TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO: DE UMA PRÁXIS DISCIPLINAR PARA UMA APROPRIAÇÃO CULTURAL
Breve retrospectiva sobre o uso de computadores em espaços de educação formal e não formal: - Centrado numa práxis disciplinar - Forte presença de “softwares educacionais” com conteúdos específicos - Crise no ensino público
- Surgimento de espaços como: casas de jogos, telecentros, etc - Iniciativas e/ou políticas de governo: pontos de cultura; telecentros temáticos, etc.; - Em sua maioria obedecem uma lógica de formação instrumentalista e subordinada ao que chamam de “exigências do mercado de trabalho”
A tendência displinarizante em espaços de educação formal - Diretrizes definidas pelas políticas e ações do MEC earias Estaduais e municipais de Educação; - Dificuldades para uma práxis/uso mais flexível que possam contribuir para um maior espraiamento espacial e curricular*; - Ausência de formação adequada para professores; - Ceticismo dos professores
- Formação básica para alunos e comunidade Mesmo assim... percebemos a escola como principal precursora das ações de inclusão sóciodigital, materializadas em: - Salas de informática - conectividade - Formação básica para alunos e comunidade
Em rápidas palavras, esse é o cenário onde surgem as ações e/ou políticas governamentais para:
INCLUSÃO SÓCIODIGITAL E INSERÇÃO DE TIC EM ESPAÇOS DE EDUCAÇÃO ESCOLAR E NÃO ESCOLAR http://www.telecentros.sp.gov.br/ http://www.idbrasil.gov.br/ http://www.sampa.org http://www.tabuleiro.faced.ufba.br http://www.lidec.futuro.usp.br/index.php http://www.identidadedigital.ba.gov.br/
E... para refletirmos sobre possíveis convergências sócio-educacionais ...
Nos reportaremos aos trabalhos de alguns grupos de pesquisa que se articulam em torno do tema: GEC-UFBA USP UNIFESP UFRGS UFES UNICAMP UFRJ
Vejamos algumas reflexões acadêmicas sobre o tema ''exclusão'':
Mônica Peregrino (UFRJ/2005) no texto “As armadilhas da exclusão: um desafio para a análise“ : ...É nesses tempos que vemos repetir-se de forma reiterada o termo “exclusão”. Nas mais diversas situações a expressão aparece em alguns momentos descrevendo processo de degradação: de relações sociais de maneira ampla, de relações referentes ao mundo do trabalho, dos direitos sociais (muito poucas vezes, é verdade, em relação a perda ou refluxo de direitos políticos)...
ainda: ...É importante aqui ressaltar que a necessidade de questionarmos a exclusão como categoria analítica, não significa de forma alguma, negarmos a existência de múltiplos processos de eliminação, degradação e de marginalização, ou das múltiplas formas de inclusão subordinada e precária que emergem dos novos modelos de acumulação inaugurados pelo capital na década de 80...
E, Bonilla (2005) Emergem movimentos abertos à criatividade e à ação do homem, de forma que a partir deles constituem-se espaços sociais onde afloram singularidades, cruzam-se caminhos, organizam-se comunidades em torno de interesses comuns, desenvolvem-se projetos e ações de resistência ao instituído
Inclusão sóciodigital enquanto categoria de análise Quais são os atores? Como podem/poderão interagir? Onde é possível inovar/avançar?
Nesse contexto, e, posto que a eficácia dessa “inclusão” vem sendo colocada em questão pela banalização de seu uso.... 1) Faz-se necessário produzir formulações teóricas sobre o tema de uma forma não reducionista 2) E que os gestores de políticas para inclusão social/digital permitam-se uma constante ousadia e maior criticidade na aplicação de recursos
Enquanto política pública... o que já existe: Iniciativas do Governo Federal a partir do Socinfo/Livro Verde Proinfo, GESAC, Pontos de Cultura, Instalação de Telecentros, Casa Brasil. Iniciativas de Governos municipais e estaduais: Grande maioria concentrada na instalação de telecentros com políticas de conexão e oferta de cursos básicos
Discursos e práticas: O que é dito e o que é feito Apego aos modelos neoliberais e ao discurso da empregabilidade Falta de qualidade na aplicação dos recursos públicos Descontinuidade
?????? PODEMOS CONSTRUIR ESPAÇOS E/OU MODELOS DE INTERVENÇÃO QUE FAVOREÇAM CONVERGÊNCIAS SÓCIO-EDUCACIONAIS E CONTRIBUAM PARA UMA APROPRIAÇÃO CULTURAL ????
Alguns desafios: Superar as armadilhas dicotômicas do termo/conceito “inclusão” Garantir perenidade para as políticas públicas... Desmistificar/desconstruir algumas falas, conceitos e práticas...
Formular e implementar políticas que permitam uso autônomo e apropriação cidadã das TIC; Preocupar-se em permitir outras ''inclusões'' por meio do uso das TIC
ALGUMAS POSSIBILIDADES... Buscar um uso autônomo e uma apropriação cidadã das TIC Promover a integração entre escola e seu entorno, a partir da relação com as TIC Construir conceitos
Buscar um salto qualitativo para políticas de inclusão sóciodigital Construir Modelos de Gestão capazes de implantar, gerir e perenizar telecentros que sejam efetivamento equipamentos públicos da e para a comunidade
Doriedson Alves de Almeida dori@ufba.br III Semanda de Software Livre Doriedson Alves de Almeida dori@ufba.br