Juliana Ribeiro Mariotto

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Transcrição da apresentação:

Juliana Ribeiro Mariotto Universidade Federal de Santa Catarina Enzimas Estágio de Docência Juliana Ribeiro Mariotto

Histórico Atividade catalítica: processos de fermentação de suco de uva, fabricação de pães e queijos. Catálise biológica (século XIX) Digestão da carne  secreções do estômago; Conversão do amido em açúcares  saliva e extratos vegetais.

Histórico Louis Pasteur (50) Açúcar  álcool catalisada por “fermentos”; Fermentos = Enzimas  separáveis da estrutura das células de levedo. Eduard Buchner (1897) Extratos de levedos  açúcar até álcool  enzimas funcionavam mesmo quando removidas da estrutura celular.

Histórico James Summer (1926) Isolou e cristalizou a urease  avanço nas propriedades específicas das enzimas; Cristais de urease  proteínas; Todas as enzimas são proteínas. John Northrop e seus colegas (30) Cristalizaram a pepsina e tripsina bovinas  proteínas.

Histórico J. B. Haldane (30) Tratado intitulado “Enzimas”; Ligações fracas entre enzima e substrato  distorce a molécula do substrato e catalisa a reação. Século XX Pesquisas  reações do metabolismo celular; Purificação, elucidação da estrutura molecular, mecanismo químico e compreensão geral.

Conceito Catalisadores biológicos: longas cadeias de moléculas pequenas  aminoácidos; Função: viabilizar a atividade das células, quebrando e juntando moléculas; Elevado grau de especificidade ao substrato; Específicas: ligações químicas e isômeros ópticos.

Características Produtos naturais biológicos; Alto grau de especificidade; Reações baratas e seguras; Mecanismo “turnover”: desempenha funções consecutivas; Altamente eficientes: aceleram a velocidade das reações  108 a 1011 vezes; Econômicas: reduz a energia de ativação.

Enzimas e Proteínas Grupo de moléculas de RNA (ribozimas) com propriedades catalíticas = NÃO são proteínas; Atividade catalítica Integridade da conformação protéica nativa; Perda da atividade = desnaturação e dissociação em subunidades.

Enzimas e Proteínas Aminoácidos: Átomo de carbono ligado a uma carboxila, grupo amino e um atómo de hidrogênio; Grupo R específica para cada aminoácido  propriedades particulares.

Resíduos de aminoácidos Enzimas e Proteínas Resíduos de aminoácidos Enzimas Ativas Cofatores Íons metálicos: Fe2+, Mg2+, Mn2+ Coenzimas: moléculas orgânicas complexas Holoenzimas Grupo prostético: coenzima ou íon metálico covalentemente ligada à parte protéica.

Coenzimas Aceptores/doadores de atómos ou grupos funcionais; Catálise: coenzima + substrato = alojados no centro ativo; Reação modifica/restaura: enzimas diferentes e específicas  precede a ligação do substrato; Encontra-se covalentemente ligada à enzima ou é uma molécula “livre”.

Coenzimas Componente orgânico  não sintetizado pelos animais superiores Vitaminas Compostos orgânicos indispensáveis Pequenas quantidades  precursores de coenzimas Hidrossolúveis Coenzimas Lipossolúveis

Estrutura Primária Ligação peptídica: grupo -carboxila e grupo -amino; Grupos no radical R: NUNCA participam da ligação peptídica; Número de aminoácidos e ordem que se encontram caracteriza uma enzima.

Estrutura Secundária -hélice: formada e estabilizada por pontes de hidrogênio  nitrogênio e oxigênio; Ponte de hidrogênio Ligação fraca  grande número conferem estabilidade à estrutura.

Estrutura Secundária Ponte de Hidrogênio: Átomos de uma ligação peptídica com os átomos da quarta ligação subseqüente; Paralelamente ao eixo da hélice.

