TUMORES DE CÉLULAS GERMINATIVAS DO TESTÍCULO E QUIMIOTERAPIA

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
SERVIÇO DE GASTROENTEROLOGIA
Advertisements

Introdução aos Problemas da Neuro-Oncologia J M Bravo Marques Serviço de Neurologia IPO Lisboa, E.P.E.
Câncer de mama O câncer de mama tem-se apresentado como o segundo mais freqüente tipo de câncer feminino, sendo a principal causa de morte por neoplasia.
Introdução à Citopatologia UNIP – Assis Profa. Dra. Renata Bittencourt.
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM Dr. Francisco Junior – R2 Orientação: Grupo de Cabeça e Pescoço do HIAE.
Radioterapia de resgate: Há papel para terapia hormonal associada ou como monoterapia? Dra. Stella Sala Soares Lima Hosp. Luxemburgo – Hosp. Felício Rocho.
Resultados das Políticas Públicas no Câncer de Colo Uterino Maria Inez Pordeus Gadelha São Paulo – 28 de setembro de 2016.
Adenocarcinoma do rim, ureter e bexiga
Síndrome de Klinefelter e Tumor de Células de Leydig do Testículo
AFECÇÕES GINECOLÓGICAS EVIDENCIADAS NOS RESULTADOS DOS EXAMES DE PCCU REALIZADOS EM SANTARÉM-PARÁ, NO PERÍODO DE JANEIRO DE 2007 A DEZEMBRO DE
QUANDO O ECÓGRAFO SUPERA O MICROSCÓPIO NO DIAGNÓSTICO
IPO de Coimbra Francisco Gentil, E.P.E
XVIII Workshop Urologia Oncológica
05/12/2017.
Gera Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Oncologia diagnóstica
Laparoscopia diagnóstica na Infertilidade: existe espaço?
“carcinoma da próstata agressivo”
Como tratar o mRCC: Actual – Novas drogas no futuro
XXII WORKSHOP UROLOGIA ONCOLÓGICA 2017 Hotel Solverde - Espinho
ANÁLISE DE CUSTO-EFETIVIDADE DO RASTREAMENTO DO CÂNCER DE MAMA COM MAMOGRAFIA CONVENCIONAL, DIGITAL E RESSONÂNCIA.
Diagnósticos e Tratamento do Câncer de Colo Uterino Inicial: situação atual, acesso a rede, oportunidade de ampliação na cobertura diagnóstica.
  Alexandre Martins Passos Ferreira Residente do serviço de Endoscopia
Implante de stent no canal arterial como paliaçao inicial em cardiopatias canal-dependentes: Resultado inicial e seguimento Juliana Neves, Fabricio Pereira,
Caracterização de dois anos de Consulta de Toxina Botulínica num Serviço de Medicina Física e de Reabilitação Hospitalar Teixeira, Dalila (1); Pimentel,
MONITORIZAR A TESTOSTERONA NO CARCINOMA DA PRÓSTATA, É IMPORTANTE?
Caso clínico Mulher de 53 anos de idade, é enviada ao IPOFG-Porto, com o diagnóstico de tumor do rim direito Durante o estudo de estadiamento, tanto a.
Factores preditivos da lesão neurológica em doentes com fracturas toraco-lombares Joaquim Soares Do Brito; Filipe Oliveira; Miguel Botton; Joana Teixeira;
CPmRC e compressão medular
Serviço de Urologia - Rui Amorim Director: Dr. Luís Ferraz
Carcinoma das Glândulas de Skene A Neoplasia da “Próstata Feminina”
Cirurgia Citorredutora Renal: Casuística de uma experiência recente
CARCINOMA DE CÉLULAS RENAIS - CASO CLÍNICO -
3° Congresso Brasileiro Todos Juntos Contra o Câncer
Artigo 23-3 Diego A. Effio Solis
CARCINOMA DOS DUCTOS COLECTORES DE BELLINI
A incidência de neoplasias renais numa cohort
DISFUNÇÃO ERÉCTIL APÓS BRAQUITERAPIA PROSTÁTICA
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES COM CARCINOMA DE TIREOIDE
Tumor Urotelial pós-Braquiterapia
– UM CONCEITO EMERGENTE
BRAQUITERAPIA em MONOTERAPIA - Um Tratamento Eficaz
Mesotelioma do Testículo XV Workshop Urologia Oncológica
Eletrocardiografia Clínica
Linfoma Primário de Mama: Estadiamento Inicial e Avaliação de Resposta com F18-FDG. Beatriz Birelli 1 ; Lisa Ricci 2; Andrea Blessa Duarte 1; Alice Aparecida.
Docetaxel +Aflibercept
Melhoria da Detecção e Prevenção do Câncer de Colo de Útero e de Mama na UBS Parque das Dunas, Natal, RN. Yadelis Guerra Ramirez Orientadora: Sabiny Pedreira.
NÓDULOS TIREOIDIANOS: ESTUDO DE MÉTODOS DIAGNÓSTICOS
Batalha LMC, PhD; Fernandes A, PhD; Campos D, Bsc
DEFINIÇÃO Pathos: doença. Logos: estudo. Estudo das alterações estruturais e funcionais nas células, tecidos e órgãos visando explicar os mecanismos.
Quando indicar tratamento neoadjuvante?
Versão reduzida do Adolescent Pediatric Pain Tool -versão portuguesa
Neoadjuvância em Câncer de Mama Triplo Negativo
- Belo Horizonte, abril de 2012
INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA.
– Belo Horizonte, Setembro de 2008
Indicadores epidemiológicos e sua evolução histórica no Brasil
História Natural da Doença
HOMEM AO MAR – VISÃO DE TODOS OS TRIPULANTES
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DOS PACIENTES ONCOLÓGICOS COM MUCOSITE ORAL QUE FAZEM USO DE LASERTERAPIA Luiza Zanette Reolon – acadêmica da Escola de.
TÍTULO DO PROJETO FONTE: CALIBRI 65 NEGRITO
Estudos de Coorte.
Avaliação de testes diagnósticos
Estudo caso-controle Hjm jul-2001.
TÍTULO DO PROJETO FONTE: CALIBRI 65 NEGRITO
TÍTULO DO PROJETO FONTE: CALIBRI 65 NEGRITO
Filipe Lacerda de Vasconcelos Hospital Regional da Asa Sul/SES/DF
Grupo: Elisa Carvalho Raíssa Iglesias Thais Piazza
Disciplina de Bioestatística
Disciplina de Bioestatística
Transcrição da apresentação:

