Nutrição orientada a pacientes com doenças do aparelho digestório

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Constipação Intestinal
Advertisements

Doenças do sistema digestivo.
UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO
Departamento de Bioquímica e Imunologia
BIOQUÍMICA DE ALIMENTOS
SISTEMA DIGESTÓRIO Professora: Ayesa Digestão Para serem aproveitados pelo nosso organismo, os alimentos têm de ser transformados em moléculas menores.
DOENÇAS GASTROINTESTINAIS Disciplinas: ERM 306 e 307 Dietoterapia ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO – USP Departamento de Enfermagem Materno-Infantil.
Sistema Digestório. Digestão: quebra de macromoléculas em micromoléculas através da hidrólise, para que as moléculas menores possam ser absorvidas. Enzimas.
A QUÍMICA DA MASTIGAÇÃO, DOS SABORES E DA DIGESTÃO
Wanessa passos – Nutricionista CRN Hábitos alimentares saudáveis.
Constipação. Introdução O fenômeno do envelhecimento gera mudanças no sistema digestório que incluem a diminuição da motilidade dos órgãos digestórios,
Constipação. Introdução O fenômeno do envelhecimento gera mudanças no sistema digestório que incluem a diminuição da motilidade dos órgãos digestórios,
INTERAÇÕES DE CONTEÚDOS CONTROLES METABÓLICOS E DIETAS.
Os cigarros contem mais de 40 substâncias cancerígenas que aumentam o risco de câncer na: Boca, pulmões, esôfago, estomago, rins, bexiga, colo do útero,
SISTEMA DIGESTÓRIO ( Dentes, estômago e intestino) Ciências 8 ⁰ANO.
Regras para uma Alimentação Saudável A roda dos alimentos.
FISIOLOGIA GÁSTRICA NUT. ESP. THAYNARA HELENA SÃO LUÍS 2016 FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ CURSO: GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO DISCIPLINA: FISIOLOGIA APLICADA À NUTRIÇÃO.
Colégio Maria Imaculada
Sistema Digestório..
Fisiopatologia da Nutrição
Vitaminas nos alimentos naturais
DOENÇAS GASTROINTESTINAIS
Medidas individuais de bem-estar
Alimentação Saudável e Sustentável
Projeto NutriBem Desportivamente Alimentação do (jovem) desportista
Sistema Digestório Prof. Jair Nogueira Função sistema digestivo
TUBO GASTRINTESTINAL E GLÂNDULAS ACESSÓRIAS
´ GOTAS DE SA DE FRUTAS NAS REFEIÇÕES Ministérios de Saúde - APO.
5- INTESTINO DELGADO.
Giardia duodenalis (Giardia intestinalis, Giardia lamblia)
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À PACIENTES COM ALTERAÇÕES GASTROINTESTINAIS
Fisiologia animal: Digestão
Atenção à saúde aos usuários de álcool e outras drogas
Professor: Guilherme Vieira
Processo de Assistência Nutricional
DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFAGEANO
Doença Diverticular. Fisiopatologia Estrutural - Parede cólica: mucosa, submucosa muscular - circular - longitudinal - Teniae coli serosa - Falsos divertículos.
Desequilíbrio Hidroeletrolítico
Ciências Naturais – 9.o ano
AFECÇÕES DO ESÔFAGO UNIFESO.
A IMPORTÂNCIA DOS ALIMENTOS
Caso Clínico – Lactante
Ciências Naturais – 9.o ano
A Alimentação Escola E.B.2.3 de Celeirós Português Prof. Teresa Silva
OBESIDADE INFANTIL Nutri. Ana Cristina de Sousa CRN
Carboidratos ou Glicídios
SISTEMA NERVOSO ENTÉRICO
NUTRIÇÃO DO ADULTO E DO IDOSO
DOENÇAS GASTROINTESTINAIS
INTRODUÇÃO A dieta influencia todos os estágios do ciclo da vida, fornecendo nutrientes necessários ao sustento do corpo humano. Alterações de ordem.
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL Ajuda no tratamento e na prevenção de doenças.
Bactérias.
NUTRIÇÃO HUMANA.  ciência que estuda os processos relacionados à obtenção de nutrientes NUTRIÇÃO.
Ciências Naturais – 9ºANO
Nutrição Materno Infantil. Reação adversa aos alimentos: qualquer reação indesejável após ingestão de um alimento normalmente tolerado pela maioria dos.
Interações de conteúdos
EDUCAÇÃO FÍSICA... PROFESSOR: WELLINGTON. DEZ PASSOS PARA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL.
DICAS DE ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL 1. AUMENTE O CONSUMO DE FRUTAS, VERDURAS E GRÃOS Coma legumes e verduras no almoço e no jantar. Acrescente fruta.
Semana Mundial da Alergia 2019
Disciplina: Bioquímica Básica Discente: Lucas Talvane Ferreira Carvalho Cursando: 3º Período OBESIDADE INFANTIL.
Semana Mundial da Alergia 2019
CLÍNICA MÉDICA DISFUNÇÕES DIGESTIVAS Profª Débora Rinaldi Nogueira.
Epidemiologia do Câncer e Noções de Oncogenética Professora Renata Mendes de Freitas, Ms., PhD. Bolsista PNPD/ CAPES.
Sistema Digestório.
Sinais e sintomas de intoxicações e medidas de primeiros socorros.
Educação alimentar e nutricional para crianças maiores de 2 anos Professora Mestre Juliana Milani.
Hipertensão e Diabetes Enfermeira: Jucilene Sousa.
Alimentação e Saúde Alimentação e Saúde. O que é alimento? Alimento é aquilo, Alimento é aquilo, que serve para comer ou beber, e que dá ao corpo da gente.
SISTEMA DIGESTÓRIO FUNÇÕES: 1. Ingestão 2. Mastigação 3. Digestão 4. Absorção 5. Eliminação de resíduos Alimentos Diferentes Funções Estruturas Modificadas.
Transcrição da apresentação:

