Felipe Gonçalves Un. Estácio de Sá. O experimento é o mais tradicional meio de se realizar uma pesquisa. Consiste em determinar um objeto de estudo e.

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Transcrição da apresentação:

Felipe Gonçalves Un. Estácio de Sá

O experimento é o mais tradicional meio de se realizar uma pesquisa. Consiste em determinar um objeto de estudo e selecionar as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definindo as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto em condições determinadas.

Método rigoroso e controle rígido das variáveis independente e dependente. Ambiente controlado de laboratório – eliminação das “variáveis espúrias”. Distribuição aleatória dos sujeitos de pesquisa. Grupo de controle – fator essencial na pesquisa experimental.

No grupo de controle, não manipulamos a variável independente. A partir da comparação entre o grupo experimental e o grupo de controle, podemos observar se a relação entre a variável independente e a dependente é válida.

A pesquisa experimental, devido ao seu rigoroso controle metodológico, tem grande validade interna. A validade externa de uma pesquisa experimental, no entanto, é sempre questionável. É problemático generalizar para ambientes naturais resultados apresentados em um ambiente artificial.

Tradução: “a partir do fato passado” Realizada após a ocorrência de variações na variável dependente no curso natural dos acontecimentos. Na pesquisa ex-post facto o pesquisador não dispõe de controle sobre a variável independente, que constitui o fator presumível do fenômeno, porque ele já ocorreu.

Neste tipo de pesquisa são tomadas como experimentais situações que se desenvolveram naturalmente, e trabalha-se com elas como se estivessem submetidas a controle. Exemplo: Se em determinada região existem duas cidades com características semelhantes e numa delas se instala uma indústria, as modificações produzidas serão atribuídas a esse fato, já que a presença da indústria constitui o único fator relevante numa cidade e não na outra.

Surgida principalmente na sociologia e antropologia, que criaram os métodos qualitativos (por exemplo, a etnografia). A pesquisa qualitativa é definida por um objeto que não pode ser mensurável. Ela é utilizável quando aquilo que se quer observar não é passível de ser calculado ou quantificado.

A investigação quantitativa atua em níveis de realidade e tem como objetivo trazer à luz dados, indicadores e tendências observáveis. A investigação qualitativa, ao contrário, trabalha com valores, crenças, representações, hábitos, atitudes e opiniões. (Minayo & Sanches apud Serapioni, 2000).

Considerando o objeto de estudo da psicologia, o progressivo afastamento de uma concepção de ciência puramente quantitativa, inspirado nas ciências naturais, representou um grande passo na história das pesquisas em psicologia. O pesquisador vai a campo buscando compreender o fenômeno a partir da perspectiva das pessoas envolvidas, considerando todos os pontos de vista relevantes.

Características da pesquisa qualitativa: (godoy apud Neves, 1996) Ambiente natural como fonte de dados. O pesquisador como instrumento fundamental da pesquisa. O caráter descritivo da pesquisa. A importância do sentido que os sujeitos da pesquisa dão às coisas e aos eventos. O enfoque Indutivo.

Métodos qualitativos analisam o comportamento humano, do ponto de vista do ator. Utilizam observação naturalista e não controlada; são subjetivos e estão perto dos dados (perspectiva de dentro, insider); são exploratórios, descritivos e indutivos; são orientados ao processo e assumem uma realidade dinâmica; são holísticos e não generalizáveis. Métodos quantitativos são orientados à busca da magnitude e das causas dos fenômenos sociais, sem interesse pela dimensão subjetiva. Utilizam procedimentos controlados; objetivos e distantes dos dados (perspectiva externa, outsider), orientados à verificação e são hipotético-dedutivos; realidade estática; são orientados aos resultados, replicáveis e generalizáveis.

Características da pesquisa qualitativa: (godoy apud Neves, 1996) Estudo de caso Pesquisa-ação Pesquisa participante História de vida

Estudo minucioso e detalhado de um ou poucos casos, buscando a compreensão do funcionamento ou evolução desse caso específico. O caso pode ser um indivíduo isolado, ou um pequeno conjunto de indivíduos (uma única creche, por exemplo). O estudo visa a compreensão global do caso, não visa generalizações para outros casos, populações, nem pretende estabelecer relações causais entre variáveis.

Trata-se de um tipo de pesquisa muito utilizado em um contexto clínico, quando se quer descrever a evolução natural de uma doença ou a evolução de um paciente em terapia. Quando se está iniciando uma área de investigação e não se sabe quase nada sobre o fenômeno, o estudo de caso pode ser muito útil para uma descrição completa do fenômeno, podendo a partir destes dados levantar hipóteses a serem testadas posteriormente.

Características do estudo de caso: Não manipula a variável independente. Não procura controlar variáveis interferentes. Apenas registra a evolução do caso, ou registra todos os aspectos da Estrutura e do funcionamento de um sistema. Fornece dados para descrição e compreensão global da estrutura e funcionamento de um sistema. Não busca generalizações. Alta validade interna, não busca validade externa.