Enfª Renate Beims, adaptado por ProfªDébora Rinaldi Nogueira

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Transcrição da apresentação:

Enfª Renate Beims, adaptado por ProfªDébora Rinaldi Nogueira HUMANIZAÇÃO Enfª Renate Beims, adaptado por ProfªDébora Rinaldi Nogueira

Humanizar é tornar humano (Aurélio)

Humanização e cuidado são indissociáveis Humanização e cuidado são indissociáveis. Entende-se por humano a natureza humana, bondosa, humanitária, que tem o mesmo sentido de humanidade, no qual se incluiu benevolência, clemência, compaixão. (Ferreira, ABH; 1986)

Humanizar é a prática do humano Humanizar é a prática do humano. Logo, como humanos o que realizamos é humano, sendo, portanto, próprio ao ser humano visar o bem-estar da humanidade, tanto individual como coletivamente, isso é o verdadeiro sentido de humanizar. (Ferreira, ABH; 1986)

A desumanização acontece pelo comportamento, quando a visão é ofuscada pelo ter, assumindo uma postura – e esta é tornada em ação – contrária a essa natureza (que é a do SER) ... E dessa forma vamos nos tornando desumanos (desnaturados e cruéis) (Ferreira, 1986)

“No desequilíbrio entre ser e ter perde-se o cuidado” O cuidado (instrumento de trabalho da Enfermagem) “se caracteriza como uma relação de ajuda, cuja essência constitui-se em uma atitude humanizada” (RIZZOTO, 2002)

O que somos?

Humanização é: Um processo vivencial que permeia toda a atividade do local e das pessoas que ali trabalham, dando ao paciente o tratamento que merece como pessoa humana, dentro das circunstâncias peculiares em que cada um se encontra no momento de sua internação. SOUZA, POSSARI e MUGAVAR 1985

Só é possível humanizar... partindo da nossa própria humanização Drª Maria Julia Paes da Silva

Como podemos nos humanizar Ser mais inteiro e íntegro Ser autêntico (crer e praticar) Reconhecer e aprender com os erros Mudar o que pode ser mudado Auto - cuidado Ser feliz

Por que Humanizar?

É possível humanizar as pessoas?

Como Humanizar... Ambiente Paciente Família Equipe

Ambiente Iluminação – luz natural Controle do ruído (45 – 55 decibéis) Ajuste de alarmes Temperatura (20 – 23ºC) Decoração – painel personalizado Privacidade durante os procedimentos Facilitar atividades que possam ser executadas durante a internação (música, filmes, tv, leitura, atividade manual...) Desperdício x zelo

Valorizar necessidade de expressão e de informação Paciente Personalização (tratar pelo nome) Privacidade Tocar o paciente Valorizar necessidade de expressão e de informação Valorizar pequenas atitudes, falas e desejos Controle da dor Apoio psicológico / espiritual

Fragmentos de entrevistas que demonstram o tratamento ético que é dispensado aos pacientes sob a ótica dos mesmos: “quando me chamaram pelo meu nome, tive a certeza que sabiam o que estavam fazendo, isso me deixou mais tranquila”

“fui recebida com bom dia, mas depois me deixaram sozinha em uma sala e eu só ouvia conversas no corredor, senti medo, foi muito ruim, eu estava angustiada e as moças ficaram discutindo preço de celular”

“o paciente tem direito a ser identificado pelo nome e sobrenome “o paciente tem direito a ser identificado pelo nome e sobrenome. Não deve ser chamado pelo nome da doença ou do agravo à saúde, ou ainda de forma genérica ou quaisquer outras formas imprórias, desrespeitosas ou preconceituosas” (São Paulo,1999)

“O paciente é levado até a sala de cirurgia de forma fria, sem se estabelecer um diálogo ou mesmo uma relação de confiança profissional. (BEDIN, Eliana. et al, 2005)

Família Extensão do paciente Acesso ao paciente Rigor no horário de visitas 1ª visita acompanhada Folheto ou manual explicativo Satisfazer necessidades da família Informação, conforto e segurança Reuniões com equipe multidisciplinar Boletim médico / enfermagem

Equipe Conversar com paciente sobre os procedimentos antes de sua realização Falar a verdade Nossas rotinas internas Postura individual e profissional Choque de personalidades Trocar frustrações ou limitações Apoio psicológico / grupos de discussão

Possíveis barreiras encontradas na relação enfermagem – paciente Aparência desleixada; Falha em sua identificação com o paciente; Pronúncia errada ou troca do nome do paciente; Demonstração de desinteresse pela história pessoal do paciente e por suas experiências de vida; Discussão de problemas pessoais, fofocas, com outros profissionais; Utilização de linguagem rude ou ofensiva; Desatenção às necessidades do paciente; Abandono do paciente em situações estressantes ou dolorosas; Falha em cumprir promessas feitas.

É possível sistematizar a humanização?

As propostas de humanização em saúde também envolvem repensar o processo de formação dos profissionais ainda centrado, predominantemente, no aprendizado técnico, racional e individualizado, com tentativas muitas vezes isoladas de exercício da crítica, criatividade e sensibilidade.

Humanizar a relação com o doente realmente exige que o trabalhador valorize a afetividade e a sensibilidade como elementos necessários ao cuidar. Porém, compreendemos que tal relação não supõe um ato de caridade exercido por profissionais abnegados e já portadores de qualidades humanas essenciais, mas um encontro entre sujeitos, pessoas humanas, que podem construir uma relação saudável, compartilhando saber, poder e experiência vivida.

Como a humanização é a prática do humano, falar em praticar o humano é evidenciar que o momento em que vivemos é de profunda desumanização, a ponto de ter de tomar o substantivo “humanização” como verbo.