Entrevista para Aplicação de Testes

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Transcrição da apresentação:

Entrevista para Aplicação de Testes Ocampo, Maria L. S. Cap 3. Livro: O Processo Psicodiagnóstico e as Técnicas Projetivas

Como planejar a bateria de testes? No planejamento da bateria de testes temos de pensar que o processo psicodiagnóstico deve ser suficientemente amplo para compreender bem o paciente, mas ao mesmo tempo não se deve exceder porque isto implica uma alteração no vínculo psicólogo-cliente.

Como planejar a bateria de testes? A influência do vínculo no planejamento das baterias é significativo. Pode influenciar tanto positivamente como negativamente. Elementos contratransferenciais negativos e positivos. O problema consiste em estabelecer uma dosagem adequada da quantidade de entrevistas em geral.

Como planejar a bateria de testes? Em termos gerais a entrevista, a bateria de testes projetivos pode ocupar entre duas e quatro entrevistas destinadas a examinar o paciente. A casos em que o psicólogo vê o paciente apenas uma vez.

Como planejar a bateria de testes? Se reduzirmos demais o processo, haverá, inevitavelmente, um déficit de informação, seja qual for o material de testes utilizados. Favorece a manifestação de fantasias de que o paciente pode depositar rapidamente os conflitos e preocupações no psicólogo. É investido de atributos mágico na compreensão dos mesmos.

Como planejar a bateria de testes? Facilita nos pais, uma atitude tendente a não sofrer as alternativas do processo, a não se expor à mobilização de angústia. Empobrece a capacidade de compreensão do psicólogo Fantasias de onipotência por parte do psicólogo.

Como planejar a bateria de testes? Se prolongarmos demais, surgem eventualidades de importância que só serão reconhecidas se o psicólogo trabalhar com um marco de referência psicanalítico e admitir a importância da transferência e contratransferência. Sensações de impotência por parte do psicólogo. Despertar fantasias no paciente sobre incertezas, curiosidades e inquietações.

Como planejar a bateria de testes? Se a devolução de informação é um passo tão importante no fechamento do processo, esse paciente fica frustrado em seus desejos de saber o que ocorre e o que lhe recomendam fazer. A devolução funciona como uma expectativa que não se cumpre.

Como planejar a bateria de testes? Outro aspecto ocorre quando se recomenda psicoterapia. O modelo de vínculo que o paciente leva é prejudicial pois favorece fantasias de: Ser retido, Ser remexido. Se nesse vínculo tiver predominado a idealização, o paciente chegará à terapia com a fantasia de ser tão interessante, agradável ou sedutor que ninguém pode desprender-se dele.

Como planejar a bateria de testes? Quando se estende o vínculo com os pais, durante as entrevistas iniciais, pode-se converter em uma psicoterapia de casal, onde os pais manipulam, estabelecendo-se com eles uma aliança desvirtuante, na medida em que se atrasa o contato com o filho. Recomendação de psicoterapia ao casal.

Como planejar a bateria de testes? Quanto aos pais que procuram reter o psicólogo, podemos afirmar a existência de sentimentos de ciúmes e rivalidade diante do filho. Eles passam a ocupar o lugar dos filhos. É necessário colocar um limite aos pais nessa relação.

Planejamento Geral da Bateria Planejar uma bateria é necessário pensar em testes que captem o maior número possível de condutas (verbais, gráficas e lúdicas), de maneira a possibilitar a comparação de um mesmo tipo de conduta, provocada por diferentes estímulos.

Planejamento Geral da Bateria A bateria de teste deve ser estabelecidas em função de dois fatores: A natureza do teste, O caso em questão.

Planejamento Geral da Bateria Utilizar testes em primeiro lugar supõe colocar o paciente na situação mais ansiógena ou deficitária sem o prévio estabelecimento de uma relação adequada.

Planejamento Geral da Bateria Testes que mobilizam uma conduta nunca devem ser aplicados primeiro. Teste verbal a um gago. Teste gráfico a um deficiente físico. Teste de inteligência a uma pessoa com dificuldades intelectuais. Desiderativo a depressivos, esquizofrênicos, moribundos, velhos, etc.

Planejamento Geral da Bateria Testes gráficos são mais adequados para começar o exame psicológico. Refletem mais os aspectos estáveis da personalidade. Aplicação sucessiva para que permita a comparação inter-testes. HTP, Cinco Histórias, Desenho da Figura Humana, desenho livre.

Planejamento Geral da Bateria A bateria projetiva deve incluir testes gráficos, verbais e lúdicos. Não se deve colocar testes desiderativos no início da testagem. Testes de inteligência devem ocorrer no final da bateria.

Bateria Padrão Em Adultos 1ª Entrevista: Teses gráficos: desenho livre, duas pessoas, HTP, Teste da família. Suspeita de lesões orgânicas aplicar o Bender. 2ª Entrevista: Rorschach e desiderativo 3ª Entrevista: Teste de relações objetais de H. Philipson 4ª Entrevista: Testes de inteligência: Wais (Weschler), R1, R2.

Bateria Padrão para Crianças. 1ª Entrevista: Hora do Jogo diagnóstica 2ª Entrevista: Testes gráficos: mesmos para adolescentes e adultos. 3ª Entrevista: Roschach e desiderativo 4ª Entrevista: Teste de Apercepção Temática para crianças (C.A.T.) 5ª Entrevista: Testes de Inteligência: Wisc – III (Weschler), E. M. Colúmbia, Matrizes Progressivas Raven.

Teste das Relações Objetais de Phillipson É possível ter um diagnóstico mais esclarecedor ao iniciar o tratamento psicoterápico, pois permite uma avaliação psicodinâmica com identificação dos medos, desejos e esforços defensivos utilizados, favorecendo o estabelecimento das estratégias de intervenção.  Aplicação de 13 lâminas.

Teste Rorscharch O teste de Rorschach é uma técnica de avaliação psicológica comumente denominada de teste projetivo. Foi desenvolvido pelo psiquiatra suíço Hermann Rorschach.

Teste Rorscharch O teste consiste em dar respostas sobre com o que se parecem as dez pranchas com manchas de tinta simétricas. A partir das respostas, procura-se obter um quadro amplo da dinâmica psicológica do indivíduo. 

Teste Rorscharch A hipótese projetiva baseia-se no conceito freudiano de projeção: um mecanismo de defesa, através do qual o indivíduo atribui de maneira inconsciente características negativas da própria personalidade a outras pessoas (projeção clássica).