Dr Jordach Paiva Medico Residente de Cardiologia Miocardiopatias Dr Jordach Paiva Medico Residente de Cardiologia
Miocardiopatias Introdução Conceito Classificação Diagnóstico Quadro clínico Tratamento
Miocardiopatias Formas clínicas: Dilatada Restritiva Hipertrófica
Anatomia Patológica Coração Normal Coração Hipertrofiado Coração Dilatado IC diastólica IC sistólica
Miocardiopatia Dilatada Dilatação do ventrículo esquerdo, direito ou de ambos. Adelgaçamento da parede. Valvas normais. Trombo no VE.
Miocardiopatia Dilatada Achados Anátomo-patológicos: Fibrose intersticial e perivascular Hipertrofia Atrofia Necrose
Miocardiopatia Dilatada História clínica: Sintomas de insuficiência cardíaca. Exame físico: Inspeção: turgência jugular, dispnéia, ortopnéia. Palpação: ictus amplo, impulsivo. Ausculta: B3, sopro de regurgitação mitral ou tricúspide. Estertores pulmonares.
Miocardiopatia Dilatada Eletrocardiograma Sobrecarga atrial e ventricular esquerda. Desvio do eixo elétrico para esquerda. Distúrbio de condução mais comum BRE, prolongamento do intervalo PR. Arritmias: Fibrilação atrial, extra-sístoles supra e ventriculares, taquicardia ventricular não sustentada e sustentada.
Miocardiopatia Dilatada Causas Primária: Idiopática Secundária: Hipertensão arterial Insuficiência coronária Miocardites Doenças metabólicas Nutricional Endócrinas Tóxicas Periparto
Remodelamento Ventricular Após IAM Infarto Inicial Expansão do Infarto (horas a dias) Remodelamento Global (dias a meses)
Miocardites 10-60% dos pacientes portadores de miocardiopatia dilatada idiopática. Causas: Infecciosa Tóxica Reação imunológica
Miocardites Bacteriana: C. diphtheriae, gonococus, H. influenzae, meningococus, M. pneumoniae, pneumococos, T pallidum, V cholerae. Espiroquetas: borrelia, leptospira. Protozoários: T. gondii, T. cruzi. Vírus: coxsackievirus, cytomegalovirus, dengue, herpes simples, herpes zoster, HIV, influenza A e B, vírus da raiva, rubéola, parotidite, sarampo,polio, varíola, febre amarela.
Miocardites Reação imunológica Alergênicos: Acetazolamida, amitriptilina, cefaclor, colchicina, lidocaina, metildopa, isoniazida, fenitoína, reserpina, penicilina, reserpina. Aloantígenos: transplante cardíaco. Autoantígenos: Chagas, miocardite de células gigantes, diabetes, miastenia gravis, polimiosite, LES, eslerodermia, tireotoxicose, granulomatose de Wegner.
Miocardites Tóxicas Drogas: Anfetaminas,antraciclinas,cocaína, etanol, interleucina 2, lítio, ciclofosfamida. Metais pesados: cobre, ferro. Agentes físicos: Choque elétrico, radiação. Miscelânea: Arsênico, monóxido de carbono, acidentes com répteis e animais peçonhentos.
Miocardites Quadro clínico: Espectro amplo: Assintomáticos. Sintomas de ICC. ICC fulminante. Alguns pacientes podem relatar história clássica de infecção recente com febre, artralgia, adinamia.
Miocardites Diagnóstico ECG Enzimas Sorologias Biópsia miocárdica VHS Testes imunológicos
Miocardites Tratamento: Tratar a ICC Imunossupressores Anti-virais
Miocardiopatia Dilatada Peri-parto Definição: Insuficiência cardíaca que se desenvolve no último trimestre da gestação ou nos primeiros seis meses após o parto. 80 % dos casos primeiro trimestre após o parto. Fatores de Risco: Raça negra gestação gemelar Idade materna avançada Hipertensão Multíparas
Miocardiopatia Dilatada Peri-parto Evolução: 50 % das pacientes apresentam boa evolução e recuperam a função ventricular. 50% deterioram a função ventricular e evoluem com insuficiência cardíaca congestiva.