Nutrição orientada a pacientes com doenças do aparelho digestório Disciplina de Nutrição nos Ciclos de Vida - Enfermagem/FAMERP Profa. Sílvia Albertini E Profa Silvana Cardoso silviaalbertini@famerp.br

Distúrbios do esôfago São causados por: obstrução inflamação distúrbio do mecanismo da deglutição

Esofagite Usualmente ocorre no esôfago inferior como um resultado do efeito irritante do refluxo gástrico acido sobre a mucosa Sintomas: Azia Regurgitação Vomito recorrente

Tipos de Esofagite Esofagite aguda: causada pela ingestão de um agente irritante, inflamação viral e intubação Esofagite crônica: resultado do refluxo gastroesofágico recorrente devido à: - hérnia de hiato - pressão reduzida do esfíncter esofágico superior (EEI) - vomito recorrente

Objetivos do Cuidado Nutricional Previnir a irritação da mucosa esofágica inflamada na fase aguda; Previnir o refluxo esofágico Diminuir a capacidade de irritação ou acidez do suco gástrico

Dietoterapia na Esofagite Evitar alimentos que causam azia Realizar pequenas refeições com maior freqüência, para evitar distensão do estômago e secreção acida resultante Diminuir a gordura da dieta e evitar alimentos gordurosos Evitar: chocolate, bebidas alcoólicas, café, chá mate/preto, bebidas à base de cola (refrigerantes) e pimenta;

Dietoterapia na Esofagite Na fase aguda: evitar alimentos ácidos (suco de laranja/tomate) e pimenta; Evitar deitar-se ou curvar-se sobre si mesmo imediatamente após as refeições Evitar alimentar-se de 2 a 3 horas antes de se deitar Evitar roupas justas (principalmente após refeições) Se estiver com sobrepeso, reduzir o peso Evitar cigarro

Gastrite Crônica Causas: De causa desconhecida, normalmente precede o desenvolvimento de lesões gástricas orgânicas (ex: câncer ou úlcera) Causas: infecção do antro por H. pylori, que leva à resposta inflamatória e defesa da mucosa prejudicada; ou indiretamente relacionada a doenças tais como: tuberculose, insuficiência miocárdica e nefrite Sintomas: anorexia, sensação de plenitude, arroto, dor epigástrica, náusea e vômitos.

