Residência Cirurgia Cardiovascular ICP- Residência Cirurgia Cardíaca

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Aneurisma de Aorta Ascendente Tratamento Cirúrgico
Advertisements

AVC Isquêmico Agudo Abordagem inicial
Síndrome Metabólica e Doença Renal
FACULDADE NOBRE DE FEIRA DE SANTANA
Programa Educação Continuada C R E M E S P
HEMODIÁLISE Conceitos Básicos
Residência Cirurgia Cardiovascular Res. Isaac Guimarães
Residência Cirurgia Cardiovascular Res. Isaac Guimarães
A Terapia de Contrapulsação
Residência Cirurgia Cardiovascular Res. Isaac Guimarães
FISIOLOGIA DOS NUTRIENTES
Comparação da pressão arterial, aferida por MAPA após sessão de hemodiálise, em pacientes submetidos à avaliação clínica ou bioimpedância, para determinação.
INFECÇÕES NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL
CHOQUE SÉPTICO.
Trombose Venosa Profunda
Doença Renal Crônica Orientação aos pacientes atendidos no ambulatório especializado de Doença Renal Crônica do Hospital das Clínicas de Pernambuco.
Maria Eugênia F Canziani
CASO CLÍNICO CONGRESSO MINEIRO DE NEFROLOGIA 2009
Congresso Mineiro de Nefrologia Ouro Preto 2009
Doenças Renais Prof. Marlon Santos..
SÍNDROME HEPATORRENAL
Dr. Leonardo de Andrade Reis CET Casa de Saúde Campinas
Dietoterapia nas Doenças Renais
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA AGUDA
INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA AGUDA
Pré-Operatório,Peroperatório e Pós-Operatório
COMPARAÇÃO ENTRE O LAVADO BRONCOALVEOLAR E O ASPIRADO TRAQUEAL EM PACIENTES SUBMETIDOS À VENTILAÇÃO MECÂNICA Andrea M. Marchesini, Salomón S. O. Rojas,
Roberta Iglesias Bonfim Candelária R4 Medicina Intensiva Pediátrica/HRAS/HMIB/SES/DF Coordenação: Alexandre Serafim Brasília,
Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE
Déficit de volume plasmático
Hiperglicemias.
Nefrotoxicidade induzida pela ciclosporina em transplante cardíaco
EVOLUÇÃO E TRATAMENTO DA GNDA NO ADULTO
Insuficiência Renal Aguda na Síndrome Nefrótica
DOENÇA RENAL ATEROEMBÓLICA
ENVOLVIMENTO RENAL NA INFECÇÃO PELO HIV.
1 1 ANEURISMAS INTRACRANIANOS – HSA QUANDO OPERAR? EARLY VERSUS DELAYED SURGERY Dr. Marcelo Nery Silva – HH
Cetoacidose Diabética (CAD)
Colopatia por AINES XVIII Reunião Anual do NGHD
Paulo Neves 26/02/2013. Introdução Fármaco utilizado na prática clínica desde 2000 É um dos agentes inotrópicos mais bem estudados de sempre 83 RCT’s.
Manuseio Hidroeletrolítico e Metabólico no Pós-operatório de Cirurgia Cardíaca Pediátrica Dra. Fabiana Aragão.
AMINOÁCIDOS NA INJÚRIA RENAL AGUDA Se restringe ou não?
Transplante renal Caso 1
Ana Cintia Carneiro Leão
Equipe multiprofissional de terapia nutricional
COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS: Hematológicas Renais Neurológicas
Anatomia e Fisiologia do Sistema Renal
STATUS EPILEPTICUS Drª. Ana Marily Soriano Ricardo
Vila Franca de Xira, 22 e 23 de Novembro 2013
Tipos de Terapia Nutricional e suas indicações
Fisiologia do Exercício e PIC I Workshop em Pressão Intra Craniana – PIC FMRP-USP / IEA Sergio E A Perez UFSCar / 2011.
Impacto metabólico e estratégias para redução do risco cardiovascular em DP Roberto Pecoits-Filho.
- Isolete com umidificação: umidade de 80 – 95% Perda hídrica pela (pele: 100 a 200ml/kg/dia de água livre) - Líquido: 70ml/Kg (máximo de/150 ml/Kg )
Acompanhamento da Nutrição Parenteral e suas complicações
SOBREVIDA E QUALIDADE DE VIDA EM HEMODIÁLISE
Profilaxia da TEV: HNF x HBPM
Hyperglycemia and morbidity and mortality in extremely low birth weight infants Journal of Perinatology 2006;26: Kao LS et al Apresentação: Renata.
Necrose Tubular Aguda Lieberthal. Kidney Int 1997; 52:
do Desconforto Respiratório Agudo
Insuficiência Renal Aguda
Monitoria de Bioquímica e Laboratório Químico
INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA no recém-nascido
Síndrome Nefrótica Secundária a Anti-inflamatórios Não Esteroidais Giordano F. Ginani Disciplina de Nefrologia HCFMUSP.
Avaliação pré operatória do paciente idoso
Importante!!! Amanhã – Quarta-feira – 14/06/2010 – 13:30
EDITORIAL.
Dr. Luiz Barros. Introdução 1. A doença renal crônica consiste em lesão e perda progressiva e irreversível da função dos rins. A doença renal crônica.
Insuficiência Renal Crônica.
A História da “Diálise Externa” no Rio de Janeiro Frederico Ruzany CDR-KA.
Transcrição da apresentação:

Residência Cirurgia Cardiovascular ICP- Residência Cirurgia Cardíaca RES. Isaac Guimarães ICP- Residência Cirurgia Cardíaca

Insuficiência Renal no pós operatório de cirurgia cardíaca ICP- Residência Cirurgia Cardíaca

ICP- Residência Cirurgia Cardíaca Epidemiologia da IRA Ocorre em 5% dos pacientes internados 10-30% dos pacientes de Terapia Intensiva 1-5% dos pacientes submetidos a Cirurgia Cardíaca Mortalidade da IRA dialítica no pós op cirurgia cardíaca: média de 50-60% ICP- Residência Cirurgia Cardíaca

Classificação da Insuficiência renal Pré-renal Renal Pós-renal ICP- Residência Cirurgia Cardíaca

Resposta funcional do rim normal à ICP- Residência Cirurgia Cardíaca IRA Pré-renal Resposta funcional do rim normal à hipoperfusão Hemorragia intra e pós operatória Hemoconcentração Uso de drogas vasopressoras SBDC ICP- Residência Cirurgia Cardíaca

IRA Renal Fase inicial Manutenção Recuperação ↓FG;  C/U Geralmente associado à necrose tubular aguda NTA Fase inicial Manutenção Recuperação ↓FG;  C/U Poliúria, N: C/U ↓↓FG;  ↑C/U; estab ICP- Residência Cirurgia Cardíaca

ICP- Residência Cirurgia Cardíaca IRA Pós-renal Obstrutiva ICP- Residência Cirurgia Cardíaca

ICP- Residência Cirurgia Cardíaca Diagnóstico Nivel das escorias RFG Débito urinário Alterações ácido-base ICP- Residência Cirurgia Cardíaca

ICP- Residência Cirurgia Cardíaca

ICP- Residência Cirurgia Cardíaca

ICP- Residência Cirurgia Cardíaca Caracterização da IRA Pré-renal Renal Pós-renal Má perfusão U/C:> 20:1 uNa: <20 FeNa: < 1 uOsm: > 500 Isquemia U/C:< 20:1 uNa: >20 FeNa: > 1 uOsm: 250-300 Obstrução U/C:> 20:1 uNa: variável FeNa: Variável uOsm: < 400 ICP- Residência Cirurgia Cardíaca

Fatores de risco para desenvolvimento de IRA Pré-operatórios Trans-operatórios Pós-operatórios Idade avançada Baixa fração de ejeção IR pré-existente CEC prolongado IR pré-existente CRM + TValvar Desidratação SBDC Nefrotoxicidade ICP- Residência Cirurgia Cardíaca

ICP- Residência Cirurgia Cardíaca Clin J Am Soc Nephrol 1: 19-32, 2006 ICP- Residência Cirurgia Cardíaca

ICP- Residência Cirurgia Cardíaca

ICP- Residência Cirurgia Cardíaca

ICP- Residência Cirurgia Cardíaca

ICP- Residência Cirurgia Cardíaca Glenn M. Chertow, MD, MPH; J. Michael Lazarus, MD; Cindy L. Christiansen, PhD; E. Francis Cook, ScD; Karl E. Hammermeister, MD; Frederick Grover, MD; Jennifer Daley, MD Preoperative Renal Risk Stratification Circulation. 1997;95:878-884 ICP- Residência Cirurgia Cardíaca

Cirurgia cardíaca x IRA x Mortalidade N: 2.884; 7,9% desenvolveu IRA, 0,7% nescessitou HD, Mortalidade de 28% dos pacientes que nescessitaram HD e 1,8% dos sem HD. Colon PJ et al. Acute renal failure following cardiac surgery. Nephrol Dial Transplant, May. 14(5): 1158-62, 1999 ICP- Residência Cirurgia Cardíaca

Cirurgia cardíaca x IRA x Mortalidade N: 42.773 pacientes. Em pacientes no pós operatório de cirurgia cardíaca que desenvolveram IRA dialítica a mortalidade foi de 54% para os submetidos a CRM e 63,7% nas trocas valvares. A IRA esta independentemente associada a mortalidade no pós op de cirurgia cardíaca Chertow GM et al. Independent association between acute renal Failure and mortality following cardíac surgery. Am J med, Apr 104(4): 343-8, 1998. ICP- Residência Cirurgia Cardíaca