Estrutura Secundária Folha -pregueada Arranjo paralelo de 2 ou mais segmentos de cadeias peptídicas; Pontes de hidrogênio: une 2 segmentos distintos da cadeia protéica.

Estrutura Secundária Conformação espacial: -hélice, folha -pregueada e regiões de conformações irregulares.

Estrutura Terciária Conformação tridimensional em solução; Explica o dobramento da cadeia  forma geral globular; Ligações químicas: formadas entre grupos R dos aminoácidos; Interações hidrofóbicas = dobramento da cadeia polipeptídica.

Estrutura Terciária Ligação salina ou iônica: grupos R (+) fazem ligações eletrostáticas com grupos R (-); Pontes de hidrogênio: não apresentam padrão regular; Pontes dissulfeto (S-S): oxidação de 2 grupos -SH  cadeia lateral de um resíduo de cisteína; Forma espacial  responsável pela função  estrutura primária.

Estrutura Terciária Principais ligações da estrutura terciária.

Estrutura Quaternária Organização presente nas proteínas; Quantos? Quais? Monômeros associados Como? Forças = estrutura terciária  EXCETO pontes dissulfetos.

Estrutura Quaternária Estrutura quartenária da hemoglobina: 4 cadeias polipeptídicas.

Classificação e Nomenclatura Adição do sufixo “ase” ao nome do substrato, à palavra ou frase que descreve sua atividade; Comissão de Enzimas  IUB Número classificatório de 4 dígitos  identificando a reação. 1º = 6 classes que a enzima pertence 2º = tipo de ligação que a enzima atua 3º = subclassificação do tipo de ligação 4º = número de série

Classificação e Nomenclatura Principais classes das enzimas Oxidorredutases  reações de oxidação-redução ou transferência de elétrons (CH – OH, C = O, C = O-, CH – NH2, CH – NH-, NADH, NADPH) Transferases  transferem grupos funcionais entre moléculas (Grupos: com um carbono, aldeído ou cetona, acil, glicosil, fosfatos, enxofre) Hidrolases  reações de hidrólise (Ésteres, ligações glicosídicas, ligações peptídicas, outras ligações C-N, anidridos ácidos)

Classificação e Nomenclatura Principais classes das enzimas Liases  catalisam a quebra de ligações covalentes e a remoção de moléculas de água, amônia e gás carbônico (=C=C=, =C=O, =C=N-) Isomerases  transferência de grupos dentro da mesma molécula para formar isômeros (racemases) Ligases  catalisam reações de formação de novas moléculas a partir da ligação entre duas pré-existentes, sempre às custas de energia (C-O, C-S, C-N, C-C)

Classificação e Nomenclatura Exemplo ATP + D-glicose ADP + D-glicose-6-fosfato Nome formal  ATP: glicose fosfotransferase Número  2.7.1.1 1º = transferase 2º = fosfotransferase 3º = fosfotransferases  grupo hidroxila como receptor 4º = D-glicose receptor do grupo fosfato Trivial: HEXOQUINASE

Ação Catalítica  tamanho  enzima e substrato; Sítio ativo: região específica da superfície Constituída por grupos R de aminoácidos; Especificidade à catalise enzimática.

Modelos Enzima e Substrato Emil Fischer (1894): “chave e fechadura” Enzimas eram complementares ao tamanho, forma e natureza química do substrato; “Chave e fechadura”  pouco eficiente!

Modelos Enzima e Substrato Koshland (1958): encaixe induzido Altera o balanço de forças  nova conformação; Substrato: conformação tensionada e distorcida.

Velocidade das Reações E + S ES EP E + P Catalisador:  velocidade da reação  NÃO afetam o equilíbrio. Diagrama de coordenadas da reação:

Atividade Enzimática Medida da atividade  velocidade da reação; Dosagem Amostra +  concentrações de substrato; Velocidade da reação  Unidades Internacionais (U); U = quantidade de enzima capaz de formar 1 mol de P por minuto em condições ótimas; Atividade específica = U mg de proteína