TUMORES DE CÉLULAS GERMINATIVAS DO TESTÍCULO E QUIMIOTERAPIA XV WORKSHOP DE UROLOGIA ONCOLÓGICA TUMORES DE CÉLULAS GERMINATIVAS DO TESTÍCULO E QUIMIOTERAPIA Grilo Dias F.1, Ferreira A.F.1, Pais A.F.2, Marques M.2, Sousa G.2, Gervásio H.3 1 Interna de Oncologia Médica, 2 Assistente Hospitalar, 3 Director de Serviço Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil de Coimbra, EPE - Serviço de Oncologia Médica -

XV WORKSHOP DE UROLOGIA ONCOLÓGICA TCGs do Testículo e Quimioterapia Introdução Os tumores de células germinativas (TCGs) : 1% dos tumores malignos no homem (+) comuns nos homens jovens [15 aos 35 anos] ~ 95% das neoplasias do testículo. Localização primária: Testículo (70%) Retroperitoneu Mediastino Características biológicas: Grande potencial para metastização Grande sensibilidade à RT e QT Elevadas taxas de cura

XV WORKSHOP DE UROLOGIA ONCOLÓGICA TCGs do Testículo e Quimioterapia Introdução Uso combinado de cirurgia, radioterapia e quimioterapia Taxas de sobrevivência aos 5 anos de ~ 90%. OBJECTIVO DO TRABALHO Apresentar os resultados dos tratamentos por quimioterapia dos TCGs na nossa Instituição

XV WORKSHOP DE UROLOGIA ONCOLÓGICA TCGs do Testículo e Quimioterapia Material e Métodos Estudo restrospectivo [Jan. 1995 ; Jan. 2007] 23 casos de TCGs do testículo Submetidos a quimioterapia

XV WORKSHOP DE UROLOGIA ONCOLÓGICA TCGs do Testículo e Quimioterapia Resultados CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO: Idade mediana = 28 anos [17;53anos] Grupos histológicos: SEMINOMAS n= 7 dts . NÃO SEMINOMAS n= 16 dts Estadio: Seminoma…….……..Estadio IIB …………..n= 1dts Estadio IIC a III…….n= 6 dts Não seminomas…….Estadio I……………..n= 4 dts Estadio II e III…….. n= 11 dts Grupo de Risco: Baixo ………….n= 4 dts Intermédio….n= 7 dts Alto……………. n= 12 dts Componente : carcinoma embrionário …. n= 9 teratoma ………………………...n= 3 saco vitelino ……………………..n= 3

