Rodrigo Vieira de Avila Seminário “O Panorama da Economia Brasileira” Brasília, 26 de março de 2014 PERSPECTIVAS ECONÔMICAS BRASILEIRAS.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Rodrigo Ávila UnB – 7 de fevereiro de 2013 Conjuntura Nacional.
Advertisements

43º Encontro Científico dos Estudantes de Medicina Belém, 22 de julho de 2013 Financiamento, precarização e transparência na educação.
X Congresso Ordinário do Sindicato dos Trabalhadores do poder Judiciário Federal no Estado de Minas Gerais – SITRAEMG 25 de abril de 2015 O Servidor Público.
Ajuste Fiscal e Dívida Pública
Crise dos Municípios Crise Desde a promulgação da Constituição Federal em 1988, quando os Municípios foram elevados a condição de entes federados autônomos.
A Corrupção e o Sistema da Dívida Pública
Aula Teórica nº 13 Bibliografia: Obrigatória: Amaral et al. (2007), cap. 4 Complementar: Frank e Bernanke (2003), cap. 29 (secção “Taxas de Câmbio”) Sumário:
Breve apresentação de dados macroeconômicos brasileiros Parte 1: PIB Ricardo Sabbadini – Doutorando IPE-USP Monitoria de Macroeconomia I - Graduação FEA-USP.
Os últimos resultados da economia e o conturbado cenário nacional Reunião CIC/FIEMG Econ. Ieda Vasconcelos Março/2016.
Aula Teórica nº 7 Sumário: 4. Consumo Privado, Poupança das Famílias e Investimento 4.1. Consumo privado, poupança das famílias e riqueza Bibliografia:
PIB e IDH Ao observar o planeta sob o ponto de vista das sociedades humanas, é possível perceber as diferenças e desigualdades exigentes entre os muitos.
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA Conjuntura Econômica Brasileira: Problemas e Perspectivas Fernando Ferrari.
CENÁRIO ECONÔMICO, ALOCAÇÃO DE ATIVOS E GESTÃO DE RISCOS Ricardo Weiss 25/09/2012.
1 26 de março de 2015 Senado Federal Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática- CCT Audiência Pública 28 de Abril 2015.
1 Banco Central do Brasil Transformações em Curso no Sistema Financeiro Março de 2002 Ilan Goldfajn.
A Adesão ao FMI e as “Décadas Perdidas”  Fernanda Pacheco de Souza  Greice Petri Machado.
Notas para subsidiar a discussão sobre o futuro dos orçamentos públicos no Brasil Cláudio Hamilton Matos dos Santos Diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas.
Globalização e Mercado Financeiro Global Prof. Glauco Carvalho.
Mansueto Almeida – 05 de maio de 2014 Brasília.. Estrutura da Apresentação Relembrando a Dinâmica do Gasto Público Federal no Brasil. Politicas sociais.
LEGISLAÇÃO E EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA. Modelo Orçamentário Modelo Orçamentário é o conjunto de procedimentos padronizados que devem ser seguidos pelos entes.
PROGRAMAÇÃO FISCAL E FINANCEIRA
Errando o Alvo Gastos Sociais no Brasil José Márcio Camargo Professor do Departamento de Economia – PUC/Rio.
BRASIL 1ºTrimestre NÃO SERÁ UM ANO FÁCIL... -1,18% Crescimento PIB 2015 (vs previsão de 2,8% em jan/14) FMI Projeção ,18% Crescimento.
1 Eduardo Loyo Junho de 2004 Perspectivas para a Economia Brasileira.
6 de Maio de 2013 Ciclo de Debates: “Energia e Desenvolvimento do Brasil” Senado Federal Brasília Mauricio T. Tolmasquim Presidente BALANÇO DE OFERTA E.
Audiência Pública Medida Provisória nº 663, de 2014 Mansueto Almeida – 15 de abril de 2015.
Sandro Leal Alves Brasília, 09.julho.2015 Sandro Leal Alves Brasília, 09.julho.2015 Senado Federal.
EDUCAÇÃO FISCAL O cidadão fazendo a diferença. ESCOPO  Programa de âmbito nacional;  Portaria MF/MEC Nº 413 /2002;  Secretarias Estaduais de Fazenda.
Caixa Econômica Federal Vice-Presidência de Fundos de Governo e Loterias – VIFUG Superintendência Nacional Fundo de Garantia – SUFUG FGTS Fundo de Garantia.
Gestão de Serviços Bancários. Sistema Financeiro Nacional ► Intermediador de Recursos no mercado ► Formado por um conjunto de instituições que existem.
1 O SPB Pós-implantação Luiz Fernando Figueiredo Seminário de Auditoria Interna e Compliance Nov
PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO FISCAL - PNEF EDUCAÇÃO FISCAL O cidadão fazendo a diferença
AGREGADOS MACROECONOMICOS
Política Monetária, Creditícia e Cambial e Impacto Fiscal de suas Operações Política Monetária, Creditícia e Cambial e Impacto Fiscal de suas Operações.
Veris Faculdade 1 Prof.Ronaldo Harada Folha de Pagamento 29/10/2010.
