PERCEPÇÃO DA DOR PELA CRIANÇA, ACOMPANHANTE E ENFERMEIRO NUM SERVIÇO DE URGÊNCIAS PEDIÁTRICAS FERNANDES, Ananda 1 ; FERREIRA, Maria Antónia 2 ; CRAVO,

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PERCEPÇÃO DA DOR PELA CRIANÇA, ACOMPANHANTE E ENFERMEIRO NUM SERVIÇO DE URGÊNCIAS PEDIÁTRICAS FERNANDES, Ananda 1 ; FERREIRA, Maria Antónia 2 ; CRAVO, Maria Arlete 2 ; MACHADO, Susana Maria 2 1 Escola Superior de Enfermagem de Coimbra 2 Hospital de Santo André, Leiria Participantes: 18 crianças dos 6 aos 12 anos (Média=9; Mediana=10; Moda=12) que recorreram a um serviço de Urgências Pediátricas com fractura dos membros superiores (Mão=4; Antebraço=11; Úmero=2; Clavícula=1), os seus acompanhantes (3 pais e 15 mães) e os enfermeiros que os assistiram (16 crianças foram assistidas por enfermeiro graduado e 2 por enfermeiro especialista; tempo de exercício profissional em pediatria entre 8 e 15 anos). As crianças exprimem a dor dependendo da sua idade, desenvolvimento, experiências prévias e contexto. Apesar das recomendações para que a avaliação da dor das crianças em idade escolar se realize através do auto-relato, muitas vezes os enfermeiros baseiam-se na sua própria observação, validando-a, eventualmente, com os pais. Por essa razão, é necessário saber se existe correlação entre a avaliação efectuada por pais e enfermeiros. A maioria dos estudos que têm feito esta análise concluem que a intensidade da dor relatada pelas crianças é superior à percebida pelos pais e enfermeiros (Bellman & Palley, 1993; Jylli & Olsson, 1995; Miller, 1996;Carbajal et al., 2001). A maioria destes estudos tem sido realizada no âmbito da dor pós-operatória. Também nos serviços de urgências a dor começa a ser avaliada de forma mais sistemática pelo que importa saber qual a precisão da avaliação realizada pelos pais e pelos enfermeiros. PARESrp Criança-Acompanhante0,61,007* Criança-Enfermeiro0,84,000* Enfermeiro- Acompanhante0,32,184 * Estatisticamente significativo Health Sciences’ Research Unit: Nursing Domain METODOLOGIA 1) Comparar a percepção que as crianças têm da dor, com a percepção que os seus acompanhantes e enfermeiros têm da mesma. 2) Identificar os indicadores comportamentais valorizados pelos pais e enfermeiros para avaliarem a dor da criança. Instrumentos de medida: Escala Visual Analógica para a avaliação da intensidade da Dor Colheita dos dados: Questionário auto-preenchido pelos enfermeiros, entrevistas ao acompanhante e criança. OBJECTIVOS INTRODUÇÃO RESULTADOS O momento da intensidade máxima da dor referido pelas crianças foi Antes do tratamento (5 crianças) e Durante o tratamento (13 crianças). DISCUSSÃO O elevado número de crianças que não tiveram analgesia durante o tratamento poderá explicar que este seja o momento referido como mais doloroso pela maioria das crianças. A dispersão dos valores da dor máxima percebida pelos acompanhantes sugere uma maior dificuldade em atribuir significado aos indicadores manifestados pelas crianças. Apesar do reduzido tamanho da amostra, à semelhança de outros estudos, a dor avaliada pelos enfermeiros é inferior à referida pela criança, apesar da correlação forte entre ambas, a que não será alheio o facto de se tratar de um grupo de enfermeiros com uma longa experiência profissional. A dor referida pelos pais e percebida pelos enfermeiros deve ser sempre complementada com o auto-relato da criança. Estes resultados encorajam a realização de um estudo multicêntrico em maior escala, que identifique a magnitude das diferenças encontradas e que confirme os resultados agora obtidos. O choro é valorizado por maior número de acompanhantes do que de enfermeiros. A expressão facial é muito utilizada pelos enfermeiros, o tocar/não tocar a zona da lesão e as queixas verbais são muito utilizados por pais e enfermeiros. O movimento das pernas é o indicador menos valorizado por ambos. Em todas as medidas excepto o desvio-padrão, os valores para os enfermeiros são inferiores aos das crianças. Os valores mínimo e máximo dos pais são superiores aos das crianças O maior desvio padrão foi encontrado nos pais. A correlação encontrada entre as avaliações das crianças e dos pais é moderada, enquanto entre as crianças e os enfermeiros é forte. Gráfico 3 - Estatísticas da Intensidade máxima da Dor Gráfico 4 – Indicadores comportamentais valorizados Quadro 2 - Correlação de Pearson entre a intensidade máxima da dor percebida pela criança, seu acompanhante e enfermeiro Gráfico 1 – Tratamento efectuado Gráfico 2 – Analgesia efectuada

