GEAD: AS ESTRUTURAS E MEIOS DO ESTADO – CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DO DESEQUILÍBRIO DO ESTADO.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Proposta Orçamentária do RS (2008) Análise feita pela Assessoria Econômica da FEDERASUL
Advertisements

1.
JOÃO PAULO DOS REIS VELLOSO ENAP - MARÇO/2006
INCENTIVOS ELEITORAIS E DESEQUILÍBRIO FISCAL DE ESTADOS E MUNICÍPIOS BASEADO EM TEXTO DE MENDES, MARCOS JOSÉ
A CRISE MUNDIAL E SEUS EFEITOS NO BRASIL
MINISTÉRIO DA FAZENDA Secretaria-Executiva 1 Seminário de Política Tributária e Desenvolvimento Regional: O Desafio da Reforma Brasília, 18 de abril de.
Até onde vamos? Francisco Luiz Lopreato IE-Unicamp
A Reforma Tributária e a Federação: O IVA e a proposta para a transição Fernando Rezende Belém, Abril 2007.
Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
AVALIAÇÃO DAS PROPOSTAS DE REFORMA TRIBUTÁRIA OAB/SP São Paulo, 06 de maio de 2008 Everardo Maciel.
Assessoria Econômica da FEDERASUL Proposta Orçamentária 2008 do Rio Grande do Sul.
PRÊMIO GESTOR PÚBLICO Um estímulo à Administração de Resultados
Caso 3 – política fiscal e monetária
MINISTRO GUIDO MANTEGA
República Federativa do Brasil ORÇAMENTO 2005 PROJETO DE LEI Brasília, 01 de dezembro de 2004 Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
República Federativa do Brasil ORÇAMENTO 2005 PROJETO DE LEI Brasília, 31 de agosto de 2004 Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão Ministro Guido.
Posicionamento sobre Projetos de Lei Complementar que excluem gastos da saúde dos limites de pessoal da LRF Audiência Pública na Comissão de Finanças e.
Governo do Estado de Sergipe Secretaria de Estado da Fazenda Audiência Pública 1º Quad Base Legal “§ 4º - Até o final dos meses de maio, setembro.
Darcy Francisco Carvalho dos Santos
Finanças Públicas Incentivos, Equilíbrio Orçamentário e Bem- Estar: Os Efeitos da Guerra Fiscal Grupo: Carlos Roberto Pereira da Silva Tatiana Mesquita.
Ministério da Fazenda 1 Reforma Tributária: - Diagnóstico - Objetivos da reforma - Proposta para debate Apresentação para X Marcha dos Prefeitos Abril.
AUDIÊNCIA PÚBLICA 3° QUADRIMESTRE/2007 LC 101/2000 AUDIÊNCIA PÚBLICA 3° QUADRIMESTRE/2007 LC 101/2000.
PRINCIPAIS RESULTADOS DO GOVERNO DE MINAS GERAIS EXERCÍCIO 2003 – RESULTADO ORÇAMENTÁRIO FISCAL Fonte/Elaboração:
II Workshop de Gastos Tributários Brasília - DF Gastos Tributários no Brasil Raimundo Eloi de Carvalho Coordenador de Previsão e Análise da Receita Federal.
RENÚNCIAS TRIBUTÁRIAS WorkShop Internacional sobre Gastos Tributários
Perspectivas fiscais e econômicas da Federação e as opções para melhorar a qualidade do gasto Marcos Mendes Abril/
AUDIÊNCIA PÚBLICA (Artigo 9º § 4º da LRF) 3º QUADRIMESTRE DE 2009 Elaborado pela: Controladoria Geral do Município Controladoria Geral do Município Secretaria.
Assessoria Econômica da FEDERASUL Propostas para Reduzir o Déficit Fiscal do RS através do Controle das Despesas.
1º ENCONTRO DE COORDENAÇÃO DO PNAFM PNAFM Ministério da Fazenda e Municípios.
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL
AUDIÊNCIA PÚBLICA (Artigo 9º § 4º da LRF) 1º QUADRIMESTRE DE 2010 Elaborado pela: Controladoria Geral do Município Controladoria Geral do Município MUNICÍPIO.
AUDIÊNCIA PÚBLICA 1º QUADRIMESTRE 2014 OURO PRETO – MG.
AUDIÊNCIA PÚBLICA (Artigo 9º § 4º da LRF) 2º QUADRIMESTRE DE 2008 Elaborado pela: Secretaria Municipal de Secretaria Municipal de Fazenda Fazenda Secretaria.
PRINCIPAIS RESULTADOS DO GOVERNO DE MINAS GERAIS EXERCÍCIO 2003 – 2008 Fonte/Elaboração: SCCG/SEF.
AUDIÊNCIA PÚBLICA (Artigo 9º § 4º da LRF) 3º QUADRIMESTRE DE 2005 Elaborado pela: Secretaria Municipal de Secretaria Municipal de Fazenda Fazenda Secretaria.
Secretário-Adjunto da Fazenda
FERNANDO REZENDE Tributação imobiliária e desenvolvimento municipal sustentável.
Secretaria de Estado de Fazenda RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL 1º QUADRIMESTRE 2015.
