M ÚSICA NA ESCOLA : POR QUE ESTUDAR MÚSICA ? P. 46-47.

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Celso Favaretto. Pesquisador, Doutor em Filosofia, concentração em estética, pela Universidade de São Paulo. Foi professor de Filosofia e Estética em.
Transcrição da apresentação:

M ÚSICA NA ESCOLA : POR QUE ESTUDAR MÚSICA ? P

A música na escola é julgada indispensável, disciplina fundamental das Artes 1(artes liberais) presente na educação. Embora sua valorização na formação e as expectativas que a envolvam sejam ainda em si problemáticas. A crença no valor formativo das artes enfrenta um paradigma sintomático de ceticismo

1 A RTES :A S SETE ARTES LIBERAIS De modo a enfatizar sua importância na formação,basta olhar para a música como pertencente ao mais elevado grau de estudo na Idade Média. Tradicionalmente, as sete artes liberais englobam, desde a Idade Média, dois grupos de disciplinas: O Trivium e o Quadrivium. As artes liberais eram consideradas as disciplinas próprias para a formação de um homem livre.

No quadrivium, a música é entendida como o estudo dos princípios musicais, tais como harmonia. Em complemento da aritmética ( teoria do número) a música (visa a aplicação da teoria do número).

U MA QUESTÃO ESTÉTICA. “Considerando-se que o essencial do “ensino de arte” na escola é o acesso à experiência estética, pelo contato com o trabalho e com as obras dos artistas, como pensar e propor mediações estratégicas para compatibilizar os dois termos da equação, educação e arte?”

Deste modo o autor apresenta a problemática do educar (educare, ou educere que significa “guiar, conduzir”, preparar o indivíduo para o mundo) já que posteriormente sua significância torna-se incompatível ante a perspectiva da indústria da cultura.

Quanto a “questão estética” e sua relação diante a as bases da educação,o autor baseia-se sob a idéia filosófica principal Iluministas do “desejo de esclarecimento” e da “ universalidade dos valores e do aprimoramento infinito do homem e do mundo”. “Nesta perspectiva,moral e política, a cultura estética é componente indispensável para a formação.”

É preciso portanto “reexaminar os pressupostos da crença que afirma a arte como componente obrigatório do processo educativo.” “Justamente neste deslocamento estaria a contribuição efetiva da arte, que visa aos processos de constituição do sujeito” “E não somente dentro desses “processos de constituição do sujeito” como promovendo o desenvolvimento da sensibilidade, mas sim “da faculdade de conhecer”

E conclui que, a “ideologia da criatividade como algo democrática e igualitária” como por exemplo promulgada nos “Parâmetros Curriculares Nacionais” conduz a uma “problemática, pondo em causa muitas das propostas atuais sobre o valor da arte na educação.” De modo que é preciso continuar a se pensar qual o lugar da música na escola.

O AUTOR. Celso Fernando Favaretto Possui graduação em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (1968), mestrado em Filosofia pela Universidade de São Paulo (1978) e doutorado em Filosofia pela Universidade de São Paulo (1988), livre-docência pela Faculdade de Educação da USP (2004). Atualmente é professor efetivo aposentado da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em Estética, Educação e Ensino de Filosofia