PERCEPÇÃO DA DOR PELA CRIANÇA, ACOMPANHANTE E ENFERMEIRO NUM SERVIÇO DE URGÊNCIAS PEDIÁTRICAS FERNANDES, Ananda 1 ; FERREIRA, Maria Antónia 2 ; CRAVO, Maria Arlete 2 ; MACHADO, Susana Maria 2 1 Escola Superior de Enfermagem de Coimbra 2 Hospital de Santo André, Leiria Participantes: 18 crianças dos 6 aos 12 anos (Média=9; Mediana=10; Moda=12) que recorreram a um serviço de Urgências Pediátricas com fractura dos membros superiores (Mão=4; Antebraço=11; Úmero=2; Clavícula=1), os seus acompanhantes (3 pais e 15 mães) e os enfermeiros que os assistiram (16 por enfermeiro graduado e 2 por enfermeiro especialista; tempo de exercício profissional em pediatria entre 8 e 15 anos). As crianças exprimem a dor dependendo da sua idade, desenvolvimento, experiências prévias e contexto. Apesar das recomendações para que a avaliação da dor das crianças em idade escolar se realize através do auto-relato, muitas vezes os enfermeiros baseiam-se na sua própria observação, validando-a, eventualmente, com os pais. Por essa razão, é necessário saber se existe correlação entre a avaliação efectuada por pais e enfermeiros. A maioria dos estudos que têm feito esta análise concluem que a intensidade da dor relatada pelas crianças é superior à percebida pelos pais e enfermeiros (Bellman & Palley, 1993; Jylli & Olsson, 1995; Miller, 1996;Carbajal et al., 2001). A maioria destes estudos tem sido realizada no âmbito da dor pós-operatória. Também nos serviços de urgências a dor começa a ser avaliada de forma mais sistemática pelo que importa saber qual a precisão da avaliação realizada pelos pais e pelos enfermeiros. PARESrp Criança-Acompanhante0,61,007* Criança-Enfermeiro0,84,000* Enfermeiro- Acompanhante0,32,184 * Estatisticamente significativo Health Sciences’ Research Unit: Nursing Domain METODOLOGIA 1) Comparar a percepção que as crianças têm da dor, com a percepção que os seus acompanhantes e enfermeiros têm da mesma. 2) Identificar os indicadores comportamentais valorizados pelos pais e enfermeiros para avaliarem a dor da criança. Instrumentos de medida: Escala Visual Analógica para a avaliação da intensidade da Dor Colheita dos dados: Questionário auto-preenchido pelos enfermeiros, entrevista ao acompanhante e criança. OBJECTIVOS INTRODUÇÃO RESULTADOS O momento da intensidade máxima da dor foi Antes do tratamento (5 crianças) e Durante o tratamento (13 crianças). DISCUSSÃO O elevado número de crianças que não tiveram analgesia durante o tratamento poderá explicar que este seja o momento referido como mais doloroso pelas crianças. A dispersão dos valores d a dor máxima percebida pelos acompanhantes sugere uma maior dificuldade em atribuir significado aos indicadores manifestados pela criança. À semelhança de outros estudos, a dor avaliada pelos enfermeiros é inferior à referida pela criança, apesar da correlação forte entre ambas, a que não será alheio o facto de se tratar de um grupo de enfermeiros com uma longa experiência profissional. A dor referida pelos pais deve ser sempre complementada com o auto-relato da criança. a não valorização do movimento das pernas é justificada pela idade das crianças estudadas. …. O choro é valorizado por maior número de pais do que de enfermeiros. A expressão facial é muito utilizada pelos enfermeiros, o tocar/não tocar a zona da lesão e as queixas verbais são muito utilizados por pais e enfermeiros. O movimento das pernas é o indicador menos valorizado. Em todas as medidas excepto o desvio-padrão, os valores para os enfermeiros são inferiores aos das crianças. Os valores mínimo e máximo dos pais são superiores aos dascrianças O maior desvio padrão foi encontrado nos pais. A correlação entre as avaliações das crianças e dos pais foi moderada, enquanto entre as crianças e os enfermeiros foi forte. Gráfico 3 - Estatísticas da Intensidade máxima da Dor Gráfico 4 – Indicadores comportamentais valorizados Quadro 2 - Correlação de Pearson entre a intensidade máxima da dor percebida pela criança, seu acompanhante e enfermeiro Gráfico 1 – Tratamento efectuado Gráfico 2 – Analgesia efectuada

rp Criança- Acompanhant e 0,61=,00 7 Criança- Enfermeiro 0,84,000 Enfermeiro- Acompanhant e 0,32,184 INTRODUÇÃO CriançaAcompanhanteEnfermeiro Média4,85,24,4 Mediana5,04,44,2 Desvio -padrão1,82,41,9 Mínimo2,12,31,0 Máximo9,7 10,08,8 Quadro 1 – Medidas estatísticas da intensidade máxima da dor percebida CriançaAcompanhanteEnfermeiro Md 5,04,44,2 Dp 1,82,41,9 Min 2,12,31,0 Máx 9,7 10,08,8