IBGE – Brasil 2010 Indicadores De Desenvolvimento Sustentável Dimensão Econômica.
Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança Sami Hassuani Presidente AUDIÊNCIA PÚBLICA CRE- Comissão de Relações Exteriores.
AUDIÊNCIA PÚBLICA: ALTERNATIVAS PARA O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA Junho de 2015.
Política Monetária, Creditícia e Cambial e Impacto Fiscal de suas Operações Política Monetária, Creditícia e Cambial e Impacto Fiscal de suas Operações.
A Rede de Proteção e Promoção Social Brasileira como Estratégia de Promoção do Desenvolvimento e de Enfrentamento da Crise Patrus Ananias de Sousa Ministro.
Prof. Marcelo Santana Silva Macroeconomia 1 Teoria e Política Macroeconômica Instrumentos de Política Macroeconômica Atuação do Governo Capacidade Produtiva.
O PROBLEMA DA ESCASSEZ Necessidades humanas X Recursos produtivos
Detalhamento da estrutura de um Plano de Negócios Parte 2
“FUNDEB: REFORMULAÇÕES NECESSÁRIAS, PERSPECTIVAS DE PRORROGAÇÃO E DESAFIOS A VENCER ” Raquel Teixeira.
Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro 1 O Crescimento da Participação do Setor Público na Atividade Econômica As Funções Econômicas do Setor Público.
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DEL REI AUDIÊNCIA PÚBLICA AVALIAÇÃO E CUMPRIMENTO DE METAS 1º QUADRIMESTRE 2013.
Aula 3 Kalecki Profa. Eliana Tadeu Terci. Kalecki Recebe influência de Marx e Keynes, preocupado em entender a dinâmica econômica: desemprego, distribuição.
Análise Econômica e Social do Brasil Prof. Jorge Luiz FACULDADES ANHANGUERA.
UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 1/22 Economia e Gestão do Setor Público Aula 5 Conceitos básicos relevantes: o caso do Brasil GIAMBIAGI, F. e ALÉM, A. Finanças.
Conquistas Recentes da Economia Brasileira Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Henrique Meirelles Dezembro de 2003.
CONSELHO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL YOSHIAKI NAKANO DIRETOR DA ESCOLA DE ECONOMIA DE SAO PAULO FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS.
O cenário macroeconômico brasileiro atual e suas perspectivas
Perspectivas de Negócios na América Latina Parte do Global Business Outlook Uma pesquisa realizada por meio da parceria entre Duke University, Fundação.
AUDIENCIA PÚBLICA (05 de novembro de 2013) “Mecanismos de Financiamento de Políticas de Universalização do Saneamento Básico no Brasil” Newton L. Azevedo.
Estrutura da População 2º EM – 2015 Jeferson. Composição por faixa etária da população brasileira % idosos 25,6% jovens 64,4% adultos.
O setor externo Aula 11.
O Plano Cruzado Amaury Gremaud Economia Brasileira Contemporânea
Mercado Financeiro e de Capitais Professor: Manoel Messias Santos de Oliveira Graduado em Economia - UEFS Especialista em Administração Pública - FUNDESP.
Infraestrutura e produtividade: um nova agenda para o Brasil na Comissão de Infraestrutura do Senado Federal 10jun13.
PIB. .. O PIB (Produto Interno Bruto) é uma das mais importantes estatísticas de um país, por destinar-se ao estudo dos valores agregados da produção,
UMA ABORDAGEM HISTÓRICA DA ECONOMIA BRASILEIRA O MILAGRE ECONÔMICO AULA 4 CURSO COMEX-UNIS Prof. Ms. Frade.
Desempenho da Indústria Catarinense. Produção Industrial Fonte: IBGE % Desempenho por UF - Jan-Ago 2009 / Jan-Ago 2008.
Estrutura Tributária 1.Princípio da Neutralidade: obtido quando não alteram os preços relativos, minimizando sua interferência nas decisões econômicas.
Economia 2009 Prof. Fabiana. Conceito Origem – grego. Economia, ciência social que estuda os processos de produção, distribuição, comercialização e consumo.
A crise fiscal e suas consequências Celso L. Martone Novembro de 2015.
Investimento – Modelo Acelerador Investimento mede a variação no estoque de capital ocorrida em determinado ponto do tempo. Def. A formação bruta de capital.
Pós-graduação em Políticas Públicas Introd. Pol. Macroeconômica Aula 4 O Balanço de Pagamentos Paulani & Braga (2000), cap. 5 Curado (2008), cap. 3.
29. SETEMBRO Paulo Rabello de Castro Thiago Biscuola.
Campanha Salarial : Índices inflacionários, reivindicações e perda salarial da categoria Campanha Salarial : Índices inflacionários, reivindicações e perda.
Congresso das Trabalhadoras e dos Trabalhadores da ECT
Transcrição da apresentação:

