Bullying se refere às agressões verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, exercidas por um ou mais indivíduos causando dor e angústia, para intimidar ou agredir outra pessoa que não pode se defender. Seu impacto pode causar danos emocionais, psicológicos, doenças e até à morte. Porém, se com as devidas informações for realizado um acompanhamento, o problema poderá ser reduzido ou até evitado. Então, faz- se necessário o levantamento de dados sobre Bullying, para que embasados nos resultados, sejam realizados projetos de ajuda aos alunos. Nessa pesquisa foram avaliados dados quantitativos e qualitativos sobre as características dos agressores e agredidos, as causas, formas e qual a predominância dos tipos de Bullying na cidade de Formiga, comparando os dados entre escolas públicas e privadas. Não haverá grandes diferenças nos resultados, quando comparados dados de escolas públicas e particulares. Será comprovado através da pesquisa, qual o tipo de Bullying e a instituição de ensino predominante (pública/particular), afim de propor com as autoridades estudantis responsáveis pelas classes estudadas, meios para se trabalhar no assunto. Bullying nas Escolas Públicas e Privadas: Avaliação de alunos do 9º ano do Ensino Fundamental em relação a sua experiência individual com o preconceito Autores: Lóren Pelosi Mendonça e Michelle Cristina Silva Instituição de Ensino: Colégio Santa Teresinha Praça José Barbosa Junior nº 196 Para a avaliação dos índices de Bullying na cidade de Formiga - MG, foi aplicado, um questionário com 13 perguntas, sendo elas de múltipla escolha e dissertativas, aos alunos do 9º ano do Colégio Santa Teresinha – Instituição privada e da Escola Rodolfo Almeida – Instituição pública, logo após a autorização dos pais dos alunos e diretoras das escolas. Após a análise de dados, foram elaborados gráficos com os achados referentes às causas de Bullying (raça, condição financeira, aparência física, origem familiar, desempenho escolar, renda familiar), comparando escolas públicas com particulares. Também foram analisados a frequencia e o tipo das agressões, o sexo dos agressores, e as emoções das vítimas de Bullying em relação à eles, este último, através de uma pergunta dissertativa simples. Bullying Racial Bullying por Aparência Bullying por Desempenho Escolar Tipos de Agressão Sexo dos Agressores Figura 1 – Bullying Racial na Escola Pública – Fonte das pesquisadoras Figura 2 – Bullying Racial na Escola Particular – Fonte das pesquisadoras Figura 5 - Bullying por Aparência Física na Escola Pública – Fonte das pesquisadoras Figura 6 - Bullying por Aparência Física na Escola Particular – Fonte das pesquisadoras Figura 11 – Bullying por Desempenho Escolar na Escola Pública – Fonte das pesquisadoras Figura 12 – Bullying por Desempenho Escolar na Escola Particular – Fonte das pesquisadoras Figura 14 – Sexo do agressor na Escola Pública Figura 15 – Sexo do agressor na Escola Particular Não sofrem Sofrem Não responderam Não sofrem Sofrem Não responderam Não sofrem Sofrem Não sofrem Sofrem Não sofrem Sofrem Não sofrem Sofrem Feminino Masculino Fem./Masc. Feminino Masculino Fem./Masc. Não responderam Introdução Desenvolvimento - Métodos Resultados Em relação a raça, poucos casos foram relatados em ambas as instituições. Para Lopes, a escola, integrante da sociedade que se sabe preconceituosa e discriminadora, mas que reconhece que é hora de mudar, precisa ser um espaço onde as transformações devem começar a ocorrer por todos os envolvidos, de modo consciente (2001 apud MUNANGA, 2005, p. 189). Analisando condição financeira, pôde-se perceber que este preconceito foi o menos comum entre os estudantes entrevistados, talvez devido à semelhança financeira entre os alunos, ao contrário do quesito aparências físicas, que se sobressaiu nas particulares com diferença mínima, sendo o tipo de maior predominância em relação aos outros. Talvez, pelo fato de o Estado fornecer uma dieta balanceada à escola pública, na categoria peso, a escola particular tenha se sobressaido com 6,7% de diferença. Também houve destaque da instituição no desempenho escolar, pela diferença de 12% apresentada nos resultados. Há maior exigência dos pais e da própria escola nas particulares, pelo investimento. Já a origem familiar, sobressaiu-se na pública, com diferença de 8% aproximadamente, em relação ao sexo dos agressores, o masculino se destacou em ambas. Os alunos das duas instituições revelaram que o preconceito teria se originado de brincadeiras que perderam os limites, o tipo mais comum de agressão na particular foi o verbal e na pública a opção "nenhum", com diferença mínima em relação ao verbal. Conclui-se que a escola particular tenha se sobressaído em relação às respostas agressivas, porque nas escolas públicas os alunos consideram as ofensas como "brincadeiras", muitas vezes até pela falta de conhecimento sobre o assunto. Em relação exigência de respeito, ambos os alunos relataram que por mais que sejam brincadeiras, merecem limites. Conclusão Através dos dados, concluímos que não houve grandes diferenças nos resultados, quando comparados dados de escolas públicas e particulares; se sobressaindo nas particulares a condição financeira e nas públicas a origem familiar, comprovando assim, nossa hipótese. Aluno independentemente da instituição de ensino, apresenta problemas e preconceitos semelhantes,o que os diferencia é o modo como o problema é encarado, já que estão em lugares com diferenças de tolerância e nível de instrução Referências LOPES, Vera Neusa. Racismo, Preconceito e Discriminação. In: MUNANGA, Kabengele (org.). Superando o racismo na escola. 2. Ed. Brasília – DF. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, Fonte: Fonte: bullying/ Fonte: AO+DE+EDUCACAO+DEBATE+BULLYING