Constituição de acervo e a ação com a leitura

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Constituição de acervo e a ação com a leitura
Transcrição da apresentação:

Constituição de acervo e a ação com a leitura Profª Me. Ana Paula Cecato http://descobrinhanca.blogspot.com anacecato@gmail.com

Proponho pensar, então, acervo como um lugar onde se constrói a democratização do acesso aos saberes; onde a comunicação seja argamassa, além de produto. (...) (NÓBREGA, 2005,P.125)

O acervo (gêneros)

O que diferencia um livro literário de um não-literário? Livro não-literário Não tem compromisso de transmitir algum conhecimento formal Tem compromisso de transmitir algum conhecimento formal. Ex.: livro sobre técnicas de pintura É arte, pois supõe um trabalho de construção de linguagem simbólica (tanto em ilustrações quanto em texto) Não é arte, pois não apresenta um trabalho de construção de linguagem simbólica

Livros para a infância Não-literários: Livro-brinquedo (de jogos, 3D, de banho, de pano, aquisição de linguagem); Paradidáticos; Biografia.

Literários: Os livros para a infância são um gênero híbrido entre texto e imagem (cfme Gláucia de Souza); Narrativas - mitos, fábulas, lendas, contos populares – narrativas orais; novelas, contos - narrativas autorais; Poesia - parlendas, trava-línguas, quadras populares, adivinhas, cantigas, cordel – poesia oral; formas fixas ou livres - poesia autoral; Teatro; Livro de imagem; Histórias em Quadrinhos.

Livros para a juventude Livros não literários: Paradidáticos; Livros de jogos (RPG) e de filmes; Biografias.

Literários: Apresentam ilustrações, mas, muitas vezes, em menos número que os livros para a infância; Narrativas - mitos, fábulas, lendas, contos populares – narrativas orais; novelas, romances, contos, crônicas - narrativas autorais ; Poesia - parlendas, trava-línguas, quadras populares, adivinhas, cantigas, cordel – poesia oral; formas fixas ou livres - poesia autoral; Teatro; Livro de imagem; Histórias em Quadrinhos, Graphic Novels, Zines,...

Livros não-literários Assuntos para público iniciante ou especializado: política, sociologia, filosofia, linguística, economia, arquitetura, medicina, artes visuais,... Biografias; Livros-jogos (RPG).

Livros literários Como os estudos da Teoria da Literatura nos apresentam, a literatura está divida em três grandes gêneros: o narrativo (novela, romance, conto, crônica, epopeia), o lírico (poesia de formas fixas ou livre), e o dramático (teatro, comédia ou drama).

A escolha do acervo de LIJ: alguns critérios

Critérios utilizados pelos pareceristas do PNBE (dados de 2005) Linguagem literária; Pertinência temática; Ilustração; Projeto gráfico-editorial. (conforme pesquisa de ANDRADE & CORRÊA, url*)

O que é um bom livro para a infância? Antes de tudo, deve considerar o repertório, o interesse e o propósito do leitor; Como mediadores, o texto deve aproximar o leitor do prazer estético e propor “uma educação do olhar”; Deve permitir ao leitor a construção de sentidos a partir da leitura; O essencial é que as produções cativem com o recurso à fantasia, por seu caráter mágico, pela valorização das sensações e emoções que os transporta para o mundo da imaginação, edificado pelas imagens e símbolos do texto literário. (MARTHA, 2011, p.50) O livro inserir-se num campo de produção cultural para a criança.

O livro infantil como objeto cultural* Elementos externos ao texto verbal(capa, contracapa, orelhas, paratextos, informações contextualizantes dos autores, fonte, papel, ilustrações, projeto gráfico); Elementos internos (estruturais como foco narrativo, verossimilhança, linguagem, caráter de experimentação, intertextualidade, relação com outras lggs, rompimento de clichês e modelos, ambiguidade e pluralidade de significação da lggm literária, adequação do discurso das personagens avariáveis como tempo e espaço no mundo narrado); Jogo de sentidos – diálogo entre palavras e imagens –Literatura Infantil é um gênero híbrido. (*De acordo com MARTHA, 2011, p.49-53)

Nesse sentido, o agir comunicativo e a ação com a leitura são a tessitura da dinamização dos acervos. (NÓBREGA, 2005,P.125)

No âmbito da “ação com a leitura”: OBJETIVO GERAL: Democratizar e universalizar a cultura letrada; Não esquecer que vivemos num país onde a maioria dos brasileiros praticamente não participam de eventos de letramento antes da escola – analfabetismo funcional; Investir em eventos de letramento em que a narrativa seja oralizada: saraus, contação de histórias; Entender que a leitura é um processo que acontece gradativamente; Proporcionar ambientes, espaços agradáveis de leitura; Inserir propostas como os acervos pessoais e os mapas afetivos – vincular a narrativa com a vida - “ler pode ser um meio para melhorar as condições de vida e as possibilidades de ser, de estar e de atuar no mundo (CASTRILLÓN, 2011, p.20); Realizar atividades como bate-papos, debates, clubes de leitura – circulação de saberes; Realizar atividades que incitem a criação através da palavra e em outras linguagens artísticas.

A biblioteca e o mediador de leitura O mediador de leitura é o agente que coloca o livro em contato com o leitor; A mediação é uma intervenção, uma ação facilitadora, aproximação sensível, intelectual ou técnica. Ele tem o poder de influência, não de autoridade. O mediador são encarregados de acolher novos públicos, um animador do livro e da leitura. (RIDDER, 1999)

Referências ANDRADE & CORRÊA. Os critérios dos especialistas para os livros literários a serem lidos na escola. Disponível em: <32reuniao.anped.org.br/arquivos/trabalhos/GT10-5871--Int.pdf>‎ CASTRILLÓN, Silvia. O direito de ler e de escrever. São Paulo: Pulo do Gato, 2001. OLIVEIRA, Ieda de. O que é qualidade em literatura infantil e juvenil? Com a palavra, o educador. São Paulo: DCL, 2011.

RIDDER, Guido de. Médiateurs du livre: animateurs ou missionnaires RIDDER, Guido de. Médiateurs du livre: animateurs ou missionnaires? (traduzido por Verbena Maria Rocha Cordeiro) YUNES, Eliana. Políticas públicas de leitura: maneras de fazé-las. Disponível em <www.cerlalc.org/revista_noviembre/pdf/n_art01_p.pdf>