Teorias e Técnicas psicoterápicas

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Transcrição da apresentação:

Teorias e Técnicas psicoterápicas Aula FMPFM – 2013 Teorias e Técnicas psicoterápicas Donald W. Winnicott 1896- 1971

Pediatra por mais de 40 anos, além de psicanalista. Experiência com saúde e doença. A psicanálise não poderia restringir-se à compreensão da doença psíquica, precisava ir além e tentar entender o funcionamento da mente humana sem a interferência da doença. Ênfase no desenvolvimento saudável.

O ser humano tem uma tendência inata ao desenvolvimento O ser humano tem uma tendência inata ao desenvolvimento. A patologia ocorre por alguma falha externa ao bebê, juntamente com problemas de origem orgânica ou hereditária. Paradigma básico: o bebê no colo da mãe. “Um bebê não existe”. O que existe é um “complexo mãe/bebê”.

Winnicott enfatizou a influência do meio ambiente no desenvolvimento psíquico do ser humano. Plano Psíquico  “ processo de maturação”. Primeira fase  desde o nascimento até os 6 meses = Estado de dependência total em relação ao meio, isto é a mãe. Segunda fase  dos 6 meses aos 2 anos = Estado de dependência relativa

Fase de Dependência Relativa Dependência relativa porque a criança se conscientiza de sua sujeição e, por conseguinte, tolera melhor as falhas de adaptação da mãe. Percebe a mãe como separada dela.

As 3 funções maternas:  a apresentação do objeto: apresentação do seio ou da mamadeira ( Primeira refeição teórica).  Holding, ou seja, a sustentação: a mãe protege o bebê dos perigos físicos que acontece através dos cuidados cotidianos. Handling, ou seja, o manejo, ou manipulação: os cuidados físicos e emocionais dados ao bebê.

Para Winnicott, as doenças psíquicas, particularmente as mais graves, tinham a ver com perturbações que ocorreram durante as fases iniciais da formação do psiquismo, quando o meio ambiente da criança é constituído pelas relações familiares.

Admitindo que cada indivíduo tem uma experiência singular de seu ambiente devido a fatores pessoais, insiste na idéia de que um ambiente real, experimentado como facilitador é requisito indispensável ao desenvolvimento saudável das potencialidades do indivíduo.

Este ambiente é inicialmente a mãe, ou quem exerça sua função entendida como: segurar o bebê - no início literalmente e, cada vez mais, no sentido figurado de apoio psicológico; manuseá-lo, através dos cuidados necessários a sua sobrevivência, e apresentar-lhe o mundo em pequenas doses. Para Winnicott inicialmente, a mãe exprime seu amor através dos cuidados físicos, procurando adaptar-se realmente de maneira ativa e criativa às necessidades do seu filho.

Para Winnicott, a realidade interna se constitui na relação com a realidade externa, e tem como base três processos: Integração (somato psíquica) Personalização Realização (tomada de consciência)

Diferencia instintos (pulsões) de necessidades instintivas Diferencia instintos (pulsões) de necessidades instintivas. Na terapia, por vezes é necessário uma satisfação de necessidades vitais antes de qualquer trabalho propriamente interpretativo. Ênfase nos cuidados sociais e ambiente familiar como facilitador de crescimento pessoal.

Os fenômenos Transicionais Ocorrem à partir das falhas saudáveis na adaptação da mãe ao seu bebê. A criança descobre, progressivamente, que ela e sua mãe são separadas, o que é extremamente angustiante. Percepções de eu/não-eu e posteriormente de Eu/outro. Se há uma mãe que não é ela, também existe a possibilidade da perda. Essa descoberta, potencialmente traumática, vai ser amenizada pelo que Winnicott denominou de Objetos transicionais”. “

Objetos Transicionais Se concretizam na forma dos famosos paninhos, ursinhos, chupeta, etc. Ou podem se constituir como “ situações transicionais” , como cantar certas músicas ou seguir rituais na hora de dormir. O objeto transicional constitui-se num paradoxo: ele é o bebê; é a mãe, mas não é a mãe. O paninho, lembra a maciez do contato com a pele materna.

O Objeto transicional tem a função de fazer a ponte entre o mundo interno e o externo, e torna-se um elemento de ajuda fundamental para o reconhecimento, por parte da criança, de que existe algo fora dela. O objeto transicional é criado num lugar Psíquico que Winnicott denominou de espaço transicional ou potencial ou ainda de área de ilusão.