação - Formação Contínua Atuação Docente: - Tempo de Docência (IES) - Regime de Trabalho - Outra Função na IES - Outra Profissão

RESULTADOS Perfil dos Participantes: Indicadores Identificação Número de Docentes Gênero Masculino 20 Feminino 10 Faixa Etária 25 a 30 anos 06 31 a 40 anos 41 a 50 anos 08 51 a 60 anos 04 Mais de 60 anos 02

RESULTADOS (continuação) Quanto à Formação: - a maioria tem trajetória de formação específica, diferente da formação docente; - formação para a docência na Educação Superior processo contínuo (Pós-graduação – disciplinas pedagógicas – não obrigatórias); - evidências da necessidade de conhecimentos específicos da docência.

RESULTADOS (continuação) Quanto à Atuação Docente: Tempo de Docência na Educação Superior Número de Docentes 05 a 09 anos 14 10 a 14 anos 06 15 a 19 anos 04 20 a 24 anos 02 25 a 29 anos 30 a 34 anos 00 35 a 40 anos 01 Não informou TOTAL 30

Regime de Trabalho Número de Docentes Horista 5 Parcial 15 Integral 10 TOTAL 30

Outra Função na IES Número de Docentes Ocupam outra função 21 Não ocupam outra função 09 TOTAL 30

Outra Profissão Número de Docentes Exercem outra profissão e a docência 17 Exercem só a docência 13 TOTAL 30

CONSIDERAÇÕES FINAIS A identidade profissional docente está permeada por variadas interações: histórias de vida dos professores, formação, conhecimento especializado, relações com o grupo profissional, conhecimento das especificidades da profissão e de sua prática, e ainda pela singularidade dos sujeitos, dentre os fatores relacionados à construção de uma identidade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS (continuação) Tal construção identitária é complexa; se configura em diferentes tempos, espaços, trajetórias; é individual e coletivo; não é um produto, mas um processo de permanente reinvenção de relações pessoais, profissionais, experienciais e culturais compartilhadas.

REFERÊNCIAS Aguiar, M. da Conceição Carrilho (2004). A Formação Contínua do Docente como elemento na construção de sua identidade. 2004. Tese (Doutorado em Ciências da Educação) – Universidade do Porto. Bardin, L. (2010). Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70.  Bazzo, Vera Lúcia. (2007). Constituição da profissionalidade docente na educação superior: desafios e possibilidades. 2007. Tese (Doutorado) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Brasil (1996). Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394. Ministério da Educação, 1996. Cunha, M. Izabel da. (2010). A Educaçao Superior e o Campo da pedagogia Universitária: legitimidades e desafios. In: Trajetórias e lugares de formação da docência universitária: da perspectiva individual ao espaço institucional. Araraquara/SP: Junqueira & Marin; Brasília/DF: CAPES: CNPq. D’Ávila, Cristina M. (2009). A construção da identidade profissional docente e o papel das disciplinas didático-pedagógicas na formação inicial dos professores. In: DIAS, Ana Maria Iorio; RAMALHO, Betânia Leite; VEIGA, Ilma Passos A.; FERNANDES, Zenilda Botti (Orgs.). (2009). Desenvolvimento profissional docente na educação superior: entre redes e sentidos. Fortaleza: Edições UFC

REFERÊNCIAS (continuação) Dubar, J. C.(2005) A Socialização: construção das identidades sociais e profissionais. São Paulo: Martins Fontes. ______ (2006). A Crise das Identidades: a interpretação de uma mutação. Portugal, Porto: Edições Afrontamento. Erikson, E. (1976). Identidade, Juventude e Crise. Rio de Janeiro: Zahar Editores. Ghedin, Evandro; Franco, M. A. Santoro (Orgs.).(2008). Questões de método na construção da pesquisa em educação. São Paulo: Cortez. Hall, Calvin,S.; Lindzey, Gardmer. (1973). Teorias da Personalidade. São Paulo: EPU. Coleção Ciências do Comportamento. Lüdke, Menga; André, Marli E. D. A. (1986). Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU. Melo, Márcia M. de O.; CORDEIRO, Telma S. C. (Orgs.) (2008). Formação pedagógica e docência do professor universitário. Recife: Ed. Universitária da UFPE.  

REFERÊNCIAS (continuação) Pacheco, N. A. Tempos de “Sozinhez” em Pasárgada: estratégias identitárias de estudantes dos PALOP em Portugal. 1996. Tese (Doutorado em Ciências da Educação) - Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação, Universidade do Porto, Porto, 1996. Pimenta. S. G. (1999) . Saberes pedagógicos e atividade docente. São Paulo: Cortez. Pimenta, S. G.; Anastasiou, L. (2002). Docência no Ensino Superior. São Paulo: Cortez. Sainsaulieu, R. (1985). L’Identité ou Travail. 2. ed. Paris: Presses de 1ª Fondation Nationale dês Sciences Politiques Triviños, Augusto N. S. (1987). Introdução à pesquisa em Ciências Sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas.  

conceicao.valenca@yahoo.com.br