Alimentação Infantil Márcia Regina Garcia

Fatores que afetam o crescimento Herança genética: É o fator mais previsível e importante na determinação do crescimento. É muito forte a influência da altura dos pais e dos familiares. Deve-se lembrar, contudo, de que a herança genética, apesar de ser o mais importante fator de definição da altura de uma pessoa, não é o único.

Gestação Influência importante no crescimento da criança, por isso a mãe deve tomar certos cuidados:

O ganho de peso da mãe durante a gravidez é fundamental para o crescimento e a saúde do bebê. O peso que a mãe tem no início da gestação indica quantos quilos ela deverá engordar nas 40 semanas da gravidez.

Alimentação Os fatores alimentares são os mais facilmente mais controláveis e só dependem do meio em que ela vive, ou seja, da disponibilidade de nutrientes.

A criança que não recebe todos os nutrientes na quantidade em que precisa apresentará problemas em seu crescimento. Basta a carência de uma única vitamina, por exemplo, para que a formação dos tecidos seja afetada de alguma forma.

Fatores Hormonais Hormônios: são substâncias produzidas pelo próprio corpo que desempenham importantes papéis em diversos processos do organismo.

Peso e altura abaixo do esperado para a idade podem ser sinais de deficiência de hormônio de crescimento. Para diagnosticar, é preciso que haja uma cuidadosa avaliação clínica e, ainda, exames laboratoriais para detectar se realmente há deficiência.

Doenças crônicas As doenças crônicas (diabetes, fibrose cística, insuficiência renal, asma, cardiopatias e doença celíaca) prejudicam o crescimento da criança quando o tratamento não é adequado ou começa muito tarde.

Crianças com doenças crônicas precisam de cuidado redobrado médico, bem como de uma boa alimentação. Só assim, pode-se garantir o crescimento delas.

Medicamentos O uso de medicamentos por longos períodos, como acontece com os corticóides, pode interferir no crescimento da criança. Por isso sua utilização deve ser cuidadosamente acompanhada por um pediatra.

Desenvolvimento Começa na fecundação e finda-se aos 8 ou 9 anos de idade. Nesse momento, as aptidões motoras, mentais e sociais ficam qualitativamente semelhantes às dos adultos.

O desenvolvimento é um processo de aprendizagem que se utiliza da inteligência do indivíduo; Refere-se à aquisição de um conjunto de habilidades básicas,por exemplo, pegar objetos, desenhar linhas, círculos e quadrados, rabiscar, entre outras.

Necessidades Nutricionais

PRINCÍPIOS DE UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL VARIEDADE MODERAÇÃO EQUILÍBRIO

Variedade!

Equilibrio

Moderação!

Carboidratos 5-6 porções Moderadamente

Proteínas Carnes e ovos: 2 porções Leguminosas: Leite e derivados: 1 porção Leite e derivados: 2 - 3 porções

Gorduras 1 porção ou moderadamente

Frutas e Hortaliças 3 - 4 porções 3-4 porções

Fibras e Água 7 - 8 copos

Exemplo de cardápio equilibrado para crianças pré escolares e escolares ou Lanche da manhã ou Café da manhã

Lanche da tarde Almoço

Atividade Física é Saúde

Estudo de caso: Pré-escolar Criança de 4 anos que tem o hábito alimentar de comer pouco e só com a mãe dando a comida em frente à TV. Cardápio: - 7:30h – dormindo, mamadeira com 200ml de leite + açúcar e neston;

8:00h – 1 bolacha recheada; 10:00h – vitamina de abacate no copo; 12:00h – arroz, batata frita, caldo de feijão, bife, 1 copo de guaraná; 12:30h – 1 mamadeira; 15:00h – 1 mamadeira de leite com neston.

16:00h – 3 bolachas recheadas; 18:00h – 1 copo de guaraná e um pirulito; 19:00h – 1 prato de miojo com uma coxinha de frango; 1:00h – mamadeira de leite com nescau.

Práticas erradas Comer em frente à TV com a mãe dando a comida; Uso da mamadeira; Grande quantidade de alimentos lácteos; Uso do açúcar em excesso;

Consumo grande de doces; Falta de horários fixos para as refeições; Mamadeira logo após o almoço; Ausência de legumes e verduras tanto no almoço quanto no jantar;

Jantar totalmente inadequado; Risco de desenvolver cárie dentária; Alimentação da criança com sono; Monotonia alimentar.

Práticas corretas Limitar o consumo de alimentos lácteos para 2 a 3 porções diárias; Aumentar o consumo de frutas e hortaliças para 3 a 4 porções diárias; Ingerir líquidos somente no copo;

Diminuir o consumo de açúcar e doces, assim como o de frituras (uso somente esporádico); Variar o cardápio, com introdução de novos alimentos para a criança; Fazer as refeições junto aos familiares na mesa; Não ingerir alimentos açucarados dormindo.