PROTEÍNAS.

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Transcrição da apresentação:

PROTEÍNAS

Um pouco de história... Entre os objetos de estudo dos cientistas no início do século XIX (...) Estava: Albúmen – clara de ovo [albus = branco]; Tinha átomos de C, H, N, O e S; Tinha estranha propriedade de coagular ao ser submetido a aquecimento; Verificaram que outras substâncias presentes no leite e no sangue também coagulavam quando aquecidas; Então decidiram chamar esses componentes de substâncias albuminoides [semelhantes ao albúmen].

Um pouco de história... Estudos mais tarde acabaram por concluir que essas substâncias estão presentes em todos os seres vivos. Em 1838, Gerardus Mulder chama essas substâncias de PROTEÍNAS [do grego Proteios = primeiro, primitivo]. Imagem: Amamentando uma criança / Fotografia: Ken Hammond / Source: USDA / Public Domain

Qual a importância das proteínas? São fundamentais para qualquer ser vivo [e até vírus]. Toda manifestação genética é dada por meio de proteínas. Grande parte dos processos orgânicos são mediados por proteínas [enzimas]. Sem proteínas, não existiríamos e nenhum outro ser vivo existiria. *Coacervatos (primeiros compostos proteicos). Imagem: Autor desconhecido / Virus influenza / United States Public Domain Imagem: PDB Database / Modelo molecular da enzima Helicobacter Pylori Urease / Disponibilizado por: Jacobolus / Public Domain

Aminoácidos: os monômeros proteicos O que são monômeros? São as unidades fundamentais dos polímeros. Proteínas são polímeros. Seus monômeros são chamados de AMINOÁCIDOS.

Aminoácidos: os monômeros proteicos Um aminoácido é uma molécula orgânica formada por átomos de carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio. Alguns aminoácidos também podem conter enxofre. Os aminoácidos são divididos em quatro partes: o grupo amina (NH2), grupo ácido carboxílico (COOH), hidrogênio, carbono alfa (todos os diferentes grupos se ligam a ele) e um substituinte característico de cada aminoácido (radical).

Aminoácidos: os monômeros proteicos Imagem: YassineMrabet / Estrutura geral de um aminoácido, em 12 de agosto de 2007 / Public Domain Esquema da estrutura química básica de um aminoácido

Existem 20 tipos de aminoácidos. Observe na tabela ao lado: Nome Símbolo Glicina Gly, Gli Alanina Ala Leucina Leu Valina Val Isoleucina Ile Prolina Pro Fenilalanina Phe ou Fen Serina Ser Treonina Thr, The Cisteina Cys, Cis Tirosina Tyr, Tir Asparagina Asn Glutamina Gln Aspartato ou Ácido aspártico Asp Glutamato ou Ácido glutâmico Glu Arginina Arg Lisina Lys, Lis Histidina His Triptofano Trp, Tri Metionina Met Existem 20 tipos de aminoácidos. Observe na tabela ao lado:

Aminoácidos: os monômeros proteicos Quanto à produção de aminoácidos no organismo, são classificados em: Não essenciais ou naturais: são os aminoácidos produzidos pelo organismo. Essenciais: são os aminoácidos que não são produzidos pelo organismo. Eles são obtidos unicamente pela dieta (alimentação). Obs.: Precisamos de todos os aminoácidos para os processos de produção de proteínas .

Aminoácidos essenciais Aminoácidos não essenciais ou naturais Glicina Gly, Gli Alanina Ala Leucina Leu Valina Val Isoleucina Ile Prolina Pro Fenilalanina Phe ou Fen Serina Ser Treonina Thr, The Cisteina Cys, Cis Tirosina Tyr, Tir Asparagina Asn Glutamina Gln Aspartato ou Ácido aspártico Asp Glutamato ou Ácido glutâmico Glu Arginina Arg Lisina Lys, Lis Histidina His Triptofano Trp, Tri Metionina Met Aminoácidos essenciais Aminoácidos não essenciais ou naturais

Ligação peptídica Ligação feita entre aminoácidos (aa) para formar peptídeos (2 a 5 aa), polipeptídeos (+5 aa) e proteínas (+50 aa). Ligação Péptica Aminoácido 2 Aminoácido 1 Duplo Peptídeo Água Imagem: YassineMrabet / Formação da ligação peptídica, em 12 de agosto de 2007 / Public Domain

Estruturas das proteínas Estrutura Primária Dada pela sequência de aminoácidos e ligações peptídicas da molécula. Forma um arranjo linear, semelhante a um “colar de contas”. Imagem: National Human Genome Research Institute / A estrutura primária da proteína é uma cadeia de aminoácidos / Source: http://www.genome.gov/Pages/Hyperion//DIR/VIP/Glossary/Illustration/amino_acid.shtml / Public Domain (2)

