Existência de Equilíbrio e convergência

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Existência de Equilíbrio e convergência WALRAS: CONCLUSÃO Existência de Equilíbrio e convergência

EXISTÊNCIA DE EQUILÍBRIO E CONVERGÊNCIA Falta rigor na demonstração do EG em Walras: A igualdade entre o número de equações e incógnitas não assegura a existência de uma solução que seja única e que tenha significado econômico, isto é, que tenha preços e quantidades positivas. A partir dessa igualdade, pode-se obter equilíbrio múltiplo, o sistema não apresentar soluções (quantidades demandadas e ofertadas diferentes para qualquer preço) ou apresentar soluções com valores negativos sem significado econômico

Outros problemas: Como este equilíbrio advém do comportamento maximizador dos agentes e De que modo o mercado corrige as situações de desequilíbrio, isto é, como os excessos de oferta e demanda são eliminados. Supondo a existência do equilíbrio, o que garante a convergência a ele?

Não responde questões sobre existência, unicidade e estabilidade do equilíbrio e também não explica o caminho em que o equilíbrio é alcançado (Kaldor, Hicks e Samuelson discutem essas questões nos anos 40) Qual o papel do empresário? Se a competição entre empresários, na condição de equilíbrio, produz um lucro final nulo, o que eles ganham para exercer a sua função? Empresário Sísifo: atua como mero coordenador que organiza a produção tomando as técnicas e os preços como dados

A lenda de Sísifo Segundo a lenda grega, Sísifo, rei de Corinto, tendo escapado astuciosamente a Tânatos, o deus da morte, enviado por Zeus para castigá-lo, foi levado por Hermes ao Inferno, onde o condenaram ao suplício de rolar uma rocha até o cimo de um monte, donde ela se despencava, devendo o condenado recomeçar incessantemente o trabalho

Enquanto a receita exceder ou estiver abaixo dos custos, haverá respectivamente lucros e perdas que afetarão a escala de produção de modo a eliminar-se os excessos. No equilíbrio, o lucro econômico é zero, apenas subsiste o lucro contábil, semelhante a um juro pago pelo uso do serviço do capital. No caso, remunera-se o proprietário do capital e não a função empresarial. Parece não existir uma identidade socioeconômica para o empresário Sísifo. No entanto, na interpretação de William Jaffé, o maior especialista em Walras, haveria um papel para o empresário, neste modelo, na situação de desequilíbrio. Ele age quando há diferença entre preços de venda e custo de produção.

EXPLICAÇÃO DO PROCESSO EQUILIBRADOR EM WALRAS Hipótese da existência de um mecanismo intitulado tateamento, desenvolvido primeiro na troca pura, depois estendido à produção, à formação de capital e à moeda. Trata-se de uma lei ex machina, imposta artificialmente para o sistema econômico alcançar o equilíbrio geral. 3 atores no leilão de mercado: compradores, vendedores (proprietários dos bens) e um controlador das transações (leiloeiro).

O tateamento No início da transação, o leiloeiro chuta um vetor de preços e deixa os agentes formularem suas propostas de compra e venda. Se houver a esses preços igualdade entre oferta e demanda, a barganha é declarada fechada pelo leiloeiro e o vetor de preços é o de equilíbrio. Se não, o leiloeiro ajusta os preços de acordo com a regra: os preços aumentam para eliminar excessos de demanda e reduzem para eliminar os excessos de oferta.

O leiloeiro age por um processo de tentativa-e-erro (tateamento) continuamente até que ocorra a completa eliminação dos excessos. Até esse ponto, os preços são apenas virtuais e as trocas não são efetivamente realizadas. São as chamadas “trocas falsas”, pois só no equilíbrio as trocas ocorrem de fato. Se no curso do processo equilibrador os agentes trocarem seus bens aos preços de desequilíbrio, a dotação individual variará continuamente e não será possível se alcançar um equilíbrio walrasiano, já que este se refere a uma dada alocação de recursos. As transações não ocorrerão enquanto o sistema estiver procurando o ponto de equilíbrio.