Rodrigo Vieira de Avila Seminário “O Panorama da Economia Brasileira” Brasília, 26 de março de 2014 PERSPECTIVAS ECONÔMICAS BRASILEIRAS

AVALIAÇÃO DA CONJUNTURA PELA POPULAÇÃO (Pesquisa CNI / Ibope – nov/2013) Apenas 24% aprovam a política de impostos Apenas 31% aprovam a política de combate à inflação Apenas 28% aprovam a política de juros Apenas 39% aprovam a política de Educação Apenas 27% aprovam a política de Segurança Apenas 26% aprovam a política de Saúde Apenas 53% aprovam a política de combate à fome e à pobreza Apenas 47% aprovam a política de combate ao desemprego

AspectoDados Distribuição de rendaDistribuição funcional da renda não se altera significativamente (ver gráfico da próxima página); O que é classe média? Salário MínimoAumento real de 4,3% ao ano no período jul/94 a abr/02, e de 5,0% a.a. no período de abr/02 a jan/14. Hoje, o salário mínimo é 4 vezes inferior ao salário mínimo estabelecido na Constituição (Fonte: DIEESE) Crescimento da rendaMédia anual da renda real dos trabalhadores do período é apenas 13% superior ao valor observado em 2002 (Fonte: PME / IBGE). DesempregoIBGE: 5,4% em 2013; DIEESE: 10,3% Dívida PúblicaMais de 40% dos recursos federais destinados ao pagamento da dívida pública. Artifícios contábeis: contabilização de juros como se fossem “rolagem”, “dívida líquida”, etc. INDICADORES DEPENDEM DA METODOLOGIA

A PARTICIPAÇÃO DO TRABALHO NO PIB NÃO SE ALTERA SIGNIFICATIVAMENTE Fonte: “Distribuição Funcional da Renda no Brasil: Estimativas Anuais e Contrução de Uma Série Trimestral - Estêvão Kopschitz Xavier Bastos / Brasília, jan/ Collor FHC Lula Itamar

Fonte: Senado Federal – Sistema SIGA BRASIL – Elaboração: Auditoria Cidadã da Dívida. Nota: Inclui o “refinanciamento” da dívida, pois o governo contabiliza neste item grande parte dos juros pagos. Não inclui os restos a pagar de 2013, pagos em Orçamento Geral da União (Executado em 2013) – Total = R$ 1,783 trilhão

ArgumentoContra-argumento As altas taxas de juros servem para controlar a inflação. Desde jul/94 a fev/2014, os preços administrados pelo próprio governo (combustíveis, energia elétrica, transporte público, plano de saúde, educação privada, telecomunicações) subiram 568%, enquanto o índice geral de inflação (IPCA) foi de 351%. Os preços administrados provocaram nada menos que 39% da inflação, mesmo respondendo por apenas 24% da cesta de consumo. Agora, surge a inflação de alimentos, que também não pode ser combatida por meio de altas de juros. Na realidade, altas taxas de juros aumentam os custos das empresas e inibem o investimento, reduzindo-se a oferta futura de produtos e serviços, gerando inflação. A dívida beneficia todo o povo brasileiro A recente CPI da dívida mostrou o contrário (ver gráfico da próxima página). O Tesouro Nacional não divulga quem são os detentores de títulos, sob alegação de “sigilo bancário”. Se há uma dívida, ela deve ser paga sem questionamento A recente CPI da Dívida mostrou diversos indícios de ilegalidades no endividamento desde os anos 70, tais como empréstimos sem contrato, aplicação de juros sobre juros, participação de rentistas em reuniões trimestrais do BC e na pesquisa FOCUS, para estimar variáveis que são utilizadas pelo COPOM na definição das taxas, etc. Criam-se expectativas inflacionárias que depois são incorporadas ao comportamento dos agentes econômicos, gerando-se inflação. Uma auditoria geraria uma crise econômica O Equador fez auditoria, anulou 70% de sua dívida com os bancos privados internacionais e não houve nenhuma crise DÍVIDA PÚBLICA: O QUE FAZER?

ALTERNATIVAS DE POLÍTICA ECONÔMICA Política atualAlternativa Superávit primárioAuditoria da Dívida Metas de inflação (juros altos) Redução dos preços administrados; Agricultura Familiar / Reforma Agrária; defesa da concorrência Câmbio flutuanteControle sobre o fluxo de capitais Injustiças TributáriasFim das isenções para o capital / rentistas / exportadores; reajuste da Tabela do IR, redução da tributação sobre o consumo / Imposto sobre Grandes Fortunas / revisão do ITR