GERME 06/08/2015 Soo Ji Kim.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Casos Clínicos RM - Misto
Advertisements

Acometimento renal na Síndrome de Sjögren
Tuberculose Renal Alexandre Silvestre Cabral Médico Residente
GLOMERULONEFRITE PÓS INFECCIOSA
Gamopatia Monoclonal de Significado Indeterminado
IMAGINOLOGIA CERVICAL NO TRAUMA
Prof. Dr. José Henrique Pereira Pinto
SÍNDROME DE SJÖGREN Dr. Sergey Lerner UNIVERSIDADE POSITIVO.
Tuberculose osteoarticular Alessandra Gunzbuger Camila Sampaio Cinthya Mora Crislaine Siston Felipe Sence Patricia Hallak.
Seminário Integrado Cirurgia AIDS e COLANGITE Grupo: Fábio Teles, Guilherme Haddad e José de Alencar.
Wagner Haese Barros ( R4 – Aparelho Locomotor) Orientação: Marco Túlio Gonzalez Xavier Stump Flávio Duarte Silva Fernando Bernardes Ferreira 03/09/2015.
Caso Clínico Erika da Cunha Fernandes de Souza - A4 Orientadora: Dra. Juliana Alves de Souza São Paulo – Fevereiro 2014.
Alan Iuno Rios Araújo– R4 Neurorradiologia Orientador: Dr. Antonio José da Rocha Serviço de Diagnóstico por Imagem Santa Casa de São Paulo.
Bruna Garbugio Dutra Serviço de Diagnóstico por Imagem Santa Casa de São Paulo.
GECAPE 24/06/2014 PRISCILA SCHENKEL Dr. Carlos Jorge da Silva Dr. Carlos Toyama Dr. Henrique Zuppani Irmandade da Santa Casa de São Paulo Serviço de Radiologia.
GENE GRUPO DE ESTUDOS DE NEURORRADIOLOGIA 15/10/2015 Ticiane V. Vilas Boas A5 Neuro / C&P ORIENTADORES: Dr. LÁZARO LUIZ FARIA DO AMARAL Dra. CHRISTIANE.
OTITE EXTERNA NECROTIZANTE (MALIGNA ) Fábio Mota Gonzalez Médico Radiologista do Multimagem e do IHEF.
Sessão Clínica – SOBED APRESENTADOR: IGOR NOLASCO SEGHETO ORIENTADORES: WALTON ALBUQUERQUE ITIBERÊ PESSOA ENILCE DE OLIVEIRA.
GERME GRUPO DE ESTUDOS RADIOLÓGICOS MUSCULOESQUELÉTICO 02/07/2015 Marcelo Mantiolhe Martins R5 - MUSCULOESQUELÉTICO.
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM GECAPE Ana Graziela S. Antón R4 Cabeça e Pescoço HIAE São Paulo, 18 de agosto de 2015.
Afecções cirúrgicas da vesícula e vias biliares. Anamnese ID: 33 anos, casada, moradora de Guarapari QP: “ Dor abdominal” HDA: Paciente com diagnóstico.
FIMOSE Dr. Bruno Leslie Introdução Kayaba Exemplificação de Fimose Grau A da classificação de Kayaba Introdução.
GENE GRUPO DE ESTUDOS DE NEURORRADIOLOGIA 18/02/2016 Ticiane V. Vilas Boas A5 Neuro / C&P ORIENTADORES: Dr. LÁZARO LUIZ FARIA DO AMARAL Dr. VICTOR HUGO.
Germe Gustavo Ribas Orientador Dr. Artur da Rocha Corrêa Fernandes Maio 15, 2014.
