Componentes da cadeia de valor proposta por Michael Porter

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Transcrição da apresentação:

Componentes da cadeia de valor proposta por Michael Porter

Quem é Michael Porter? Michael Eugene Porter (Ann Arbor, Michigan, 1947) é um professor da Harvard Business School, com interesse nas áreas de Administração e Economia. É autor de diversos livros sobre estratégias de competitividade. Estudou na Universidade de Princeton, onde se licenciou em Engenharia Mecânica e Aeroespacial. Obteve um MBA e um doutorado em Economia empresarial, ambos em Harvard, onde se tornou professor, com apenas 26 anos. Foi consultor de estratégia de muitas empresas norte-americanas e internacionais e tem um papel ativo na política econômica. Do seu trabalho resultaram conceitos como a análise de indústrias em torno de cinco forças competitivas, e das três fontes genéricas de vantagem competitiva: diferenciação, baixo custo e focalização em mercado específico. Em The Competitive Advantage of Nations (As vantagens competitivas das nações), título obviamente alusivo ao conceito clássico de vantagens comparativas, de David Ricardo, Porter amplia sua análise, aplicando a mesma lógica das corporações às nações, lançando o célebre modelo do diamante.

Cinco forças competitivas de Porter

Fontes genéricas de vantagem competitiva Cost Focus Differentiation

Modelo do Diamante

O que é uma cadeia de valor? Uma cadeia de valor representa o conjunto de atividades desempenhadas por uma organização desde as relações com os fornecedores e ciclos de produção e de venda até à fase da distribuição final. O conceito foi introduzido por Michael Porter em 1985.

E a cadeia de valor de Porter? A cadeia generalista de Porter é composta pelos conjuntos de atividades primárias e de atividades de apoio desempenhadas por uma organização, pela margem de valor acrescentado em cada uma das atividades e pelas relações estabelecidas entre si.

Atividades primárias As atividades primárias são as relacionadas com a criação ou transformação dos produtos e serviços. Logística interna ou de entrada: Atividades relacionadas com recepção, armazenamento e distribuição dos inputs aos produtos. Operações: Atividades relacionadas com a transformação das matérias-primas em componentes ou produtos finais; Logística Externa ou de saída: Atividades relacionadas com o recolhimento, armazenamento e distribuição física do produto aos compradores; Marketing e Vendas: Atividades relacionadas com a comercialização e a promoção do produto; Serviço: Atividades relacionadas com o serviço pós-venda que acrescentam valor ao produto oferecido.

Atividades de apoio ou de suporte As atividades de suporte, como o próprio nome indica, são as que apoiam, direta ou indiretamente, a execução das atividades primárias. Infra-estrutura da empresa: Atividades relacionadas com a gestão global e a gestão da rede de relacionamentos da organização (planejamento, gestão da qualidade, administração, contabilidade, finanças); Gestão de Recursos Humanos: Atividades relacionadas com a gestão de recursos humanos (contratação, formação, remuneração, determinação das qualificações e da motivação do pessoal); Desenvolvimento Tecnológico: Investimento aplicado em tecnologia que contribui para a melhoria dos produtos ou processos; Aquisição: Atividades relacionadas com a compra de matérias-primas e outros inputs.

No que consiste a Margem? O valor consiste no montante que os compradores estão dispostos a pagar pelo produto que uma organização oferece. Uma organização é rentável se o valor que o produto representa para o comprador é superior ao valor envolvido na sua criação. A margem é a diferença entre o valor total e o custo coletivo da execução das atividades da cadeia de valor.

Atividades da cadeia de valor De acordo com a estratégia adotada, as atividades da cadeia de valor de uma empresa podem ser caracterizadas como: Atividades estratégicas: são imprescindíveis à implementação da estratégia, uma vez que afetam diretamente o desempenho da empresa nos fatores críticos de sucesso do negócio. Por isso, devem poder usufruir de todos os recursos requeridos, tanto em quantidade, como em qualidade. Atividades táticas: são necessárias mas não suficientes para a implementação da estratégia, na medida em que complementam ou suportam a ação das atividades estratégicas. Por isso, devem ser asseguradas numa perspectiva de otimização da relação custo/benefício. Atividades de base: são necessárias ao funcionamento da empresa, qualquer que seja a sua estratégia, mas têm um impacto muito reduzido no seu desempenho competitivo. Por isso, devem ser asseguradas com um mínimo de custos para o nível de qualidade desejado.

Relações ou elos da cadeia de valor Existem diversos tipos de elos ou relações, os mais óbvios são aqueles entre as atividades de apoio e as atividades primárias. Segundo Porter, é possível verificar, através das relações existentes numa cadeia de valor, que a mesma função pode ser desempenhada de formas diferentes; o custo ou o desempenho de atividades diretas pode ser optimizado através da melhoria do desempenho em atividades indiretas; atividades executadas no seio de uma organização reduzem a necessidade de demonstrar, explicar ou prestar assistência técnica a um produto no campo; funções de garantia de qualidade podem ser desempenhadas de forma diferente.

Objetivos da análise da cadeia de valor Compreender as fontes de vantagem competitiva da organização; Rever as práticas de negócio de forma a antecipar as tendências de mercado; Divulgar as regras de negócio da organização; Disponibilizar uma visão completa(fluxo de informação) na organização e de todas as relações entre os processos; Avaliar a rentabilidade das operações e o posicionamento de produtos e serviços no mercado; Promover a evolução do desempenho dos processos na organização.

Importante Independente do modelo organizacional adotado, construir e usar uma cadeia de valor implica uma metodologia comum: Análise da cadeia de valor interna (identificar que custos, receitas e ativos estão relacionados com cada atividade); Análise da cadeia dos cost drivers ou determinantes de custo que regulam cada atividade; Controle dos cost drivers ou determinantes de custo como meio de vantagem sobre as organizações concorrentes. Escopo do Segmento: refere-se à variedade de produtos produzidos e de compradores atendidos; Escopo Vertical: refere-se à execução das atividades (internamente ou em regime de outsourcing); Escopo Geográfico: refere-se à variedade de indústrias afins em que a empresa compete com uma estratégia coordenada.