TESTE SHUTTLE OU TESTE GRADUADO DA CAMINHADA

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Calculando a intensidade do exercício
Advertisements

AVC Isquêmico Agudo Abordagem inicial
Como se avalia a condição física?
REABILITAÇÃO CARDÍACA
INSUFICIENCIA CORONARIANA
CARDIOPATIA ISQUÊMICA
Doenças Cardiopulmonares
PROMOÇÃO DA ATIVIDADE FÍSICA
Atividade física em UBS/PSF Rio Claro Departamento de Educação Física/UNESP Prefeitura Municipal de Rio Claro Secretaria Municipal de Saúde.
PARCERIA DA AVENTIS COM A DISCIPLINA DE CLÍNICA GERAL DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO.
Monitorização Hemodinâmica Funcional
Trombose Venosa Profunda
Teste ergométrico Fisiologia Aplicada – 02
CONSTRUÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE NANDA
UTI CRITÉRIOS DE ADMISSÃO E ALTA
Doenças Isquêmicas Cardíacas e Incapacidade
Exercícios Físicos.
REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR
CHOQUE Choque é a situação de falência do sistema cardiocirculatório em manter a distribuição de sangue oxigenado para os tecidos. Tratar-se de uma condição.
DOENÇAS CARDIOVASCULARES
Cinesioterapia Prof. Esp. Kemil Rocha Sousa
Deficiência de amplitude de movimento e mobilidade articular.
EMERGÊNCIAS CLÍNICAS II
HAS no exercício e no atleta
III Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia Sobre Teste Ergométrico Mônica Roselino Ricci - Sta Casa de Misericórdia de Ribeirão Preto-2011.
Raciocínio Clínico Formulação do Diagnóstico de Enfermagem
CARDIOPATIAS PROBLEMAS CARDIOVASCULARES OU ACTIVIDADE MOTORA ADAPTADA
Sobrecargas atriais e ventriculares
Atividade Física na Terceira Idade
Gicela Rocha Cardiométodo
ECG – A visão do emergencista
MEDIDA DO CONSUMO DE OXIGÊNIO.
Determinação da Capacidade Funcional de Exercício
Cintilografia de Perfusão Miocárdica com estresse mental
ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NA REDE PÚBLICA DE SAÚDE
Efeitos do treinamento aeróbio nos participantes do projeto de reabilitação cardíaca e metabólica da Una da Saúde – Unisul. Luana Martins Rosa – Bolsista.
Balanço energético no organismo
REABILITAÇÃO CARDÍACA
CRISE HIPERTENSIVA Francisco Monteiro Júnior
Escala pré-hospitalar de Cincinnati
Kelser Souza Kock Alessandra Brunel Paes Ana Paula Vieira Hugen
CORRELAÇÃO CLÍNICA DA ESCALA DE BORG NO TESTE DE CAMINHADA DE SEIS MINUTOS EM PACIENTES COM DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA   Autores: GOMES, L.O.R.S.;
REABILITAÇÃO CARDÍACA
Infarto Agudo do Miocárdio
REABILITAÇÃO PÓS TRAUMA RAQUIMEDULAR
Fatores de Risco Prevalência - Brasil 1-Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição, INCA – Instituto Nacional do Câncer, Campanha Nacional de.
Insuficiênica cardíaca e exercício físico
INTERRRELAÇÕES ESSENCIAIS PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIO
Avaliação pré operatória do paciente idoso
SEGUIMENTO DAS PNEUMOPATIAS INTERSTICIAIS DIFUSAS
UNIDADE DE RECUPERAÇÃO PÓS ANESTÉSICA
PROTOCOLO - CSE BUTATÃ.
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
Exercícios terapêuticos Conceitos Básicos
Avaliando a Aptidão Cardiorrespiratória
Efeitos agudos do EF sobre a FC
CASO 3 MASCULINO, BRANCO, 20 ANOS INSUFICIÊNCIA CARDÍACA SEVERA
Veronica M. Amado Universidade de Brasília
ADVANCED CARDIAC LIFE SUPPORT
Testes Cardiopulmonares de Campo
48 ANOS, MASCULINO DOR TORÁCICA ATÍPICA BRE INTERMITENTE EM ERGOMETRIA
AVALIAÇÃO FUNCIONAL Prof. Ms. Fábio Venturim.
Prescrição de Atividade Física para Pessoas com Hipertensão
REABILITAÇÃO CARDIO VASCULAR
Margarida Ferreira 3º Ano da Turma 5 Em qualquer idade, o exercício físico tem um papel importante na saúde, no bem estar e na criação de estilos de.
Atividade Física e Qualidade de Vida
Avaliação do paciente de UTI
EMERGÊNCIAS AMBIENTAIS Prof ª. Dra. Taís Tinucci Socorros de Urgência
Cintilografia de Perfusão Miocárdica
TESTE DE CAMINHADA HISTÓRICO  1968 Cooper : aptidão física  1976 McGavin : pacientes com DPOC / teste 12 minutos  1982 Butland : teste 06 minutos semelhante.
Transcrição da apresentação:

TESTE SHUTTLE OU TESTE GRADUADO DA CAMINHADA

IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO FUNCIONAL Avaliação de capacidade física Orientar reabilitação Avaliar resposta a intervenções terapêuticas Fornecer informações prognósticas Permitir estratificação de risco Auxiliar na indicação do transplante cardíaco Cohn et al (1993); Mancini et al (1991); Fleg et al (2000)

TESTE CARDIOPULMONAR (VO2 PICO) Teste de maior aceitação para avaliação da capacidade funcional Fornece informações prognósticas Permite estratificação de risco Auxilia na indicação do transplante cardíaco Limitações: caro, complexo, mal tolerado pelos pacientes e pouco disponível Cohn et al (1993); Mancini et al (1991); Myers et al (1998); Keell et al (1998); Lucas et al (1999); Fleg et al (2000)

