Cinesiterapia e Massoterapia

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO DEPARTAMENTO DE FORMAÇÃO
Advertisements

Treinamento de velocidade, flexibilidade e coordenação
Hipertrofia – Hiperplasia
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA Laboratório de Biomecânica
Mobilização articular
EXERCÍCIO AERÓBICO Docente : Kalline Camboim Cinesioterapia
REABILITAÇÃO CARDÍACA
BIOMECÂNICA DOS TECIDOS (MÚSCULO ESQUELÉTICO) INSTITUTO DE FISIOLOGIA
O que saber - Princípios do Treinamento
Técnicas de Mobilização e Manipulação Articular INTRODUÇÃO
1º ao 3º dia Crioterapia Mobilização activa da patela
ATIVIDADE FÍSICA E PROMOÇÃO DA SAÚDE
Aquecimento Desportivo
Massagem Transversa Profunda
Flexibilidade.
Imobilismo.
Identificar os Princípios da Contração Muscular
Professor João Pedro Salvador
Alongamento (Continuação)
Deficiência de Desempenho Muscular
Deficiência de amplitude de movimento e mobilidade articular.
Ginástica de Academia II Força e Resistência Muscular Localizada Profa
Educação Física Aquecimento.
Aquecimento e Condicionamento Físico
ASPECTOS BIOMECÂNICOS DO TECIDO MUSCULAR
ATIVIDADE FÍSICA E PROMOÇÃO DA SAÚDE
FISIOTERAPIA Músculo - Esquelética
Centro Medicina Desportiva De Lisboa
Atividade Física na Terceira Idade
Massoterapia Prof. Esp. Kemil Rocha Sousa
Actividade Física, Porquê?
AFR - PILATES NA REABILITAÇÃO
Trabalho de Atletismo Unidade III
Escola Secundária Ferreira Dias Agualva
Quick massagem.
CAPACIDADES MOTORAS As capacidades motoras são um dos pressupostos necessários para a aprendizagem e realização de acções motoras desportivas, das mais.
Abordagem do Doente em Medicina Física e de Reabilitação Princípios Gerais da Especialidade Pedro Soares Branco Unidade de Ensino de Medicina Física e.
FISIOLOGIA DA CONTRAÇÃO MUSCULAR
Microdiscotomia lombar e sua reabilitação
Bases Teóricas e Metodológicas do Condicionamento Físico
Efeitos do treinamento aeróbio nos participantes do projeto de reabilitação cardíaca e metabólica da Una da Saúde – Unisul. Luana Martins Rosa – Bolsista.
Fisioterapia Trabalho realizado por: Marcelo Amorim Marcelo Paiva
Resistência e flexibilidade conceitos básicos
TERCEIRA IDADE.
CINESIOTERAPIA PROF. IVANA.
Adaptação/Treino.
Apoio: Lagoa, 30 de Maio 2014 ASSOCIAÇÃO DE ANDEBOL DO ALGARVE LAGOA
Capacidades Motoras.
Metas do Exercício Terapêutico
VARIÁVEIS DA PRESCRIÇÃO TREINAMENTO DE FORÇA
Educação Física Factores Educáveis.
DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA E SAÚDE PROFESSORA: PAULA VALE
PREVENÇÃO DE DOENÇAS PROFISSIONAIS
MUSCULAÇÃO INFORMAÇÕES GERAIS.
MÉTODO DOS ANÉIS DE BAD RAGAZ (MABR)
Método dos Anéis de BAD RAGAZ
Reabilitação no Esporte
Eduardo de Melo C. Rocha Disciplina de Reabilitação FCMSCSP
HIDROCINESIOTERAPIA: CONDIÇÕES MÚSCULO ESQUELÉTICAS E NEUROMUSCULARES
Rolar
PROFª MARIA AMÉLIA, ARETUZA, CAROLINE, LORENA E BRUNA ROSA
Bases teórico-prática do condicionamento físico. Profa Camila papini
Avaliando a aptidão física
Efeitos agudos do EF sobre a FC
Aptidão músculo-esquelética
Prescrição de Atividade Física para Pessoas com Hipertensão
Atividade Física e Qualidade de Vida
ALONGAMENTO.
Iso-Stretching Juliana Carvalho.
Transcrição da apresentação:

Cinesiterapia e Massoterapia Unidade de Ensino de M.F.R. Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa

Capacidades motoras condicionais Força Resistência Velocidade Flexibilidade

Flexibilidade Medida da amplitude articular existente numa determinada articulação ou grupo de articulações

Flexibilidade – factores condicionantes Sexo Raça Factores genéticos Tipo de actividade Outros

Hipermobilidade articular Pode associar-se a diversas doenças do tecido conjuntivo, designadamente Sindroma de Ehlers-Danlos, Osteogenesis Imperfecta e Sindroma de Marfan.

Escala de Beighton (modificada) Extensão 5º dedo > 90 graus Paralelismo polegar/punho Recurvatum cotovelo ( > 10 graus) Recurvatum joelho ( > 10 graus) Tocar o chão com MI’s em extensão (6 < Hipermobilidade < 9)

Hipomobilidade articular Diminuição da amplitude articular A sua causa mais frequente consiste na falta de mobilização em toda a amplitude articular

Contracturas articulares Artrogénicas Miogénicas Com origem nas partes moles

Contracturas articulares Induzem alterações biomecânicas Alteram a qualidade gestual e postural

Reabilitação das amplitudes articulares Técnicas de mobilização activa Técnicas de mobilização passiva

Técnicas de mobilização activa Utilizam o trabalho muscular voluntário do indivíduo Podem ser analíticas ou globais

Técnicas de mobilização activa Facilitam a eliminação de edemas Reduzem aderências articulares Limitam a atrofia muscular Mantêm a propriocepção

Técnicas de mobilização activa Velocidades baixas Amplitudes articulares máximas Sessões de 15 minutos (6/dia) Calor ou massagem prévia

Técnicas “especiais” Técnicas baseadas em princípios neurofisiológicos “Contrair/relaxar”, estabilização muscular rítmica, outras

Técnicas de mobilização passiva Técnicas cinesiológicas menos bem toleradas que o trabalho activo e com maiores probabilidades de provocar lesões

Técnicas de mobilização passiva Recorrem a forças externas habitualmente não controladas pelo doente e onde os limites terapêuticos são determinados pela dor, pela contractura e pelo agravamento sintomático

Técnicas de mobilização passiva Mobilização passiva manual Posturas (gravidade; outras forças) Associação de fármacos Por vezes em meio facilitador

As técnicas activas permitem manter e recuperar as amplitudes articulares e são particularmente úteis em limitações de natureza muscular e tendinosa

As técnicas passivas apresentam riscos acrescidos de lesão articular e peri-articular mas podem ser úteis em limitações de outras causas

Força muscular A F.M. humana depende de factores psicológicos, neurológicos e musculares que podem ser alterados através de um programa de treino adequado

Treino Processo condicionado pela actividade física que implica o desenvolvimento das adaptações orgânicas necessárias à produção de trabalho adequado à especificidade de uma determinada tarefa

Treino Estímulo  adaptação prescrição de acordo com os princípios gerais do treino (sobrecarga, especificidade, individualidade e reversibilidade)

Princípio da sobrecarga As adaptações fisiológicas que estão na base do fortalecimento muscular necessitam, para ocorrer, de uma solicitação máxima ou sub-máxima Um músculo que trabalhe contra resistências habituais mantém a sua força mas não a melhora

Princípio da especificidade “Só se melhora aquilo que se treina” Os resultados são específicos para aspectos como o grupo muscular treinado, tipo de contracção muscular, vias metabólicas solicitadas, tipo de gesto, velocidade de contracção e ângulo articular

Princípio da individualidade O programa de treino deve ser adaptado às características do indivíduo Classes ?

