CÂNCER DE TIREÓIDE ETIOPATOGENIA E CLASSIFICAÇÃO

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Transcrição da apresentação:

CÂNCER DE TIREÓIDE ETIOPATOGENIA E CLASSIFICAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO PATOLOGIA MÉDICO-CIRÚRGICA DA CABEÇA E PESCOÇO PROF: LUIZ VASCONCELOS CÂNCER DE TIREÓIDE ETIOPATOGENIA E CLASSIFICAÇÃO

EQUIPE CÁSSIA CAMPOS GABRIELA HABIB HANDRA GRANGEIRO JOYCE MENDES LÍGIA CUNHA LINDALVA LIMA LARA SAMPAIO MAYSA LOPES PATRÍCIA BARBOSA SILVIO ROMERO

A TIREÓIDE Maior glândula do corpo; Pesa 20g; Formada por 2 lobos laterais ligadas por um istmo; Os lobos são formados por folículos; Folículos: camada única de células epiteliais formando uma luz preenchida por material colóide (75% tireoglobulina sintetizada pelas mesmas); Secreção hormonal: regulada por alça de retroalimentação.

ANATOMIA

INTRODUÇÃO Tumores raros – cerca de 1% de todos os cânceres Apresenta-se geralmente como nódulos; Mais freqüente em mulheres; Homens(maior malignização); Comportamento químico extremamente variável; Incidência aumentou 10% na última década; Mortalidade diminuiu; Bem diferenciados: bom prognóstico; Indiferenciados: péssimo prognóstico; Diferenciados derivados das células foliculares – papilíferos e foliculares.

CLASSIFICAÇÃO DOS TUMORES DA TIREÓIDE MALIGNOS Carcinoma Folicular Carcinoma papilífero Carcinoma medular Carcinoma indiferenciado Outros BENIGNOS Bócios endêmico Bócio esporádico Adenoma folicular Outros Células foliculares Células parafoliculares Os tumores da tireóide são classificados, de acordo com os critérios da OMS, em benignos ou malignos Entre os benignos os mais comuns são o bócio endêmico e o esporádico, lesões consideradas pseudotumorais. Os adenomas são raros, de origem epitelial, bem-capsulados, não invadem os tecidos visinhos e não produzem metástases. Os tumores malignos da tireóide são raros e apresentam QC extremamente variável, desde aqueles com crescimento muito lento e compatível com expectativa de vida normal, até aqueles com péssima evolução e que causam óbito em semanas ou meses. Têm como origem três principais grupos de células: as foliculares, as parafoliculares e as de origem não-tireoidina. As foliculares, que constituem quase totalidade dos elementos celulares da tireóide, são responsáveis por cerca de 90% ou mais dos carcinomas tireoidianos. A maioria absoluta destes são diferenciados, divididos em 2 grupos, os PAPILÍFEROS e os FOLICULARES. Os indiferenciados constituem apenas 5% dos carcinomas tireoidianos. Os carcinomas medulares são derivados das células parafoliculares, produtoras de calcitonina, representam cerca de 5% dos carcinomas tireoidianos e podem ser esporádicos ou associados à neoplasia endócrina múltipla tipo 2ª e tipo 2B. As células de origem não-tireoidiana causam diversos tumores malignos, que não ultrapassam 5% do total. Entre eles destacam-se: linfomas da tireóide, Carcinossarcomas, Lesões metastáticas, Teratomas e Hemangiomas. (Bibliografia: Endocrinologia clínica – Vilar) Anaplásico

CARCINOMA PAPILÍFERO 40% a 70 % dos carcinomas de tireóide Pico de incidência: 3ª. e 4ª. Décadas Mais freqüente em mulheres 2:1 a 3:1 Crescimento Lento Baixo grau de malignidade Bom prognóstico Tb incide em jovens,inclusive crianças. Seu crescimento é lento, por isso são necessários períodos longos de doença para o aparecimento dos seus sintomas. 80% dos pacientes estão vivos cerca de 10 anos após o diagnóstico.