Caso Clínico Hugo Antunes.
Apresentação GENE Outubro/2014
Caso Clínico Jonatha Lopes – Fellow / HCOR Jan Stefan Lundberg - HCOR.
ATAXIA COMO MANIFESTAÇÃO INCOMUM DA ARTERITE TEMPORAL
Dr. Artur da Rocha Corrêa Fernandes
LINFOMA NÃO-HODGKIN DE CÉLULAS T OCULAR – RELATO DE CASO
GENE (JUNHO 2015) Bruno Lima Moreira
PANCITOPÉNIA COMO MANIFESTAÇÃO INICIAL DE NEOPLASIA DA MAMA Nadine Monteiro, Daniel Romeira, Eduarda Comenda, Ana Sofia Santos, Filipa Moleiro, Helena.
R4 Medicina Interna Vitor Vita Ricci Prof. Dr. Valdair F. Muglia
Roberta Barhum FELLOW CORPO
GEMA Marielli Benedet Dal Bó
Serviço de Diagnóstico por Imagem Santa Casa de São Paulo
CASO CLÍNICO APRESENTADOR: Tatiana Larissa Medeiros Arcanjo
FINANCIAMENTO E AGRADECIMENTOS
JANINE MARUSSI FELLOW MSK 13/03/2014
GETO 12/02/2015 Apresentador: Túlio C R Gomes R2
TRATAMENTO DE FIBROSE PULMONAR IDIOPÁTICA COM NINTEDANIB : RELATO DE CASO ADALBERTO SPERB RUBIN1; JACKELINE LARISSA MENDES DE SOUSA2; MANOELA BEATRIZ MARTINS2;
Corticoides Corticoides.
GRUPO DE ESTUDOS DE NEURORRADIOLOGIA
Grupo de Cabeça e Pescoço do INRAD/ICESP do HC-FMUSP
Discussão de artigo R4 Fábio Akira Uyeno 27/03/2014
Marcelo Francisco C. Zagatti
Stênio Burlin E4 Orientação: Luis Antônio Tobaru Tibana
Lesões gástricas: um caso intrigante
Diagnóstico laboratorial da Sífilis
ASSOCIAÇÃO E CAUSALIDADE
GERA Rafael Lemos Nascif
GRUPO DE ESTUDOS DE ABDOME
Instituto do Câncer do Estado de São Paulo
R4 Medicina Interna Vitor Vita Ricci Prof. Dr. Valdair F. Muglia
Artigo 23-3 Diego A. Effio Solis
TUMOR TRABECULAR HIALINIZANTE: RELATO DE CASO
TATIANA GOYANNA LYRA R4 – NEURORRADIOLOGIA DEZEMBRO– 2014
Linfoma Primário de Mama: Estadiamento Inicial e Avaliação de Resposta com F18-FDG. Beatriz Birelli 1 ; Lisa Ricci 2; Andrea Blessa Duarte 1; Alice Aparecida.
Serviço de Diagnóstico por Imagem Santa Casa de São Paulo
Abordagem da hematúria na infância
Derrames pleurais Casos clínicos
Teste de provocação oral  Pode ser indicado em qualquer idade, para: – confirmar ou excluir uma alergia alimentar; – avaliar a aquisição de tolerância.
Periodontia Médica.
Síndrome Nefrótica Internato De Pediatria -6ª Série
HAS Conceitos principais Rodrigo Macioca Morato
CASO CLÍNICO Fábio Augusto Ribeiro Dalprá
Diabetes.
DIABETES MELLITUS – TIPO II. A diabetes tipo II O diabetes é um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia e associadas a complicações,
Lesão de reto Autor: Marcela Campolina Coordenador: Dr. Wander Campos
Transcrição da apresentação:

GERME 06/08/2015 Soo Ji Kim

Paciente com história de paraparesia há 07 dias CASO CLÍNICO RO, sexo masculino, 43 anos Paciente com história de paraparesia há 07 dias Nega traumas, acidentes ou cirurgias prévias. AP: Hipertenso PACS 4241780 RGHC 55489446C

RM JULHO/2013 T1 T2

RM JULHO/2013 SPAIR PÓS GD

RM JULHO/2013 T2

RM JULHO/2013 Pós contraste

RM JULHO/2013 SPAIR Pós contraste

Exames Laboratoriais (julho/2013) Proteína C reativa 9,9 mg/dL <5,0 mg/dL Hb 15,0 g/dL 13,0 – 18,0 g/dL Leucócitos 7,11 mil/mm3 4,0 a 11,0 mil/mm3 HIV Negativo Pesquisa BAAR (escarro) Negativa (3 amostras) Anti DNA nativo < 35 UI/mL < 50 UI/mL ANCA Não reagente PACS 4241780 RGHC 55489446C

RM JULHO/2013 T2 SPAIR

RM pós contraste TC sem contraste

Submetido a cirurgia para descompressão da medula torácica em julho/2013

RM PÓS OPERATÓRIO JULHO/2013 STIR

PAQUIMENINGITE HIPERTRÓFICA LIGADA À IgG4

Doença sistêmica imunomediada Afeta múltiplos órgãos e sistemas DOENÇA LIGADA À IgG4 Doença sistêmica imunomediada Afeta múltiplos órgãos e sistemas glândulas salivares (sialoadenite esclerosante) ductos biliares (colangite esclerosante) pâncreas (pancreatite) glândulas lacrimais (doença de Mikulicz) Aorta (aortite) Retroperitônio (fibrose) tireoide (tireoidite de Riedel) pulmões (pneumonite, fibrose pulmonar) coração (pericardite constritiva) rins (nefrite intersticial) meninges (paquimeningite) músculos (miosite)

DOENÇA LIGADA À IgG4 Epidemiologia Patogênese Sexo masculino mais acometido para algumas apresentações Comumente meia-idade ou idosos Patogênese IgG4 tem papel na tolerância a alérgenos, mas a função fisiológica é pouco compreendida Acredita-se que os anticorpos nessa doença não sejam os causadores, mas uma consequência de um outro processo primário IgG4 também está elevada em outras condições Associação com doenças alérgicas (asma, rinite) e elevação de IgE sérica e eosinofilia periférica (até 40%)

Critérios diagnósticos DOENÇA LIGADA À IgG4 Critérios diagnósticos Aumento difuso ou focal de um ou mais órgãos Níveis séricos de IgG4 elevados (>135 mg/dL) (60 a 70% dos casos) Achados histopatológicos Proeminente infiltrado de linfócitos e plasmócitos com fibrose, porém sem infiltração neutrofílica Infiltrado abundante de plasmócitos positivos para IgG4 Fibrose em redemoinho Flebite obliterante Resposta a corticoides é considerado um critérios para alguns casos (ex. Pancreatite) Okazaki K et al. Recent advances in the concept and diagnosis of autoimmune pancreatitis and IgG4-related disease. J Gastroenterol. 2011;46: 277–88.

PAQUIMENINGITE HIPERTRÓFICA LIGADA À IgG4 Acometimento variável (intracraniana, vertebral) Distribuição pode ser difusa ou em áreas focais, simulando massas Infiltração de linfócitos e plasmócitos ricos em IgG4 Na coluna, a cervical e torácica são mais acometidas No encéfalo, costuma acometer a base do crânio RM Espessamento difuso das meninges, com realce pós contraste Risco de compressão medular

PAQUIMENINGITE HIPERTRÓFICA LIGADA À IgG4 Diferenciais Paquimeningite hipertrófica idiopática Linfoma Granulomatose com poliangeíte (Wegener) Tratamento Resposta a corticoides costuma ser satisfatória (menor naqueles com maior componente de fibrose) Em resistentes a corticoides: depleção de células B Pode ser necessária cirurgia de descompressão na coluna Apesar de IgG4 não refletir necessariamente com o grau de atividade da doença, pode ser usada como parâmetro de tratamento (queda)

PAQUIMENINGITE HIPERTRÓFICA LIGADA À IgG4 Pós tratamento

PAQUIMENINGITE HIPERTRÓFICA LIGADA À IgG4 Pós tratamento

RM ABRIL/2015 T1 T2 STIR

RM JULHO/2013 RM ABRIL/2015 Pós contraste

RM JULHO/2013 RM ABRIL/2015 T1 STIR Pós contraste

TC 2013 TC 2014 TC

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Wallace ZS et al. IgG4-Related Disease and Hypertrophic Pachymeningitis. Medicine 2013;92: 206-216) Okazaki K, Uchida K, Koyabu M, Miyoshi H, Takaoka M. Recent advances in the concept and diagnosis of autoimmune pancreatitis and IgG4-related disease. J Gastroenterol. 2011;46: 277–88. Cheung JPY et al. Atypical manifestation of IgG4-related disease mimicking musculoskeletal infection. J Orthop Sci 2013. Lindstrom KM, Cousar JB, Lopes MBS. IgG4-related meningeal disease: clinico-pathological features and proposal for diagnostic criteria. Acta Neuropathol 2010.