TESTE DA CAMINHADA DE 6 MINUTOS Teste submáximo de avaliação funcional. Simples, de custo mínimo e bem tolerado pelos pacientes. Baseado no teste de 12 minutos descrito por Cooper (1968). Adaptado por Mc Gavin e cols. (1978) para avaliar a tolerância ao esforço físico em DPOC. Aplicado em ICC por Guyatt e cols. (1985). Limitações: influenciado pela motivação do paciente e incentivo do examinador Guyatt et al (1985); Cavalheiro et al (1997); ATS (2002); Fleg et al (2000); Araújo et al (2006)

TESTE SHUTTLE Proposto para avaliação funcional em DPOC Sintoma-limitado Característica progressiva Velocidade da caminhada padronizada Menor influência do estímulo do examinador e da motivação do paciente Melhor correlação com VO2 pico Singh et al (1992); Singh et al (1994); Hernandez et al (1997); Keell et al (1998); Morales et al (1999); Lewis et al (2001)

CRITÉRIO DE INTERRUPÇÃO TC6M x TS TC6M TS ESPAÇO FÍSICO 30 metros 10 metros CARACTERÍSTICA Constante Incremental VELOCIDADE Não padronizada Padronizada CRITÉRIO DE INTERRUPÇÃO Tempo Sintomas

INDICAÇÕES E FINALIDADES Avaliar resposta a intervenção terapêutica Medida de capacidade funcional Preditor de morbi-mortalidade????? ICC, DPOC, pré e pós-operatório, hipertensão pulmonar, doença vascular periférica, idoso, outras doenças cardíacas e pulmonares

CONTRAINDICAÇÕES Absolutas Angina instável ou IAM no mês que antecede o teste História recente de arritmia complexa Qualquer limitação física ou cognitiva que comprometa o desempenho no teste Relativas FC repouso > 120 bpm PAS repouso > 180 mmHg PAD repouso > 100 mmHg

EQUIPAMENTOS Cronômetro 2 cones para demarcar a distância Cadeira CD player + CD Papel para anotação Esfigmomanômetro/Estetoscópio Frequencímetro de pulso Fonte de O2

PREPARAÇÃO DO PACIENTE Roupas e calçados adequados Não suspender a medicação usual Refeição leve 2 horas antes do teste Não realizar exercícios vigorosos por 2 horas antes do teste

LOCAL Corredor liso, plano, coberto Comprimento: 10 metros Preferência por ambiente hospitalar

TESTE GRADUADO DA CAMINHADA “SHUTTLE WALK TEST” 10 METROS Singh et al (1992)

TESTE GRADUADO DA CAMINHADA “SHUTTLE WALK TEST” Estágio Velocidade (m/seg) No de voltas por estágio Distância percorrida ao final de cada estágio (m) 1 0,50 3 30 2 0,67 4 70 0,84 5 120 1,01 6 180 1,18 7 250 1,35 8 330 1,52 9 420 1,69 10 520 1,86 11 630 2,03 12 750 2,20 13 880 2,37 14 1.020 Singh et al (1992)

INSTRUÇÕES AO PACIENTE Para iniciar o teste, o paciente é posicionado em uma das extremidades do circuito e após ouvir o sinal sonoro, começa a caminhar em direção à extremidade oposta, respeitando-se o tempo limite marcado pelo próximo sinal sonoro. No caso do paciente alcançar a extremidade oposta antes do sinal, ele aguarda parado o acionamento do sinal seguinte.

TESTE GRADUADO DA CAMINHADA “SHUTTLE WALK TEST”

ANTES DO TESTE Repouso de 10 minutos Medidas de FC, PA, FR, Escala de BORG, oximetria de pulso ECG (se indicado) Não realizar nenhum tipo de aquecimento

DURANTE O TESTE NÃO ACOMPANHAR O PACIENTE!!! Examinador: não conversar, olhar sempre para o paciente, atenção ao número de voltas

APÓS O TESTE Medidas de FC, PA, FR, Escala de BORG, oximetria de pulso Calcular a distância percorrida

CRITÉRIOS DE INTERRUPÇÃO Dor torácica Tontura Cianose Palidez Dispnéia excessiva Fadiga de membros inferiores Exaustão ou incapacidade de manter a velocidade imposta pelos sinais sonoros

MEDIDAS DE SEGURANÇA Local apropriado para rápido socorro Equipe certificada em BLS e ACLS O2 e medicações de emergência disponíveis ATENÇÃO para pacientes em uso crônico de O2

INTERPRETAÇÃO Valor absoluto O quanto de distância significa melhora clínica importante?

LIMITAÇÕES Não determina o VO2, não diferencia a causa da dispnéia, não fornece informações específicas sobre os mecanismos envolvidos na limitação ao exercício: não substitui, e sim complementa, o teste cardiopulmonar.

Thorax 1992; 47: 1019-1024 Heart 1996; 75: 414-418

International Journal of Cardiology 2000; 76: 101-105 Heart 2001; 86: 183-187

Correlação das Distâncias TC6M x TS

Correlação VO2 pico x Distância TC6M

Correlação VO2 pico x Distância TS

Variáveis Hemodinâmicas (FC) *p = 0,001

Variáveis Hemodinâmicas (PAS)

Variáveis Hemodinâmicas (PAD)

CONSIDERAÇÕES FINAIS!!! O teste shuttle é útil na avaliação funcional de rotina de pacientes com limitação ao exercício Informações mais específicas: teste cardiopulmonar

fisioterapiasc@uol.com.br