Importações e Incentivos Fiscais Desconstruindo Mitos Apresentação para Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal Brasília, 25 de maio de 2011.

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Transcrição da apresentação:

Importações e Incentivos Fiscais Desconstruindo Mitos Apresentação para Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal Brasília, 25 de maio de 2011 Luis Paulo Rosenberg Michal Gartenkraut Com base em Estudo preparado para Associação Brasileira das Empresas de Comércio Exterior

Importações e Incentivos Fiscais Desconstruindo Mitos Reforma Fiscal e ICMS Inversão federativa Solução parcial para desafio sistêmico O Desafio das Disparidades Regionais A fragilidade da ação federal “Guerra fiscal” ou PPP? Redução do ICMS na Importação: Repondo a Objetividade Não induz significativamente Importação do País Impacto é alocativo: alivia concentração e congestionamento Não deteriora finanças públicas estaduais Respeita o princípio da transparência.

Importações e Incentivos Fiscais Desconstruindo Mitos Crescimento “excessivo” de Importações Importação e Desenvolvimento Econômico Importação e Câmbio Instrumento Adequado de Proteção da Produção Nacional? Imposto de Importação Paradigmas do Comércio Exterior Via de duas mãos Maior eficiência Caminho para competitividade Promoção do Desenvolvimento Regional Incentivos: crítica clássica superada Aceito e consagrado no mundo

Equação obtida por regressão Importações = função de (PIB; Câmbio real) Validação: Equação obtida por Regressão Log(M) = - 6,96 - 0,72*Log(RER_IPC) + 2,82*Log(PIB) + 0,21*D2008 Período: 1990 - 2010 C - Constante M – Importações; dado anual em US$ (Fonte: MDIC) RER_IPC – Taxa de câmbio real/cesta de 13 moedas; Índice dez93=100 (Fonte: FUNCEX) PIB – PIB Brasil; índice real encadeado, média 1980=100 (Fonte: IPEADATA) D2008 = dummy de 2008 R² = 0,99 Elasticidade da Importação e PIB: 2,82 Elasticidade da Importação e Câmbio: - 0,72

Necessidade de Dummy em 2008 Preços

A equação representa “fit” quase perfeito PIB e câmbio efetivo explicam o crescimento das importações Portanto, não há necessidade de outras variáveis para explicar o crescimento das importações

Log (Importação de SC) = C + Alog (PIB SC) + Blog (RER_ipc) + d2008 Replicando modelo para Santa Catarina (até 2008) Novamente um “fit” perfeito Log (Importação de SC) = C + Alog (PIB SC) + Blog (RER_ipc) + d2008 Dependent Variable: LOG(IMPORTACAO_SC) Method: Least Squares Date: 04/14/11 Time: 13:05 Sample: 1995 2008 Included observations: 14 Coefficient Std. Error t-Statistic Prob.   C -13.30851 1.579659 -8.424923 0.0000 LOG(PIB_SC) 4.529741 0.347611 13.03108 LOG(RER_IPC) -1.823962 0.184010 -9.912283 D2008 0.320897 0.166020 1.932880 0.0820 R-squared 0.973501     Mean dependent var 0.479274 Adjusted R-squared 0.965552     S.D. dependent var 0.696092 S.E. of regression 0.129197     Akaike info criterion -1.020007 Sum squared resid 0.166918     Schwarz criterion -0.837419 Log likelihood 11.14005     Hannan-Quinn criter. -1.036909 F-statistic 122.4588     Durbin-Watson stat 1.635619 Prob(F-statistic) 0.000000 Novamente, PIB e Câmbio efetivo explicam perfeitamente o crescimento das importações de SC

Arrecadação de ICMS não caiu...

O mesmo é verdade para os Estados incentivadores (PR, SC, GO, MS, PE, AL, SE e TO) Estados mencionados no Estudo FIESP

Desde 2001, ano do início da LRF, Estados produzem superávit primário Mesmo em ano eleitoral

Comércio Exterior Máquinas e Equipamentos Anos e Estados Selecionados

Importações e Incentivos Fiscais Desconstruindo Mitos Desafios de uma Reforma Tributária/Fiscal Necessidade de consenso em torno de princípios Não aumentar/reduzir carga tributária Tributar apenas: renda, consumo e propriedade Melhorar qualidade: reduzir regressividade; vinculações; contribuições Detalhamento e implementação pode ser “fatiada” Abordagem sistêmica Pacto federativo: FPE/FPM, royalties; grau de autonomia dos entes Previdência Social Definição do período de transição Suficiente para adaptação Flexibilidade para ajustes

O “caminho” do PIB brasileiro 1939 – 2006 cada ponto é o centro geodésico dos PIBs estaduais do ano de referência Fonte: Prof. Carlos Azzoni, FEA/USP