XV WORKSHOP DE UROLOGIA ONCOLÓGICA TCGs do Testículo e Quimioterapia Resultados TRATAMENTOS Tratamento inicial: Orquidectomia……………..…...…..n= 22 dts Quimioterapia……………........……n= 1 dt Tratamento adjuvante: Quimioterapia adjuvante…..……n=22 dts Radioterapia adjuvante………….n=1 dt RESPOSTA Linfadenectomia......................................... n= 1 dt Resposta Completa…………………….n= 14 Estabilização da doença……………..n= 2 Doença Residual…………………………n= 5 Progressão da doença…………………n= 2

XV WORKSHOP DE UROLOGIA ONCOLÓGICA TCGs do Testículo e Quimioterapia Resultados SEMINOMAS n= 7 (30%) Orquidectomia BEP: Bleomicina (30 mg/m2 d1,8,15), Etoposido (100mg/m2 D1-5), Cisplatina (20mg/m2 D1-5) – 21/21 dias; TLP: Tempo livre de progresssão.

XV WORKSHOP DE UROLOGIA ONCOLÓGICA TCGs do Testículo e Quimioterapia Resultados NÃO SEMINOMAS n= 15 (70%) Orquidectomia BEP: Bleomicina (30 mg/m2 d1,8,15), Etoposido (100mg/m2 D1-5), Cisplatina (20mg/m2 D1-5) – 21/21 dias; TLP: Tempo livre de progresssão.

XV WORKSHOP DE UROLOGIA ONCOLÓGICA TCGs do Testículo e Quimioterapia Resultados

XV WORKSHOP DE UROLOGIA ONCOLÓGICA TCGs do Testículo e Quimioterapia Resultados 100 80 60 40 20 % Meses Curva de Kaplan-Meier com estimativa da sobrevivência livre de progressão de doença

XV WORKSHOP DE UROLOGIA ONCOLÓGICA TCGs do Testículo e Quimioterapia Resultados 100 80 60 40 20 % Anos Curva de Kaplan-Meier com estimativa da sobrevivência global

XV WORKSHOP DE UROLOGIA ONCOLÓGICA TCGs do Testículo e Quimioterapia Resultados “Follow-up” médio = 6 anos SLP média = 22 meses SG aos 5 anos = 80%

XV WORKSHOP DE UROLOGIA ONCOLÓGICA TCGs do Testículo e Quimioterapia Resultados Não foi analisada a sobrevivência em função do estádio ou da histologia devido ao reduzido número de doentes por cada categoria

XV WORKSHOP DE UROLOGIA ONCOLÓGICA TCGs do Testículo e Quimioterapia Conclusão Os resultados apresentados vão ao encontro dos publicados na literatura A quimioterapia é relativamente bem tolerada e permite taxas de resposta elevadas O diagnóstico precoce, a terapêutica e seguimento adequados neste tipo de tumores são fundamentais para a “cura” destes doentes O manuseamento adequado das toxicidades é imperativo, dada a faixa etária jovem e à longa sobrevivência verificada na maioria destes doentes

XV WORKSHOP DE UROLOGIA ONCOLÓGICA TCGs do Testículo e Quimioterapia Bibliografia 1. Schmoll H.-J. & col. Testicular seminoma: ESMO Clinical Practice Guidelines for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol (2010) 21(suppl 5): v140–v146, 2010  doi:10.1093/annonc/mdq176. 2. Schmoll H.-J. & col. Testicular non-seminoma: ESMO Clinical Practice Guidelines for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol (2010) 21(suppl 5): v147-v154 doi:10.1093/annonc/mdq177. 3. NCCN guidelines, v.2, 2011, testicular cancer. 4. Schrader M. Germ cell cancer- an update. Urologe A (2010) 49 (suppl 1):166-8 doi: 10.1007/s00120-011-2537-3. 5. Dhiren S. Dave, MD, John T. Leppert, MD, Jacob Rajfer, MD. Is the Testis a Chemo-PrivilegedSite? Is There a Blood–Testis Barrier? Rev Urol. 2007;9(1):28-32.

OBRIGADA