Miocardiopatia Alcoólica Definição: Disfunção ventricular esquerda em paciente alcoolista na dose de 80 g de etanol por dia no mínimo 05 anos. Etiologia: Acredita-se que seja por ação direta do álcool/metabólitos sobre o miocárdio. O diagnóstico é por exclusão. O prognóstico é bom desde que haja abstinência total do álcool.
Miocardiopatia Alcoólica Fatores de risco: Desnutrição. Deficiência de tiamina. Aditivos no álcool (cobalto). Metabólitos: Acetaldeido. Ácidos graxos livres.
Miocardiopatia Alcoólica Quadro clínico Exame físico Prognóstico Tratamento
Beriberi: Deficiência de Tiamina Pirofosfato de tiamina Piruvato Acetil CO A Alfaceto glutarato Succinil CO A
Miocardiopatia Dilatada Tratamento: Tratamento da ICC. Tratamento etiológico: Alcoólica. Peri-parto. Miocardites. Chagas. Beribéri.
Miocardiopatia Hipertrófica Conceito: Caracteriza-se pela hipertrofia desproporcional do septo interventricular de caráter genético, autossômico dominante. Tipos de hipertrofia: Apical, médio ventricular e septal.
Miocardiopatia Hipertrófica Efeito Venturi
Miocardiopatia Hipertrófica Quadro clínico: Relacionado a presença ou não de obstrução na via de saída, grau de hipertrofia. Dispnéia. Angina. Síncope. Palpitações. Exame físico: Inspeção: ictus impulsivo. Ausculta cardíaca: Sopro sistólico no foco aórtico acessório, ejetivo, com incremento às manobras que aumentam a resistência periférica e redução às manobras que reduzam a mesma.
Miocardiopatia Hipertrófica Eletrocardiograma: Sobrecarga ventricular e atrial esquerda. Presença de ondas Q de necrose na parede antero-septal e T invertidas e profundas.
Miocardiopatia Hipertrófica Tratamento Clínico: beta-bloqueadores, antagonistas de cálcio (Verapamil), antiarrítmicos (disopiramida). Cirúrgico: miomectomia. Alcoolização septal: ablação da artéria responsável pela irrigação do septo.
Miocardiopatia Restritiva Definição: miocardiopatia em que verifica-se rigidez na câmara, função de VE normal, ausência de dilatação. Etiologia: Sarcoidose. Amiloidose. Hemocromatose. Endomiocardiofibrose.
Miocardiopatia Restritiva Fisiopatologia Alterações no relaxamento ventricular. Redução da complacência, aumento da pressão diastólica final do VE. Elevação da pressão diastólica do VE e do AE. Congestão pulmonar. Aumento da pressão diastólica de VD e AD.
Miocardiopatia Restritiva Quadro clínico Sintomas: palpitações, síncope, dispnéia, intolerância ao esforço, edema. Sinais: B4, B3, estertores pulmonares, turgência jugular, hepato-esplenomegalia, ascite, edema.
Miocardiopatia Restritiva Exames complementares: ECG. Radiografia do tórax. Ecocardiograma. Estudo hemodinâmico. Tomografia computadorizada. Ressonância nuclear magnética.
Miocardiopatia Restritiva Eletrocardiograma Principais achados: Sobrecargas atriais. Arritmias atriais. Prolongamento do intervalo PR. Baixa voltagem.
Miocardiopatia Restritiva Radiografia do tórax Aumento de cavidades atriais. Congestão pulmonar. Derrame pleural a direita.
Miocardiopatia Restritiva Diagnóstico diferencial com pericardite constrictiva: Clinica. Ecocardiografia. Hemodinâmica. Tomografia computadorizada. Ressonância magnética.
Miocardiopatia Restritiva Tratamento: relacionado a etiologia Clínico Cirúrgico: endomiocardiofibrose. Etiológico: amiloidose, sarcoidose