O Administrador Judicial na nova Lei de Falências

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Transcrição da apresentação:

O Administrador Judicial na nova Lei de Falências CONCEITO: é profissional (pessoa física ou jurídica) de confiança do juízo, idôneo e capacitado tecnicamente para auxiliá-lo na administração da falência ou da recuperação judicial. Interpretação de suas funções a partir dos objetivos e princípios da nova lei (proatividade). Antigo síndico X novo administrador judicial. Natureza Jurídica: órgão da falência e da recuperação judicial, tendo a Lei n. 11.101 unido as figuras do comissário e do síndico em uma mesma figura.

ADMINISTRADOR JUDICIAL CRITÉRIOS DE NOMEAÇÃO: - cabe ao Juízo (artigos 52, I e 99, IX); Obs: veto do Presidente da República às alíneas c e a dos incisos I e II do artigo 34 da do Projeto que culminou na Lei n. 11.101/05, nos quais havia atribuição da assembleia geral de credores para a substituição e indicação de um administrador judicial substituto. No Decreto-Lei n. 7.661/45: Síndico (art. 60) e comissário (art. 161, § 1º, IV, c/c art. 60) eram escolhidos “entre os maiores credores”; Apenas em caso de três recusas sucessivas, o magistrado poderia nomear livremente pessoa estranha à coletividade de credores, contanto que “idônea e de boa fama, de preferência comerciante” (art. 60, § 2º, in fine).

ADMINISTRADOR JUDICIAL FUNÇÕES DO ADMINISTRADOR JUDICIAL: ART. 22 LRF Na recuperação judicial e na falência: Definição da relação de credores (análise dos livros e demais documentos trazidos pelos credores em divergências e habilitações administrativas para confecção da relação de credores do administrador e consolidação do QGC depois do julgamento das impugnações de crédito). OBS: mera repetição da relação apresentada pelo falido ou pela recuperanda? Comunicação e atendimento – diretamente – aos credores (informações e orientações) Zelar pela regularidade do processo a fim de que atinja a sua finalidade com a maior eficiência possível (fiscalização de prazos, contratação de equipe – caso necessário -, convocação de AGC – caso necessário).

ADMINISTRADOR JUDICIAL Na recuperação judicial: Fiscalização das atividades do devedor (adequação aos propósitos do instituto – geração de empregos, receitas, tributos, circulação de bens e serviços etc). Fiscalização do plano de recuperação (identificação de ilegalidades) Fiscalização da conduta processual e material do devedor (antes e depois da aprovação do plano de recuperação – cumprimento das obrigações assumidas pelo devedor)

ADMINISTRADOR JUDICIAL

ADMINISTRADOR JUDICIAL

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ADMINISTRADOR JUDICIAL Destituição e Substituição do administrador judicial. Substituição: não é punitiva e enseja remuneração proporcional, salvo se houver renúncia sem relevante razão. Destituição: é punição ao administrador desidioso, de má-fé ou incompetente. Há, nesse caso, perda do direito à remuneração.

ADMINISTRADOR JUDICIAL Destituição. Hipóteses Desobediência aos preceitos desta Lei; Descumprimento de deveres; Omissão, negligência ou prática de ato lesivo às atividades do devedor ou a terceiros. OBS – Destituição – Contraditório e Ampla Defesa – Incidente.

ADMINISTRADOR JUDICIAL Pode o administrador judicial ser destituído ou substituído por perda de confiança? Ementa: FALÊNCIA - DECISÃO QUE DETERMINOU A SUBSTITUIÇÃO DE SINDICO DATIVO DA MASSA FALIDA - SIMPLES ALEGAÇÃO DE QUEBRA DO VÍNCULO DE CONFIANÇA - INSUFICIÊNCIA - IMPRESCINDIBILIDADE DE FUNDAMENTAÇÃO, INEXISTENTE NA ESPÉCIE - OFENSA AO ART 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL - MEDIDA QUE, NO CASO, PODE TRAZER REFLEXOS NEGATIVOS AO SÍNDICO AFASTADO - NECESSIDADE DE PRÉVIO E REGULAR CONTRADITÓRIO - QUEBRA DE CONFIANÇA QUE SER RELACIONADA AO TRABALHO DESEMPENHADO. OBSERVÂNCIA DO PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE. ART. 37, CAPUT, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL RECURSO PROVIDO PARA ANULAR A DECISÃO (0293561-17.2011.8.26.0000, Agravo de Instrumento, Relator(a): Elliot Akel Órgão julgador: 1ª Câmara de Direito Privado , Data do julgamento: 29/01/2013)

Responsabilidade Tanto o administrador quanto os membros do Comitê respondem por culpa ou dolo pelos prejuízos causados à massa, ao devedor e aos credores. O art. 134, do CTN determina que o síndico responde pelos tributos devidos pela massa falida e o comissário pelo concordatário. A responsabilidade é por ato praticado pelo administrador no desenvolvimento do seu encargo ou pelo recuperando sob fiscalização do administrador.