Ana Helena Mendonça Martins Afogamento Afogamento Ana Helena Mendonça Martins Ana Helena Mendonça Martins – PUC Campinas
Epidemiologia - Mundo: 500 000 morrem/ ano decorrência afogamento. - Brasil: 7500 morrem/ ano e 60 000/ ano são hospitalizados. Região sudeste maior número óbitos relativos 20-29 anos maior ocorrência Homem morre 5x mais Relacionado ao lazer familiar
Definição Aspiração de líquido não corporal por submersão ou imersão
Outras Definições... Resgate: pessoa resgatada da água sem sinas de aspiração líquida. Já cadáver: morte por afogamento sem chances de iniciar ressuscitação (tempo de submersão > que 1 hr ou sinais evidentes de morte há mais de 1 hr: rigidez cadavérica, livores ou decomposição corporal).
Causas Primária: mais comum; não apresenta fator incidental ou patológico que tenha desencadeado o acidente. Secundária: causado por patologia ou incidente associado que o precipita (13%). Relacionado a uso drogas, crise convulsiva, trauma, doenças cardio-pulmonares, uso de álcool.
Tipos de acidentes Síndrome de Imersão (“choque térmico”): síncope por arritmia, desencadeada pela súbita exposição a água com temperatura 5 °C abaixo da corporal = morte súbita ou afogamento secundário
Tipos de acidentes Água fria: hipotermia (temperatura retal < 35,5 °C) = morte por hipotermia
Tipos de acidentes Afogamento clássico: pânico e luta para manter-se na superfície (apnéia voluntária, aspiração inicial de líquido, espasmo glótico variável, aspiração de líquido pulmonar.)
Fisiopatologia Alveolite Edema Pulmonar Hipóxia Morte
Fisiopatologia Água salgada: compromete quantidade surfactante Água doce: compromete quantidade e qualidade surfactante (maior grau atelectasia) Afogamento em água salgada não causa hipovolemia Afogamento em água doce não causa hipervolemia, hemólise ou hipercalemia.
Classificação
Complicações Dos hospitalizados: 60 a 80% não apresentam complicações e 15% tem mais de 5 delas. O vômito é a complicação pré-hospitalar mais freqüente (inconsciência)
Complicações Sistema nervoso central (grau 6): convulsões, edema cerebral, encefalopatia anóxica. Aparelho respiratório (grau 3 a 6): broncopneumonia ou pneumonia (ventilação mecânica), edema pulmonar, pneumotórax, atelectasias lobares, SARA. Metabólico (grau 2 a 6): Acidose metabólica, alterações eletrolíticas. Outras complicações: necrose tubular aguda, hematúria, cardiomiopatia anóxica, hematêmese e/ou melena, síndrome de secreção inapropriada de ADH. * Casos de choque séptico irreversível têm sido descritos na literatura nas primeiras 24 horas após o acidente
Exames Grau 1 - Nenhum. Grau 2 - Gasometria arterial e radiografia de tórax. Grau 3 a 6 - Gasometria arterial Hemograma Eletrólitos Uréia/ Cr Glicemia Elementos anormais na urina Rx tórax TC de crânio (se houver alteração no nível de consciência).
Gasometria (antes de iniciar tratamento) Grau 1 - normal Grau 2 - hipoxemia leve, PaCO2 normal ou baixo e acidose metabólica leve ou ausente Grau 3 - PaO2 < 50 mmhg, SaO2 < 90% e acidose metabólica moderada Grau 4, 5 e 6 - PaO2 < 50 mmhg, SaO2 < 90% e acidose metabólica ou mista severa
Tratamento
O melhor tratamento é prevenir!