PNEUMOCONIOSES: CARACTERIZAÇÕES DIAGNÓSTICAS ATUAIS

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
PNES – PROGRAMA NACIONAL DE ELIMINAÇÃO DA SILICOSE FORUM INTERINSTITUCIONAL PERMANENTE DA INDUSTRIA DE REVESTIMENTOS CERÂMICOS DE SANTA GERTRUDES ORDEM.
Advertisements

Fraturas do Colo do Fêmur
Estudo comparativo da Tomografia Computadorizada de Alta Resolução com a Radiografia de tórax no diagnóstico da Silicose em casos incipientes Dissertação.
Doenças Relacionadas ao Amianto
DOENÇAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO RELACIONADAS AO TRABALHO
SENADO FEDERAL - BRASÍLIA / DF, 30/09/2009
Coordenador Hermano Albuquerque de Castro
Comissão de Câncer de Pulmão - SBPT
DEPARTAMENTO DE IMAGEM DA SBPT
Comissão de Câncer de Pulmão - SBPT
Departamento de Patologia Respiratória Patologia Pulmonar x Pneumologia Patologia Pulmonar x Pneumologia Histórico Histórico DPI x Tu x Infecções x Pneumoconioses.
Departamento de Patologia Pulmonar
Lesões Pulmonares Císticas
PNEUMOTÓRAX CONCEITO ACÚMULO DE AR NO ESPAÇO PLEURAL.
SUGESTÃO VERSOS DO CAPITÃO PABLO NERUDA.
DERRAME PLEURAL LOCULADO PERIFÉRICO
DIAGNÓSTICO DE DOENÇAS GENÉTICAS: MÉTODOS DE RASTREAMENTO
Semana Estadual de Segurança e Saúde no Trabalho
Como tratar e prevenir exacerbações nas Bronquiectasias
DIAGNÓSTICO DAS PNEUMOCONIOSES
Prevenção da osteoporose
Forner,A. Rodríguez de Lopez, C. Rev Esp Enferm Dig
SARCOIDOSE em atividade ou em remissão?
Mônica Corso Pereira Unicamp PUC - Campinas
IMAGINOLOGIA CERVICAL NO TRAUMA
IMAGEM NO TEP AGUDO Dany Jasinowodolinski
DOENÇAS PULMONARES DIFUSAS
Toxicidade pulmonar no tratamento oncologico
IMAGEM NAS Infecções fúngicas
Vasculites pulmonares: Quando suspeitar e como diagnosticar
RISCOS DO AMIANTO 1.
INTRODUÇÃO À RAGIOLOGIA SIMPLES DO TÓRAX
Função pulmonar na diabetes mellitus José R. Jardim Pneumologia Universidade Federal de São Paulo.
Linfáticos pulmão e pleura
Dr. Frederico Fernandes Pneumologia ICESP / InCor HCFMUSP
CASO CLÍNICO Lilian Tiemi Kuranishi
Papel da Angiotomografia no Diagnóstico de TEP
Radiografia do Tórax I Dr. José Acúrcio Macedo.
AngioTCMD negativa exclui o diagnóstico de TEP ?
Transplante Pulmonar – Estado da Arte
Pleurodese. Quando e Como?
Por que este curso? Everardo de Carvalho PUCCAMP.
Uso clinico de novos métodos no diagnóstico da Tuberculose
CORRELAÇÃO CLÍNICA DA ESCALA DE BORG NO TESTE DE CAMINHADA DE SEIS MINUTOS EM PACIENTES COM DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA   Autores: GOMES, L.O.R.S.;
Transplante de Tecidos Músculo esquelético
Provas de função respiratória Prof. Agnaldo José Lopes Thiago Mafort Prof. Agnaldo José Lopes Thiago Mafort.
Fatores confundidores ou menos característicos em indivíduos expostos à poeiras minerais Exposição prolongada à sílica ou asbesto Distúrbio ventilatório.
PREVENÇÃO DE DOENÇAS PROFISSIONAIS
FIBROSE PULMONAR IDIOPATICA ASPECTOS ANATOMOPATOLOGICOS
FIBROSE PULMONAR IDIOPÁTICA DIAGNÓSTICO – Aspectos Clínicos
São Paulo – SP/ Dias 6 e 7 de março de 2009 Hotel Sonesta 7º Curso Nacional de Doenças Pulmonares Intersticiais.
Atelectasia lobo sup. dir.
DOENÇAS PULMONARES OCUPACIONAIS
Caso Clínico Síndrome de Kartagener
Jaquelina Sonoe Ota Arakaki Disciplina de Pneumologia - UNIFESP
Imagem da Mama Sociedade Brasileira de Mastologia – DF
TC de baixa dose no screening e seguimento do câncer de pulmão
VII Congresso Brasileiro de Asma
Epidemiologia Analítica
DOENÇAS OCUPACIONAIS PNEUMOCONIOSES Antonio Chibante UNI – RIO / CIP.
SUSPEITA DE FIBROSE PULMONAR! O QUE FAZER? DR. B. F. CABRAL JR. UCB / HRG SES DF / PNEUMHO.
Empiema Pleural F.C.M.S.C.S.P. Departamento de Cirurgia
DOENÇAS PULMONARES OCUPACIONAIS.
Teste Diagnósticos Avaliação
SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO TÓRAX AULA PRÁTICA
Programa de Pós-Graduação em Medicina (Ciências Cirúrgicas) Coordenador: Prof. Dr. Alberto Schanaider.
Doenças decorrentes da exposição ao amianto: Asbestose e Mesoteliomas
Curso de Saúde do Trabalho
Transcrição da apresentação:

