Fordismo e pós-fordismo

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Transcrição da apresentação:

Fordismo e pós-fordismo Componente Curricular: Ciência Política e Teoria do Estado Professor: Dejalma Cremonese Aluno: Eder Paulo Möbbs Fordismo e pós-fordismo

FORDISMO E PÓS-FORDISMO * No mundo ocidental avançado, as estratégias do período pós-guerra que se basearam na intervenção do Estado sustentaram um crescimento constante e um balanceamento entre a produção e o consumo de massa.

Os administradores aumentaram substancialmente seus controles técnicos, através de uma centralização e racionalização adicional do processo de trabalho.

Enquanto esta estratégia estimulava a distinção entre os trabalhadores da produção, área técnica e área gerencial, a força de trabalho foi pacificada pelos freqüentes aumentos dos salários, segurança no emprego, oportunidades de crescimento e expansão do bem-estar social.

Fordismo Alto é o termo que define o capitalismo do pós-guerra, ou do tipo maduro e hiperracionalizado de Fordismo. Ele tinha uma força de trabalho segmentada, uma ampla e complexa organização do corpo profissional, gerencial e técnico e meios de comunicação, informação, transporte e controle extremamente sofisticados.

Apesar da existência de diferenças significativas entre os setores econômicos e as regiões geográficas, o processo centralizado nos altos níveis de intervenção do Estado e na inclusão de grupos de trabalho subordinados na administração da sociedade, foram as características principais deste período.

O Estado Fordista adotou políticas avançadas no âmbito do controle fiscal muito abrangentes e de regulação dos planos sócio econômicos, na saúde, na educação e na área do bem-estar social.

Este sistema aumentou a inclusão das pessoas marginalizadas, elevou substancialmente o salário e, em termos das democracias sociais, ampliou significativamente a participação do trabalho.

De maneira geral, o Fordismo coordenou a produção, o consumo de massa, a acumulação constante e aumentou a legitimidade, gerando crescimento econômico e uma abundância sem precedentes.

O acordo entre capital e trabalho transferiu o controle da produção para a área gerencial ao mesmo tempo, aumentou o papel do trabalho no discurso político, planejamentos e no âmbito da legislação do trabalho.

A classe média teve um crescimento substancial, elevando também seu padrão de vida. Sob o regime do “ Fordismo” os direitos civis, políticos e sociais foram expandidos e a legislação regulatória foi ampliada.

As desigualdades acentuadas entre os trabalhadores dos setores primários e secundários, entre aqueles da produção e os profissionais, entre raças, grupos étnicos e sexo foram os aspectos mais visíveis do novo padrão de racionalização e de burocratização.

O Fordismo funcionou da metade da década de 50 até o final da década de 60. Entretanto, no começo dos anos 70 já estava enfraquecendo e expondo sérias contradições . Nas sociedades ocidentais avançadas, o crescimento dos novos movimentos sociais, o protesto dos estudantes e as atividades contraculturais começaram a erodir a estabilidade do Fordismo.

A crise econômica acelerou a desestabilização do “ Fordismo” A crise econômica acelerou a desestabilização do “ Fordismo”. O aumento da competitividade nos mercados internacionais, insuficiência de investimento de capital em novas tecnologias e o fracasso do desenvolvimento da política industrial, o aumento dos custos do bem estar social impuseram ao capitalismo do pós-guerra uma fase de desaceleração.

A elevada competição global e as crises políticas e econômicas da época, trouxeram novas estratégias dirigidas para a redução da inflação, através de um crescimento mais lento, e a redução do poder das organizações trabalhistas.

As políticas de intervenção do Estado que, no início, tinham sido consideradas o “carro-chefe” do crescimento do pós-guerra passaram, agora, a ser tratadas como as causas da retração econômica.

muitas das políticas Fordistas que foram empregadas para expandir as oportunidades e os direitos, tiveram suas estratégias iniciais dirigidas para aumentar a liberdade dos proprietários, com desvantagens para os trabalhadores assalariados, além de alocar poder e riqueza aos estratos superiores .

Pós-fordismo Os aspectos mais decisivos do pós-Fordismo têm sido o aumento da flexibilidade em escala global, a mobilidade de capital e a liberdade para colonizar e mercantilizar praticamente todas as esferas, destruindo-se as fronteiras sociais e gerando-se uma descentralização da produção.

Conduzidos pelas empresas que se dispersam globalmente e apresentam elevadas divergências nas formas de organização do trabalho, do gerenciamento e das finanças. Empresas públicas são privatizadas e, cada vez mais, a disponibilidade dos serviços essenciais depende da capacidade de pagamento .

O desenvolvimento econômico Pós-Fordista global e as políticas de livre comércio utilizam o Estado para aumentar a mobilidade de capital, corroendo os seus próprios instrumentos regulatórios em nível local, regional.

Ao contrário, esse sistema global permite que as corporações tenham maior mobilidade e obtenham vantagens sobre a qualidade dos novos instrumentos que são empregados para evitar a rigidez na economia e na sociedade.

Na essência, o pós-Fordismo global não é um sistema globalizado mas um sistema de mobilidade global e de ações globais que opera em reação às condições que se manifestam nos territórios locais e regionais.

Os valores sociais mudaram Os valores sociais mudaram. Agora, não podemos vender nossos produtos a não ser que nos coloquemos dentro dos corações de nossos consumidores, cada um dos quais tem conceitos e gostos diferentes. Hoje, o mundo industrial foi forçado a dominar de verdade o sistema de produção múltiplo, em pequenas quantidades.

BIBLIOGRAFIA Aglietta, Michel.1979. A Theory of Capitalist Regulation. London: New Left Books. Google (fordismo e pós-fordismo) Internet: http://168.96.200.17/ar/libros/pernambuco/05.doc