Gastrite Crônica Objetivos do cuidado nutricional: redução e neutralização da secreção ácida do estômago; manutenção da resistência ácida do tecido epitelial gastrointestinal; limitação do desconforto do paciente; recuperação do estado nutricional

Gastrite Crônica Dietoterapia: Evitar alimentos que causam desconforto gástrico evitar estimulantes e irritantes gástricos (ex: cebola, alho, pimenta,etc.) Dieta balanceada e de consistência branda fracionar alimentação mastigar bem os alimentos evitar líquidos junto com as refeições.

Intestinos delgado e grosso: Doenças Intestinais Intestinos delgado e grosso: servem de orgãos de digestão, absorção e excreção

Diarréia Caracterizada pela freqüente evacuação de fezes líquidas, acompanhada pela perda excessiva de líquidos e eletrólitos (sódio e potássio) Ocorre quando o trânsito muito rápido dos conteúdos intestinais através do intestino delgado interfere com a digestão enzimática e priva líquidos e nutrientes da oportunidade para completa absorção.

Diarréia Objetivos do tratamento médico: remover a causa (diarréia = sintoma de um estado de doença) repor líquidos e eletrólitos atender as necessidades nutricionais

Diarréia Cuidado nutricional: Adultos: aumentar a ingestão oral de líquidos (caldos, suco de frutas/bebidas repositoras): p/ repor perdas de líquidos e eletrólitos retirar inicialmente a lactose (leite de vaca): pois a enzima lactase pode ser diminuída durante a gastroenterite pode ser oferecida pectina (maçã, suco de maçã com casca) Re-introduzir fibras aos poucos conforme melhora da diarréia

Diarréia Cuidado nutricional: crianças: Em diarréia aguda: repor líquidos e eletrólitos imediatamente (via oral/ via endovenosa) pode ser utilizado soro caseiro ou solução de reidratação oral comercialmente disponível (ex: pedialyte,etc.) Re-introduzir alimentos conforme tolerância após a reidratação: para reparação da mucosa intestinal danificada após infecção.

Obstipação intestinal É definida como uma condição em que: indivíduo apresenta menos que 3 evacuações/ semana, enquanto consome uma dieta com muito resíduo indivíduo não evacua há mais de 3 dias o peso das fezes diariamente é inferior a 35g Defecação: Normalmente ocorre 25 a 72 horas ou mais após a ingestão de alimento

Obstipação intestinal Causas Comuns: ausência repetida de respostas para o impulso da defecação; deficiência de estabelecer horário regular para defecção; ausência de fibras na dieta; ingestão de líquidos diminuídos; perda do tônus da musculatura intestinal; uso crônico de laxantes

Obstipação intestinal Cuidado Nutricional: Aumento de fibras dietéticas: no intestino aprisiona água aumenta o volume das fezes distende o cólon estimula o impulso da defecação sofre ação das bactérias do cólon fermentação das fibras produção de ácidos graxos de cadeia curta estimula o impulso da defecação

Obstipação intestinal Cuidado Nutricional: Tratamento da obstipação deve constar do fornecimento de dieta rica em fibras solúveis e insolúveis (mínimo de 25g/dia) - grandes quantidades de frutas, vegetais e grãos integrais; Pode-se utilizar farelo de aveia Aumentar a ingestão de água (+ de 2 litros/dia)

Obstipação intestinal Cuidado Nutricional: Uso de laxativos: celulose e derivados de hemicelulose e sementes de psílio: agentes que promovem volume ameixa/ suco de ameixa: contém (diidroxifenil isatina), substancia química que estimula a motilidade intestinal por meio farmacológicos; Óleo mineral (após as refeições).

DOENÇAS DO INTESTINO GROSSO DIVERTICULOSE - Presença de divertículos que são as hérnias da membrana mucosa através da camadas musculares da parede colônica Causa: dieta pobres em fibras + força da musculatura do cólon diminuída. DIVERTICULITE - Se desenvolve quando o acúmulo de fezes nas bolsas diverticulares resulta na infecção e inflamação, muitas vezes causando ulceração ou até mesmo perfuração”

DIVERTICULOSE E DIVERTICULITE CUIDADO NUTRICIONAL Tanto para prevenção, como tratamento: dieta normocalórica (mas se o paciente for obeso, diminuir valor calórico total (VCT) Aumentar o teor de fibras: verduras, legumes, frutas, cereais integrais (20 a 30g de fibras/dia) Uso de farelo de trigo (introduzir gradativamente) Aumentar a ingestão de líquidos (+ de 2 litros/dia)