Benedito Rodrigues dos Santos 26/05/2010Benedito Rodrigues dos Santos1
Cada tipo de fenômeno ou problema demanda um conjunto de estratégias de intervenção distintas para as quais se requer metodologias de monitoramento e avaliação distintas. 26/05/2010Benedito Rodrigues dos Santos2
O termo violência sexual abriga vários fenomenos ou problemas específicos os quais necessitam ser melhor descritos para facilitar a definição das estratégias de intervenção. O abuso sexual. A exploração sexual comercial. A pornografia e pedofilia na internet. O turismo sexual ou exploração sexual no turismo. O tráfico para fins de exploração sexual. 26/05/2010Benedito Rodrigues dos Santos3
Abuso sexual intrafamiliar (cometido por pais, parentes ou responsáveis legais). Abuso sexual intrarrede social (cometido por pessoas da rede de sociabilidade da família). Abuso sexual extrafamiliar (cometido por agentes cuidadores e socializadores de crianças e adolescentes). Abuso sexual extrafamiliar (cometido por desconhecidos). Abuso sexual institucional (cometido por detentores de custódia legal em instituições de cuidados substitutivos da família). 26/05/2010Benedito Rodrigues dos Santos4
Abuso sexual sem contato físico ◦ O assédio sexual ◦ O abuso sexual verbal ◦ O telefonema obsceno ◦ O ato exibicionista ◦ O voyeurismo ◦ A pornografia 26/05/2010Benedito Rodrigues dos Santos5
Abuso sexual com contato físico ◦ Abuso sexual sem conjunção carnal ◦ O abuso sexual com conjunção carnal 26/05/2010Benedito Rodrigues dos Santos6
Prostituição como uma forma de trabalho. Trabalho sexual agenciado e não-agenciado. Exploração sexual no sentido amplo = todas as formas trabalho sexual, agenciadas ou não. Exploração sexual comercial – trabalho sexual agenciado com mediação de terceiros que lucram com o trabalho sexual de crianças e adolescentes. 26/05/2010Benedito Rodrigues dos Santos7
As causas do abuso sexual são distintas daquelas da exploração sexual comercial. No caso da prostituição e a exploração sexual comercial: Os problemas de focar a discussão das causas nas razões pelas quais os/as adolescentes são envolvidos(as) no trabalho sexual: ignorar as causas da existência do mercado do sexo e atribuir aos adolescente de interromper o ciclo de exploração sexual comercial. 26/05/2010Benedito Rodrigues dos Santos8
No caso da prostituição ou da exploração sexual comercial. ◦ Abolição (eliminação, ou erradicação) ◦ Descriminalização (retirar os impedimentos legais) ◦ Emancipação (prostituição como uma categoria de trabalho legalizada) ◦ Redução de danos (DSTs, violência e tráfico) 26/05/2010Benedito Rodrigues dos Santos9
Oprocesso de enfrentamento da violência sexual ensina que: ◦ Os planos devem ser articulados à políticas mais amplas de promoção, proteção e defesa dos direitos da criança e do adolescente. ◦ Os planos devem ter ações, atividades e metas exequiveis e mensuráveis. ◦ A construção de indicadores devem ser concomitante à elaboração dos planos e não um momento posterior. ◦ O mesmo deve ocorrer com a orçamentação. ◦ O estabelecimento de de metodologias e condições objetivas para o monitoramento e avaliação deve ser parte incontinente da ação de elaboração do plano. 26/05/2010Benedito Rodrigues dos Santos10
As dificulades de Monitoramento e avaliação do Plano Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual 26/05/2010Benedito Rodrigues dos Santos11
Se na violência em geral ou na violência sexual? No caso de ser somente na violëncia sexual: se em todas modalidades ou somente em uma ou mais modalidades (ex. abuso sexual ou somente exploração sexual, etc.) 26/05/2010Benedito Rodrigues dos Santos12
O conceito ou conceitos de violência sexual, no caso do foco concentrar-se da nesta temática: distinção entre abuso e exploração sexual entre trabalho sexual. e exploração sexual comercial. As especificidades da pedofilia e pornografia na internet. 26/05/2010Benedito Rodrigues dos Santos13
Os objetivos e finalidades: se eliminar ou reduzir o trabalho sexual de crianças e adolescentes; se eliminar ou reduzir a exploração sexual comercial; Se somente realizar políticas de redução de danos (DSTs, violência e tráfico); Se uma combinação das anteriormente listadas. 26/05/2010Benedito Rodrigues dos Santos14
O status do Plano de Enfrentamento da Violência em relação ao Plano Decenal da Política de Promoção, Proteção e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente: se um sub-Plano, um Plano Específico, ou Plano Temático. 26/05/2010Benedito Rodrigues dos Santos15
O ator planejante ou atores planejantes, no caso do Plano Nacional: Se o estado brasileiro nas três esferas de poder? Se o executivo federal (com recomendações o legislativo e judiciario) ? Se as organizações da sociedade civil? 26/05/2010Benedito Rodrigues dos Santos16
Um plano bi-anual ? Quadrienal ? Decenal ? 26/05/2010Benedito Rodrigues dos Santos17
A estrutura do Plano: se manutenção dos mesmos eixos ou alteração ? Existe questionamento por exemplo se o protagonismo juvenil deveria ser considerado um eixo ou uma ação estruturante transversal. E também se o monitoramento e a avaliação não deveria se constituir em um eixo específico. 26/05/2010Benedito Rodrigues dos Santos18
Debate sobre se existe uma modalidade específica de pesquisa avaliativa ou pesquisa científica. A conclusão que se chega uma pesquisa científica com seleção de metodos e técnicas mais apropriada para avaliação. 26/05/2010Benedito Rodrigues dos Santos19
Avaliação de processo. Avaliação de produto. Avaliação de impacto. 26/05/2010Benedito Rodrigues dos Santos20
Avalição de eficiência e eficácia. Avaliação de percepção. Avaliação do grau de satisfação. 26/05/2010Benedito Rodrigues dos Santos21
(a) Quanto à construção de indicadores. Na discussão conceitual ou concepcional de indicadores, sabe-se que sua construção não é neutra, deve se dar de modo (i) transdisciplinar, de acordo uma (ii) concepção teórica de explicação do fenômeno, (iii) com o desenho macro-estratégico da intervenção, e (iv) os objetivos e atividades desenvolvidas. 26/05/2010Benedito Rodrigues dos Santos22
Um ligeiro olhar sobre a natureza dos indicadores então criados conclui-se que: (i) são praticamente inexistentes os indicadores para avaliar a mobilização em si mesma; 26/05/2010Benedito Rodrigues dos Santos23
(iii) embora o atendimento/serviços das vítimas vem crescendo nos últimos anos, pouco se produziu ou publicou sobre estes indicadores; 26/05/2010Benedito Rodrigues dos Santos24
(iv) embora se reconhece a importância das informações subjetivas, o processo de construção de indicadores ainda não atingiu este estágio. 26/05/2010Benedito Rodrigues dos Santos25
Projeto Invertendo a Rota: Ações de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes. ◦ Financiamento da Petrobrás e do Governo Federal ◦ Intervenção articulado entre sociedade-civil (movimentos), universidade e governo municipal. ◦ Equipe de intervenção trabalhando em conjunto com equipe de pesquisa. 26/05/2010Benedito Rodrigues dos Santos26
Equipe técnica própria. Contratação de serviços de uma universidade. Contratação de empresa Contratação de ONG. 26/05/2010Benedito Rodrigues dos Santos27
Muito obrigado! 26/05/2010Benedito Rodrigues dos Santos28