PNEUMOCONIOSES: CARACTERIZAÇÕES DIAGNÓSTICAS ATUAIS Gustavo Meirelles Ericson Bagatin VIII Curso Nacional de Atualização em Pneumologia - 2007

PNEUMOCONIOSES História ocupacional Avaliação clínica Métodos de imagem: Rx e TC

PNEUMOCONIOSES VANTAGENS DO Rx Ampla disponibilidade e baixo custo Praticidade: local de trabalho Classificação da OIT: normatização Método mais usado

PNEUMOCONIOSES DESVANTAGENS DO Rx Erros técnicos Variabilidade de interpretação Falsos-positivos Falsos-negativos

PNEUMOCONIOSES TCAR x Rx Maior detecção de alterações Melhor caracterização dos achados Maior concordância interobservador Maior sensibilidade e especificidade Bégin R et al. Am Rev Resp Dis 1991; 3: 697-705

PNEUMOCONIOSES Rx versus TC Sílica Asbesto

PNEUMOCONIOSES Rx versus TC Sílica Asbesto

SILICOSE CRÔNICA Rx normal Rx alterado 41 % com silicose na TC 10 % visíveis só na TCAR Rx alterado TC mostra melhor as lesões Bégin R et al. Am Rev Resp Dis 1991; 3: 697-705

PNEUMOCONIOSES VARIABILIDADE DE INTERPRETAÇÃO Ligada à experiência do leitor 1990: 70 % B-readers liam < 10/mês Welch et al.: 6 leitores experientes Rx “positivo”: outros concordaram em 50 % Welch LS et al. Am Rev Resp Dis 1991; 3: 697-705 Musch DC et al. Stat Med 1984; 3: 73-83

Rx EM PNEUMOCONIOSES FALSOS-POSITIVOS Revisão de 8 artigos em não-expostos: 1/0 em 0,2 a 11,7 % dos indivíduos Homens Idosos Meyer JD et al. Chest 1997;111(2):404–410

PNEUMOCONIOSES Rx versus TC Sílica Asbesto

ASBESTO Fibrose pulmonar (Asbestose) Alterações pleurais Câncer de pulmão Mesotelioma pleural e peritoneal Aberle DR, Balmes JR. Clin Chest Med 1991;12(1):115-31 Bégin R et al. Occup Environm Resp Dis 1996; 293-321

ASBESTOSE Rx versus TC 169 Rx 0/0 ou 0/1 TCAR 34 % (57) – fibrose 21 % (36) – anormal, sem fibrose 45 % (76) - normal Staples et al. Am Rev Resp Dis 1989;139:1502-08

Rx EM PNEUMOCONIOSES FALSOS-POSITIVOS Enfisema pulmonar Bronquiectasias Proeminência vascular Erros técnicos Meyer JD et al. Chest 1997;111(2):404–410

ASBESTOSE TCAR Análise qualitativa Análise semi-quantitativa - Alterações uni ou bilaterais - Nº de imagens com alterações Gamsu et al. AJR 1995;164:63-8

PLACAS PLEURAIS FALHAS DO RX Se confluentes: simulam EPD Se pequenas Rx pode ser normal Falsos-positivos Aberle DR et al. AJR Am J Roentgenol; 1988.p. 883-91

PLACAS PLEURAIS FALHAS DO RX Placas pleurais: falsos-positivos Gordura extra-pleural Fraturas costais Sombra muscular Roach HD et al. Radiographics 2002;22 Spec No:S167-84

PROJETO ASBESTO 763 TCAR Asbestose: 35 (4,6 %) Placas pleurais: 88 (11,5 %) Grupo Interinstitucional para Estudo das Alterações Relacionadas ao Asbesto. UNIFESP/EPM, INCOR/ HCFMUSP, UNICAMP. Projeto Asbesto Mineração I

PROJETO ASBESTO 35 TCAR com fibrose Rx 0/0 - 2 (5,7 %) Rx 1/0 ou mais - 21 (60,0 %) Grupo Interinstitucional para Estudo das Alterações Relacionadas ao Asbesto. UNIFESP/EPM, INCOR/ HCFMUSP, UNICAMP. Projeto Asbesto Mineração I

PROJETO ASBESTO 77 Rx alterados (1/0 ou mais) TCAR alterada em 21 (27,3 %) Grupo Interinstitucional para Estudo das Alterações Relacionadas ao Asbesto. UNIFESP/EPM, INCOR/ HCFMUSP, UNICAMP. Projeto Asbesto Mineração I

PNEUMOCONIOSES Rx versus TC Rx: método mais usado TCAR: método mais eficaz Custo, praticidade, falta de normatização Uso da TCAR em casos selecionados