Gestão Estratégica – Fiscal e Financeira SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA.
Ajuste Fiscal e Dívida Pública
AUDIÊNCIA PÚBLICA (Artigo 9º § 4º da LRF) 3º QUADRIMESTRE DE 2008 Elaborado pela: Controladoria Geral do Município Controladoria Geral do Município Secretaria.
Federalismo Fiscal Brasileiro
O Monitoramento das Metas Fiscais e a Gestão Orçamentária Paulo Roberto Dias Pereira, Técnico em Planejamento da SEPLAG/RS Porto Alegre, 29 de abril de.
DÍVIDA PÚBLICA ESTADUAL
Seminário da Associação Nacional dos Servidores de Carreira do Planejamento e Orçamento, Repartição de competências e recursos entre entes federados:
Maria Lucia Fattorelli Comissão de Participação Legislativa da Câmara dos Deputados Brasília, 16 de setembro de 2015 Propostas para uma Tributação Justa.
MUNICÍPIO DE IJUÍ – PODER EXECUTIVO SECRETARIA MUNICIPAL DA FAZENDA AUDIÊNCIA PÚBLICA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E GESTÃO FISCAL 30 de Setembro de º QUADRIMESTRE.
BANCO INTERAMERICANO DE DESENVOLVIMENTO
Guarujá|17 de setembro de 2015 A Reforma Tributária na Visão dos Estados Ana Carla Abrão Costa.
Ministério da Fazenda 11 CONSELHO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL Reforma Tributária e Seguridade Social Brasília Agosto de 2009.
AUDIÊNCIA PÚBLICA (Artigo 9º § 4º da LRF) 2º QUADRIMESTRE DE 2009 Elaborado pela: Controladoria Geral do MunicípioControladoria Geral do Município Secretaria.
Mudança no Regime Fiscal: Proposta para discussão Bernard Appy dezembro de 2013.
ESTABILIDADE DE PREÇOS VERSUS ALTO NÍVEL DE EMPREGO POLÍTICAS MACROECONÔMICAS PARA ATINGÍ-LAS E SUAS CONSEQUÊNCIAS NEGATIVAS E POSITIVAS PARA A ECONOMIA.
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL PLANEJAMENTO, CONTROLE, TRANSPARÊNCIA E RESPONSABILIZAÇÃO.
Prof. LUIZ GILBERTO BIRCK. Planejamento Orçamentário Público (24h) Módulo 4.
CNM – Finanças/Jurídico PLP 45/ CNM – Movimento Municipalista  Representação de Municípios do Brasil  Maior entidade municipalista.
Senado Federal Comissão de Desenvolvimento Regional Audiência Pública – Maio/2015 Instrução do PRS 1/2013 Secretaria da Fazenda de São Paulo.
* *As idéias e opiniões expressas neste documento são dos autores e não refletem necessariamente a posição oficial do Banco Interamericano de Desenvolvimento.
Art. 9º§ 4º- Até o final dos meses de maio, setembro e fevereiro, o Poder Executivo demonstrará e avaliará o cumprimento das metas fiscais de cada quadrimestre,
INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR - IES Professora: Gissele Souza De F. Nunes LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL LEI COMPLEMENTAR 101/2000.
Relatório de Governança Especial Balanço Orçamentário Versão Resumida.
“O índice de cálculo para atualização monetária das dívidas dos Estados e Municípios” Audiência Pública – Senado Federal Comissão de Direitos Humanos e.
Ministério da Fazenda 1 Reforma Tributária Apresentação para Reunião do Grupo Temático da Reforma Tributária do Conselho de Desenvolvimento Econômico e.
Ministério da Fazenda 1 Apresentação do Ministro Guido Mantega para o Grupo Temático “Reforma Tributária” do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.
1 Audiência Pública para Apresentação do Relatório de Gestão Fiscal do 1º Quadrimestre de 2015 SECRETARIA DAS FINANÇAS DEPARTAMENTO DE CONTABILIDADE E.
7.7 Leis Orçamentárias O plano Plurianual PPA art. 165 I, § 1º CF Instrumento vigência Longo prazo Vigência – União, Estados, Distrito.
1 BRASIL AGENDA PARA O SAIR DA CRISE APRESENTAÇÃO Brasília, 2016 Este documento foi desenvolvido tendo como referência a publicação Regulação.
1 AUDIÊNCIA PÚBLICA 1° QUADRIMESTRE/2014 LC 101/ RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL SEGUNDO QUADRIMESTRE 2014.
Os desafios para o Brasil voltar a crescer Apresentação para o seminário Brasileiros: Rumos da economia Bernard Appy Maio de 2016.
Transcrição da apresentação:

GEAD: AS ESTRUTURAS E MEIOS DO ESTADO – CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DO DESEQUILÍBRIO DO ESTADO

TEMAS TRATADOS PELO GRUPO: I.DÉFICIT ESTRUTURAL DO RS: origem, evolução, conseqüências, formas de enfrentá-los II.ARRECADAÇÃO: fiscalização, sonegação, dívida ativa e sua cobrança, gastos tributários III.GERAÇÃO DE RIQUEZA: projeto estratégico de desenvolvimento com inovação, como forma de superar a crise

DIAGNÓSTICO desequilíbrio estrutural entre suas receitas e despesas desde a década de 70 (despesas foram cortadas, arrecadação baixa, concentração de recursos na União) as despesas crescem em ritmo mais acelerado que a receita (falta de um ajuste de longo prazo no setor público) medidas adotadas na década de 90 pioraram a situação (renegociação da dívida, política de renúncias fiscais, privatizações, Lei Kandir)

DIAGNÓSTICO O Estado não tem capacidade de atender funções, como: prestar serviços públicos de qualidade e induzir o desenvolvimento econômico

DIAGNÓSTICO Por que isso? alto nível de renúncia de receitas sonegação de tributos concentração de recursos na União comprometimento da Dívida Pública gastos com pessoal elevado

DESONERAÇÕESVALOR NOMINAL % DAS DESONERAÇÕES % DO ICMS POTENCIAL NÃO INCIDÊNCIAS (exceto exportações) EXPORTAÇÕES ISENÇÕES REDUÇÃO DE BASE DE CÁLCULO CRÉDITOS PRESUMIDOS MICRO E EPP TOTAL DA DESONERAÇÕES ICMS ICMS POTENCIAL ,99% 48,12% 9,22% 7,41% 18,62% 7,65% 100,00% - 3,20% 17,13% 3,28% 2,64% 6,63% 2,73% 35,61% 64,39% 100% QUADRO DE DESONERAÇÕES FISCAIS DO ICMS – RS FONTE: Secretaria da Fazenda do RS – Proposta Orçamentária de 2008 (p. 50)

