MONITORIZAR A TESTOSTERONA NO CARCINOMA DA PRÓSTATA, É IMPORTANTE? XIV Workshop de Urologia Oncológica MONITORIZAR A TESTOSTERONA NO CARCINOMA DA PRÓSTATA, É IMPORTANTE? Miguel Silva Ramos, Serviço de Urologia, Centro Hospitalar do Porto
Testosterona e carcinoma da próstata Factor de prognóstico Monitorização terapêutica
Testosterona baixa indicia pior prognóstico ? Doentes com Scores de Gleason ≥ 8 têm testosterona baixa Testosterona baixa na altura do diagnóstico indicia maior probabilidade de doença extraprostatica no tumor localizado e menor sobrevida no tumor metatstizado Hoffman et al. J Urol 2000;163:824 ; Ribeiro et al. Am J Clin Oncol 1997;20:605; Massengilll et al. J Urol 2003;169:1670
Score de Gleason e testosterona sérica * P < 0.01 430 410 370 280* Serum T (ng/dL) 5 6 7 8 Score de Gleason Schatzl G et al. Prostate 2001;47:52-8 4
Testosterona e estadio patológico Takashi Imamoto et al. Eur Urol 2004;3:308-312
Testosterona sérica e sobrevida pós prostatectomia radical Shinya Yamamoto et al. Eur Urol 2007;3:696-701
Testosterona na monitorizção terapêutica do CaP Terapêutica de supressão androgénica Análogos LHRH Antagonistas LHRH Objectivo principal: baixar a testosterona ( não só o PSA)
Monitorização da testosterona Zlotta A et al. Eur Urol Suppl 2005;4:37
Monitorização da testosterona: Negligenciada na prática clínica? Presunção que os agonistas LHRH causam níveis de castração semelhantes aos da orquidectomia Limitações no doseamento laboratorial da testosterona Confusão na definição de qual o nível de castração apropriado
Median testosterone level (ng/dL) Qual o nível de castração apropriado? 10 20 30 40 50 Oefelein 2000 Rohl 1992 Kaisary 1991 Lin 1994 Vogelzang 1995 Median testosterone level (ng/dL) Historical castration level Castration level assessed with new techniques Tombal B, et al. Eur Urol Suppl 2005;4:30-6
Níveis de castração com agonistas LHRH 2 a 12,5% dos doentes não atingem níveis de castração Inferiores a 50 ng/dL Tombal B, et al. Eur Urol Suppl 2008; 7:15
Níveis de castração com agonistas LHRH 13 a 40% dos doentes não atingem níveis de castração Inferiores a 20 ng/dL Tombal B, et al. Eur Urol Suppl 2008; 7:15
Escapes da testosterona Relacionados com a injecção 9 a 10 % dos pacientes Tombal B et al. Eur Urol Suppl 2008; 7:15-21
Escapes da testosterona Escapes tardios 4 a 13 % dos pacientes Tombal B et al. Eur Urol Suppl 2008; 7:15-21; Gomella LG. Rev Urol 2009; 11(2): 52–60
Livre de recidiva bioquímica (meses) Impacto na sobrevida? Testosterona Livre de recidiva bioquímica (meses) > 32 ng/dL 88 (55 a 121) < 32 ng/dL 137 (104 a 170) Morote J et al., J Urol 2007; 178: 1290
Impacto na sobrevida? 129 doentes, goserelina trimestral Seguimento médio 47,5 meses O risco de morte está relacionado com a testosterona sérica aos 6m. OR: 1,32 Perachino M et al., BJU Int 2010; 105: 648
Quantas vezes se deve medir a testosterona? N=73, testosterona sérica cada 6 meses durante 3 anos Análogo LHRH trimestral Probability of future breakthrough escape (%) Number of consecutive testosterone values <20 ng/dL A testosterona deve ser avaliada cerca de 3 vezes Morote J et al. BJU Int 2008; 103: 332-5
CONCLUSÕES Quanto mais baixa a testosterona melhor Nem todos os análogos LHRH conseguem níveis de castração semehantes à orquidectomia
CONCLUSÕES Importância do doseamento da testosterona: Antes do inicio do tratamento Após inicio do bloqueio hormonal No mínimo uma medição 6 meses depois Na presença de escape hormonal Durante o bloqueio intermitente