Princípio da reversibilidade Os ganhos obtidos com o programa de treino vão-se perdendo progressivamente depois do programa terminar Programar a “manutenção”

Prescrição do treino Tipo Intensidade Duração Frequência Parâmetros adicionais (por exemplo temperatura ambiente)

Tipo de Contracção Muscular Isotónica (concêntrica/excêntrica) – tensão “constante” e comprimento variável Isométrica – tensão variável e comprimento “constante”

F.M. isotónico Padronizado em 1948 por Delorme e Watkins, com introdução dos conceitos de exercício com resistência progressiva e repetição máxima ou R.M.

F.M. isotónico Repetição máxima ou R.M.: consiste na carga máxima que um músculo ou grupo muscular pode mobilizar um dado número de vezes antes de atingir a fadiga. Se esse número for um, fala-se de 1 R.M.; se for dez, fala-se de 10 R.M.

F.M. isotónico (Delorme e Watkins) 10 (1/2 x 10 R.M.) 10 (3/4 x 10 R.M.) 10 (10 R.M.) ... com uma frequência de 4 vezes por semana e uma duração de 6 semanas

(indivíduos destreinados: iniciar com 12 a 15 R.M.) F.M. isotónico Tipo: contracções musculares isotónicas (concêntricas ou excêntricas) Intensidade: entre 3 e 9 R.M. (2 a 3 séries de 10 repetições) Frequência: 2 a 3 vezes por semana Duração: 6 semanas (indivíduos destreinados: iniciar com 12 a 15 R.M.)

F.M. isométrico Proposto em 1953 por Hettinger e Mueller (ganhos de força muscular com programas de 5 a 10 contracções isométricas máximas diárias)

F.M. isométrico Útil em reabilitação (não necessita equipamento dispendioso; pode ser realizado em acamados; acarreta um efeito mio-relaxante pós-contracção) Desvantagens: pouco motivador; recuperação mais lenta; maior risco cardiovascular

F.M. isométrico Tipo: contracções musculares isométricas em pelo menos dois ângulos articulares Intensidade: 5 a 10 contracções máximas durante 5’ com relaxamento de 10’ Frequência: 3 vezes por semana Duração: 3 a 6 semanas

Limitações do FM “convencional” O FM “convencional” é insuficiente para a produção de efeitos cardiovasculares (FC e VO2 abaixo da faixa de treino) e tem uma fraca correlação entre o tempo da sessão e o tempo de trabalho efectivo

Treino em circuito Consiste na associação entre o programa de fortalecimento muscular e exercícios aeróbios como corrida, natação, cicloergómetro, etc.

Programa de Treino Aeróbio Tipo: contracções musculares isotónicas, envolvendo mais de 1/6 da massa muscular esquelética Intensidade: 70 a 85 % da F.C.M.T. Frequência: 3 x semana (20 a 30 minutos) Duração: 6 semanas

Efeitos do treino Musculares Neuro-musculares Ligamentares/tendinosos Articulares Ósseos Composição corporal

Efeitos do treino A resposta muscular ao treino (fortalecimento ou resistência) depende do tipo de exercício efectuado, mas não de uma forma absolutamente hermética

Efeitos do treino em indivíduos sedentários Melhoria da componente neuromuscular: 1 a 3% por semana (3 a 4% nas primeiras 3 semanas) Melhoria da componente cardiorespiratória: após 6 a 8 semanas

MASSOTERAPIA Conjunto de manobras definidas, preferencialmente manuais, efectuadas com objectivos fisiológicos e terapêuticos. Método terapêutico antigo, utilizado pelos chineses, 1800 A.C.

Efeitos terapêuticos Relaxamento global, efeito sedativo Diminuição das contraturas musculares Diminuição do edema Alongamento das fascias Prevenção/tratamento aderências Diminuição da fibrose em cicatrizes cutâneas e subcutâneas Ritmo do movimento Pressão utilizada Direcção do movimento Duração da sessão

Técnicas Pressões superficiais com deslizamento – “effleurage” Pressões profundas com deslizamento “Petrissage” Tamponamento Fricções – massagem de Cyriax ou MTP Vibrações

Indicações Analgesia Relaxamento segmentar e global Diminuição edema intersticial e articular Diminuição de aderências Vasodilatação Sedação Aumento tolerância à pressão

Contra-indicações Tumores Feridas Tecidos infectados Tromboflebite Doenças cutâneas