Principal fator determinante para ICP- Residência Cirurgia Cardíaca perfusão renal é a PAM Principais variáveis independentemente associadas a IRA dialítica são: Creatinina prévia Tempo de CEC Hipotensão ICP- Residência Cirurgia Cardíaca

ICP- Residência Cirurgia Cardíaca Tratamento da IRA Manuseio pré-dialítico Terapia substitutiva ICP- Residência Cirurgia Cardíaca

ICP- Residência Cirurgia Cardíaca Clin J Am Soc Nephrol 1: 19-32, 2006 Identification of High-Risk Patients In patients who undergo cardiac surgery, identifying patients who are at high risk for ARF is critically important. The important risk factors and scoring systems that can be used for this identification purpose have been discussed above. Optimization of Renal Perfusion and Avoidance of Nephrotoxins Factors that alter renal blood flow and lead to prerenal azotemia should be identified and corrected. Treatment of volume depletion and congestive heart failure before cardiac surgery will increase cardiac output and renal perfusion. Perioperative hydration and the use of hemodynamic monitoring and inotropic agents to optimize cardiac output may be necessary. It is unknown whether intraoperative optimization of bypass flow, perfusion pressure, and oxygen delivery would affect the subsequent development of AKI, although conceptually this would seem to be a reasonable goal. Medications such as NSAID and other nephrotoxic agents should be discontinued. Whether ACEI and ARB should be discontinued before surgery is not known and is a source of some debate. If radiographic contrast is needed, then newer isosmolar contrast agents may be less toxic . In stable patients, cardiac surgery should be postponed in patients with contrast-induced ARF. ICP- Residência Cirurgia Cardíaca

ICP- Residência Cirurgia Cardíaca

Manuseio pré-dialítico BALANÇO HÍDRICO -controle de perdas e ganho diário - pesar diariamente - reposição volêmica nos hipovolêmicos - restrição hídrica e de sódio nos pacientes edemaciados EQUILÍBIO ÁCIDO-BASICO E HIDROELETROLÍTICO - evitar sobrecarga de água e sódio - corrigir acidose - corrigir hipercalemia - restrição de P e Mg DROGAS - evitar drogas nefrotóxicas - Ajuste de doses para função renal - Não usar AINES NUTRIÇÃO - restrição do aporte protéico < 0,6 g/kg/dia ????? - aporte calórico > 40 kcal/kg/dia REDUZIR RISCOS DE INFECÇÃO - retirar sv nos oligoanúricos - rigorosa assepsia dos cateteres ICP- Residência Cirurgia Cardíaca

ICP- Residência Cirurgia Cardíaca Diuréticos Mehta et al : JAMA 2002; 288:2547-53: Diurético em pacientes com IRA piora prognóstico. Cantarovich et al :Am J kidney Dis 2004; 44:402-9: não há benefício de diurético na IRA instalada com relação a necessidade de HD ou mortalidade. Uchino et al : Crit Care Med 2004; 32: 1669-77: uso de diurético não implicou em piora de prognóstico ICP- Residência Cirurgia Cardíaca

Diuréticos Usar apenas em pacientes normo ou hipervolêmicos para avaliar resposta??? Porém não promove regressão do quadro: Nephrol Dial Transplant, Dec; 12(12): 2592-6, 1997 ICP- Residência Cirurgia Cardíaca

ICP- Residência Cirurgia Cardíaca Terapia substitutiva Hemodiálise Diálise peritoneal ICP- Residência Cirurgia Cardíaca

Hipervolemia refratária Quando indicar HD Urgências dialíticas Hipervolemia refratária IRA + Sepse Anúria Uremia: Ureia > 200 Nunca retarde o tratamento!!! ICP- Residência Cirurgia Cardíaca

ICP- Residência Cirurgia Cardíaca

Por que a IRA piora prognóstico? Depressão da imunidade. Inflamação sistêmica Hipercatabolismo com desnutrição Aumenta tempo de ventilação mecânica ICP- Residência Cirurgia Cardíaca

ICP- Residência Cirurgia Cardíaca

Cuidadados com o paciente em IRA dialítica Manter estabilidade hemodinâmica, usando a menor quantidade de DVA e pelo menor tempo possível Controle rigoroso do balanço hídrico e nitrogenado Manutenção do aporte calórico em razão do hipercatabolismo Atenção aos processos infecciosos Não expor o paciente a drogas nefrotóxicas Controle rigoroso dos distúrbios hidroeletrolíticos ICP- Residência Cirurgia Cardíaca

ICP- Residência Cirurgia Cardíaca Conclusão Complicação grave Alta mortalidade hospitalar e a longo prazo Identificar-se os pacientes de maior risco Instituir medidas preventivas Nunca retardar o tratamento dialítico ICP- Residência Cirurgia Cardíaca