Federalização dos títulos públicos estaduais 13% da RLR (intralimite) (IGP-DI + juros de 6% aa) 3% da RLR extralimite (5% em 2008) Dívida Pública

Fonte: Sefaz/RS. DÍVIDA PÚBLICA REFINANCIADA (LEI 9496/97)

Evolução dos gastos com pessoal consolidado em relação à RCL – FONTE: Relatório Resumido da Execução Orçamentária, Secretaria da Fazenda. ESPECIFICAÇÃO Receita Corrente Líquida Pessoal e Encargos % DA RCL76,0%72,9%69,2%71,8% Este critério difere do da LRF Valores a preços correntes. Em R$ 1.000,00

Número de matrículas

PROPOSTAS Apoiar a Reforma Tributária no que diz respeito ao combate à Guerra Fiscal Apoiar a Reforma Tributária no que diz respeito ao aumento das receitas da União a serem partilhadas com Estados e Municípios Realizar ações mais incisivas no sentido da renegociação da Dívida Pública com a União Dotar o Estado de um controle interno autônomo e com independência funcional

PROPOSTAS QUANTO AOS INCENTIVOS FISCAIS Renegociar os incentivos fiscais concedidos a empresas específicas, objetivando a sua redução progressiva Priorizar os incentivos fiscais das cadeias produtivas Não conceder novos incentivos fiscais a empresas específicas

PROPOSTAS QUANTO A PREVENÇÃO E COMBATE À SONEGAÇÃO Não conceder anistias fiscais Atuar mais incisivamente contra os maus pagadores de tributos (Serasa, cautelar fiscal, entre outros) Premiar os bons pagadores Dar mais autonomia e independência funcional à Receita Estadual

PROPOSTAS QUANTO A PREVENÇÃO E COMBATE À SONEGAÇÃO Centrar a fiscalização nos grandes contribuintes Promover uma atuação fazendária mais ostensiva com reforço da estrutura fazendária Ampliar o regime de substituição tributária Trabalhar em conjunto com todos os órgãos envolvidos na arrecadação e/ou fiscalização (União, Estados, Municípios, PGE, Polícia Federal, MP, TJ...)

PROPOSTAS QUANTO À LEI KANDIR Defender a volta da tributação das exportações dos produtos primários (não elaborados) Procurar aumentar os recursos a serem repassados ao RS por conta da desoneração das exportações

PROPOSTAS QUANTO À DESPESA PÚBLICA Reduzir as vinculações orçamentárias Permitir a compensação dos precatórios com a Dívida Ativa Reforçar o Fundo de Precatórios criado pela Lei /06 Constituir um fundo de previdência complementar para os novos servidores Definir o regime previdenciário dos atuais servidores antes da criação da previdência complementar

PROPOSTAS QUANTO À GERAÇÃO DE RIQUEZA Estimular a realização de PPPs e OSCIPS em áreas prioritárias para investimento no Estado Estimular a realização de PPPs e OSCIPS somente em áreas onde o Estado não atue Criar a RS Parcerias com recursos da Dívida Ativa Rever os investimentos beneficiados com renúncias de ICMS a fim de que os efeitos econômicos não fiquem concentrados somente no Município onde se instalou o empreendimento O Estado deve ser o articulador e o fomentador de um projeto de desenvolvimento endógeno, levando em conta as peculiaridades e potencialidades regionais

1.O apoio a Reforma Tributária como forma de acabar com a guerra fiscal 2.Apoiar a Reforma Tributária no que diz respeito ao aumento das receitas da União a serem partilhadas com Estados e Municípios CONVERGÊNCIAS