Claudia C. Carvalho de Miranda – Sonia Regina da Silva Rodrigues

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Transcrição da apresentação:

O linho e a linha no tecido de uma colcha de retalhos – Identidades docentes em composição Claudia C. Carvalho de Miranda – Sonia Regina da Silva Rodrigues Polo da Cidade do Rio de Janeiro – Turma Mário Quintana

Ligar os pontos, unir as linhas, enredar a teia, construir novas alternativas... tecer e refletir... assim é a construção da identidade docente.

A formação inicial do professor precisa ser complementada com a formação continuada devido às constantes mudanças (sociais, econômicas, políticas, culturais) que interferem na atuação profissional. Entendemos por formação continuada, aquelas que se constituem desde as praticadas em espaços formais (cursos de curta ou longa duração) até as das trocas de experiências com os pares, passando pelos diálogos informais nos diversos contextos sociais.

Enquanto Orientadores de Estudos, somos tecedores de ideias Enquanto Orientadores de Estudos, somos tecedores de ideias. Nosso olhar para a formação continuada dos Professores Alfabetizadores, deve partir da conscientização de que somos elementos mediadores e que possibilitaremos a constituição de saberes.

Nossa experiência de Orientadores de Estudos, de sermos também formados para formar, passa pelo exercício de transitarmos nos caminhos da diversidade. Todo docente é uno e diverso dentro do coletivo.

Descobrimo-nos no lugar comum de artífices do cotidiano escolar Descobrimo-nos no lugar comum de artífices do cotidiano escolar. Entretecendo textos, entrelaçando vidas, deixando gravados no bordado da vida-sala-de-aula nosso melhor discurso, numa composição de enredos costurados pela linha da experiência. O resultado é uma teia, ou melhor, uma colcha que cumpre seu propósito de aquecer e proteger.

Costurar é uma habilidade para poucos Costurar é uma habilidade para poucos. Demanda conhecimento e domínio de uma técnica, de um escopo teórico, aqui materializado nas bases conceituais do sistema de representação da língua, em toda sua complexidade.

Em meio à trama desenhada pelos pares, enredar ideias e linguagens para compor o desenho no linho, faz de quem “borda” (neste caso nossos Formadores) um tecelão de conceitos e utopias. A arte de formar é como a arte de urdir os fios, cerzir as fendas, enviesar a linguagem, enovelar.

Identidade docente é trama. Tem textura, tessitura, contextura Identidade docente é trama. Tem textura, tessitura, contextura. A formação se tece com fios das palavras ditas e não ditas. o seu tecido se pinta de tintas diversas, de dimensões. Os vieses são vários e o arremate, provisório.

Como dizia o poeta, “um galo sozinho não tece uma manhã, precisa sempre de outros galos que apanhe esse grito e o lance a outros”... Que o lugar da formação continuada do PNAIC seja visto como uma etapa procedimental e atitudinal de práticas docentes revolucionárias em alfabetização.

Somos a aranha tecendo a sua teia, o tecelão trançando os fios no tear, a costureira na feitura do crochê, do tricô, do bordado. Todas essas práticas nos remetem à delicadeza, paciência, dedicação na realização de uma tarefa que, ao final, culmina com a admiração, a sensação de dever cumprido e, em muitos casos, com o encher das vistas e do coração. Por fim, a alegria de saber que contribuímos para que a beleza ou algo útil fosse criado. Assim somos nós, formadores e formandos, quando terminamos nossa tarefa: admiramos o resultado da formação como um filho, uma obra de arte.

“Texturas para sentir com as mãos, o corpo, para vislumbrar com os olhos, para ouvir e ler com os sentidos todos. Costura de artes. Artes da palavra, artes da visualidade. Artes da aprendizagem”.