Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade Alessandra Sabrina Canoas, 05 de Outubro de 2009
O TDAH é um problema apresentado geralmente em crianças e se baseia nos sintomas de: DESATENÇÃO: Pessoa muito distraída/ dificuldade de prestar atenção; HIPERATIVIDADE: Pessoa muito ativa, agitada, mexer-se na cadeira, balançar as mãos e pés constantemente, dificuldade de permanecer sentado, etc. IMPULSIVIDADE: Não espera sua vez de falar; Para um diagnóstico os sintomas devem interferir significativamente na vida e no desenvolvimento normais da criança ou do adulto.
Estima-se que de 3 a 6% das crianças na idade escolar possui o transtorno; Aproximadamente 60% dos pacientes que apresentam o TDAH na infância permanecem com os sintomas na idade adulta, normalmente com menor intensidade; Na infância o TDAH é mais comum em meninos e destaca-se os sintomas de hiperatividade. Na idade adulta os sintomas de hiperatividade tendem a diminuir e salienta-se a desatenção e diminui a diferença entre os gêneros, que passa a ser de um para um.
É percebido, geralmente, quando a criança inicia suas atividades escolares; No início da adolescência o TDAH apresenta problemas predominantemente escolares, mas entre o final da adolescência o transtorno pode aparecer acompanhado de problemas de conduta, problemas no trabalho e de relacionamento com outras pessoas.
Genética (hereditariedade) – aproximadamente 75% das chances de desenvolver o TDAH são herdadas dos pais; Fatores externos – substâncias ingeridas na gravidez e exposição a chumbo; Fatores orgânicos – atraso do amadurecimento de determinadas áreas cerebrais e alterações de alguns de seus circuitos; A exposição a eventos psicológicos estressantes – perturbações no equilíbrio familiar, ou outros fatores geradores de ansiedade. Supõe-se que todos esses fatores formem uma predisposição básica (orgânica) para o indivíduo desenvolver o problema.
Predomínio da desatenção; Predomínio da hiperatividade/impulsividade; Misto: desatenção e hiperatividade; Os sintomas de desatenção e/ou hiperatividade têm que interferir no relacionamento social do indivíduo, na sua vida escolar ou no seu trabalho, e também em casa. Falta de limites.
freqüentemente deixa de prestar atenção a detalhes ou comete erros por descuido em atividades escolares, de trabalho ou outras; com freqüência tem dificuldades para manter a atenção em tarefas ou atividades recreativas; com freqüência não segue instruções e não termina seus deveres escolares, tarefas domésticas ou deveres profissionais, não chegando ao final das tarefas; freqüentemente tem dificuldade na organização de suas tarefas e atividades; com freqüência evita, antipatiza ou reluta em envolver-se em tarefas que exijam esforço mental constante (como tarefas escolares ou deveres de casa); freqüentemente perde coisas necessárias para tarefas ou atividades; é facilmente distraído por estímulos alheios à tarefa principal que está executando; com freqüência apresenta esquecimento em atividades diárias;
freqüentemente agita as mãos ou os pés ou se remexe na cadeira; com freqüência abandona sua cadeira em sala de aula ou em outras situações nas quais se espera que permaneça sentado; freqüentemente corre ou escala em demasia, em situações nas quais isso é inapropriado (em adolescentes e adultos, isso pode não ocorrer, mas a pessoa deixa nos outros uma sensação de constante inquietação); com freqüência tem dificuldade para brincar ou se envolver silenciosamente em atividades de lazer; está freqüentemente "a mil" ou muitas vezes age como se estivesse "a todo vapor"; freqüentemente fala em demasia.
freqüentemente dá respostas precipitadas antes de as perguntas terem sido completadas; com freqüência tem dificuldade para aguardar sua vez; freqüentemente interrompe ou se mete em assuntos de outros (por exemplo, intrometendo-se em conversas ou brincadeiras de colegas).
O diagnóstico é estabelecido pela presença das características fundamentais, tendo iniciado pelo menos antes dos sete anos de idade. Segundo os critérios norte americanos são necessários a manifestação de no mínimo seis sintomas para realização do diagnóstico, sendo que estes devem ocorrer na maior parte do tempo, mas este número pode sofrer alterações conforme a intensidade dos sintomas. A organização mundial de saúde não especifica o número de sintomas para o diagnóstico.
30 a 40 % das crianças que sofrem de TDAH apresentam também Transtorno de Conduta e Oposicional Desafiante; 15 A 20% apresentam Depressão; 25% Ansiedade; 25% Transtornos de Aprendizagens; Em adolescentes há maior incidência de abuso de drogas;
O tratamento envolve o uso de medicação, geralmente algum psico-estimulante específico para o sistema nervoso central, uso de alguns antidepressivos ou outras medicações. Deve haver um acompanhamento do progresso da terapia, através da família e da escola. Além do tratamento medicamentoso, uma psicoterapia deve ser mantida, na maioria dos casos, pela necessidade de atenção à criança (ou adulto) devido à mudança de comportamento que deve ocorrer com a melhora dos sintomas, por causa do aconselhamento que se deve fazer aos pais e para tratamento de qualquer problema específico do desenvolvimento que possa estar associado.
Ritalina – Metilfenidato (ação curta) ; Dosagem:5 a 20mg de 2 a 3 vezes ao dia ; Duração do efeito:3 a 5 horas. Concerta - Metilfenidato (ação prolongada); Dosagem: 18 a 72mg pela manhã; Duração do efeito:Cerca de 12 horas. Ritalina LA - Metilfenidato (ação prolongada); Dosagem: 20 a 40mg pela manhã; Duração do efeito:Cerca de 8 horas. Strattera - Atomoxetina; Dosagem:10,18,25,40 e 60mg 1 vez ao dia; Duração do efeito:Cerca de 24 horas. Outras medicação que podem ser usadas em segunda opção: Tofranil – Imipramina (antidepressivo); Pamelor – Nortriplina (antidepressivo). Wellbutrin SR – Bupropiona (antidepressivo); Atensina – Clonidina (antihipertensivo).
Referências