CARCINOMA PAPILÍFERO Disseminação através de linfáticos intraglandulares – lesões multicêntricas Produzem hormônios tireóideos, levando à tireotoxicose Macroscopia: lesões sólidas com limites imprecisos até lesões quase completamente císticas bem circunscritas. Ocorre áreas de fibrose e calcificação Sua disseminação de dá através dos linfonodos intraglandulares, evoluindo do foco inicial para os linfonodos pericapsulares e cervicais; assim as lesões multicêntricas na tireóide são comuns. 25% dos pcts têm metástase cervicais, 20% têm invasão extratireóidea e 5 % têm metástase à distância, principalmente para o pulmão. A invasão venosa é rara.

MICROCARCINOMA PAPILÍFERO TIREÓIDEO Lesões com menos de 1cm Avanço dos métodos diagnósticos Achados de cirurgias de doenças tireoidianas Características clássicas de CA papilífero ou nódulos não-encapsulados Excelente prognóstico Antes da ultrassonografia de tireóide eram detectados raramente,porém são lesões mto comuns (5 a 36% dos adultos submetidos à autopsia). Apresentam-se,geralmete,como achados durante cirurgias realizadas para outras doenças tireóideas; podem exibir características clássicas de carcinoma papilífero ou apresentar-se como nódulos não-encapsulados com poucos milímetros de tamanho,infiltrando o tecido tireóideo adjacente. Apresentam excelente prognóstico, tanto em termos de sobrevida, como em tempo livre de doença.

CARCINOMA FOLICULAR 15 a 40% dos carcinomas diferenciado de tireóide; Grupo etário mais avançado(5ª década de vida); Histologicamente observa-se folículos; O quadro típico é de nódulo único palpável, parcialmente encapsulado e de aparência sólida e carnosa. Às vezes com fibrose secundária e formação de cistos; Invadem veias – metástase à distância (ossos e pulmão); Comportamento mais agressivo.

CARCINOMA FOLICULAR Duas categorias: Minimamente invasivo (encapsulado) Largamente invasivo Fatores: TSH, deficiência de iodo e radiação têm sido implicado na patogênese; Mutações de ponto do proto-oncogene RAS (freqüente)

CARCINOMA ANAPLÁSICO 5 a 15% dos carcinomas de tireóide; Sinônimos: Carcinoma Indiferenciado; Neoplasia rara Grupos etários +avançados (65 anos) Mulheres Patologias prévias da tireóide e exposição a radiação Crescimento rápido e altamente fatal Metástases a distância

CARCINOMA ANAPLÁSICO Macroscocopia: massas grandes e irregulares que invadem tecidos extratireoidianos (traquéia e tecido muscular) Microscopia: células com pleomorfismo extremo, inúmeras mitoses Padrões histológicos: escamóide, sarcoma-like, células gigantes

CARCINOMA MEDULAR Sinônimos: tumor sólido amilóide ou carcinoma de céls. C; Derivados das céls C ou parafoliculares; Velocidade de crescimento muito variável; Anátomo-patológico: nódulo não-encapsulado firme c/massa de céls. de diferentes formas (redondas, poliédricas e espinhosas sem formar folículos ou papilas); Pode ser indiferenciado, mas sem áreas de necrose (diferente do anaplásico); Grau de malignidade intermediária.

CARCINOMA MEDULAR ETIOLOGIA: Mutações germinativas do proto-oncogene RET do cromossomo 10q11.2. ---- forma familiar; EPIDEMIOLOGIA: 3 a 11% dos ca de tireóide; Forma esporádica (80%) ---- forma familiar (20%); Hipercalcemia crônica pode prevalência; Forma familiar pode ser isolada ou associada com alterações endócrinas (NEM 2A e NEM2B); Tamanho e extensão do câncer – relacionam-se com o prognóstico.

OBRIGADO