Estruturas das proteínas Estrutura Secundária É dada pelo arranjo espacial de aminoácidos próximos entre si na sequência primária da proteína. Ocorre graças à possibilidade de rotação das ligações entre os carbonos alfa dos aminoácidos e os seus grupos amina e carboxila. Imagem: National Institutes of Health / Proteína Alfa-hélice / Disponibilizado por: G3pro / Public Domain Imagem: Vossman / Tripla Hélice do Colágeno / GNU Free Documentation License

Estruturas das proteínas Estrutura Terciária Resulta do enrolamento da hélice, sendo estabilizada por pontes de hidrogênio e pontes dissulfeto. É literalmente um dobramento da proteína, adquirindo uma estrutura tridimensional. Imagem: Rockpocket / Estrutura terciária de uma proteína, em 26 de setembro de 2009 / Public Domain

Estruturas das proteínas Estrutura Quartenária Algumas proteínas podem ter duas ou mais cadeias polipeptídicas em estrutura tridimensional. Imagem: Parutakupiu / Desenhando representando a estrutura quaternária de uma proteína, em 3 de fevereiro de 2007 / Creative Commons Attribution-Share Alike 2.5 Generic

Desnaturação proteica A forma espacial das proteínas pode ser afetada pela temperatura, pH, polaridade, salinidade, solventes, radiações, etc. As proteínas perdem o arranjo [desenrolam-se, perdem as ligações]. Ovo; Leite, coalhada, queijos; Sangue. Imagem: Ovo frito, em 22 de julho de 2009 / Fotografia: cyclonebill / Source Vagtel-spejlæg / Creative Commons Attribution-Share Alike 2.0 Generic

Funções das proteínas Sem as proteínas, a vida na Terra não brotaria. Elas desempenham diversas funções nos mais variados ambientes vivos. Catalítica: acelera as reações. Ex.: amilase (hidrolisa o amido). Transportadora: transporta diversos componentes. Ex.: Lipoproteínas (transportam colesterol) e hemoglobina (transporta O2) pelo sangue.

Funções das proteínas Reserva: guardam e contêm aminoácidos essenciais para o desenvolvimento dos animais. Ex.: caseína (leite de vaca) e albumina (ovos de aves). Contração: promovem os movimentos de estruturas celulares, músculos. Ex.: actina e miosina. Reguladora/ hormonal: atuam como mensageiras químicas. Ex.: insulina (“guarda a glicose”), adrenalina.

Funções das proteínas Estrutural: participam na composição de várias estruturas do organismo, sustentando e promovendo rigidez. Ex.: colágeno, elastina. Defesa e proteção: promovem a defesa do organismo contra microrganismos e substâncias estranhas. Ex.: imunoglobulinas (anticorpos). Genética: atuam se envolvendo com os ácidos nucleicos para dar conformação. Ex.: nucleoproteínas.

Enzimas São proteínas catalisadoras, ou seja, proteínas que aumentam a velocidade das reações, sem sofrerem alterações no processo global. Função: Viabilizar a atividade das células, quebrando moléculas ou juntando-as para formar novos compostos. Obs.: Nem todas as enzimas têm natureza proteica. Existe um grupo de enzimas formado por RNA, chamadas de ribozimas.

Enzimas As enzimas possuem um sítio ativo que corresponde, geralmente, a uma cavidade na molécula de enzima, com um ambiente químico muito próprio. O substrato entra no sítio ativo e liga-se à enzima. Imagem: [Haynathart / Um sítio ativo em uma enzima dependente de NAPD+ / Public Domain

Enzimas Co-fatores e co-enzimas são moléculas não proteicas, respectivamente, inorgânicas [íons metálicos] e orgânicas [vitaminas], que são indispensáveis para o funcionamento de várias enzimas. Ex.: hemoglobina (Fe) Imagem: Benjah-bmm27 / Hemoglobina / Public Domain

Enzimas Para operar, as enzimas necessitam de um ambiente favorável [pH, temperatura, quantidade de substrato], considerado ótimo. Caso contrário, ela é inibida. Inibidor é qualquer fator que possa reduzir ou cessar (pela desnaturação) a reação enzimática. A inibição pode ser: Reversível (presença de substâncias); Irreversível (aquecimento excessivo).

Imagem: Gal m / Gráfico de atividade enzimática relativa a temperatura, em 16 de outubro de 2007 / GNU Free Documentation License atividade % temperatura C° Gráfico da atividade enzimática. Neste caso, a inibição é causada pelo aumento da temperatura.