Universidade de Caxias do Sul

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Transcrição da apresentação:

Universidade de Caxias do Sul CÂNCER ENDOMETRIAL Dr. Paulo Roberto Cará Universidade de Caxias do Sul

C Â N C E R Generalidades CÂNCER 3ª CAUSA DE MORTE TAXAS de 345,4/100.000 CANADÁ TAXAS de 39,6/100.000 GÂMBIA

EXPECTATIVA DE EXPECTATIVA DE VIDA VIDA BRASIL BRASIL 1930 41 ANOS 41 ANOS 1960 54 ANOS 1980 62 ANOS 62 ANOS 1991 66 ANOS 66 ANOS 2000 74 ANOS 74 ANOS

CÂNCER DO ENDOMÉTRIO Incidência 4º MAIS FREQÜENTE ENTRE AS MULHERES (USA) 36.000 CASOS NOVOS e 6 MIL MORTES INCIDÊNCIA DE 12 a 100/100.000 MULHERES 6º LUGAR NO BRASIL 2º TUMOR PÉLVICO + FREQUENTE EM MULHERES > INCIDÊNCIA e < MORTALIDADE IDADE: 55 a 65 ANOS

CAXIAS DO SUL - 11,3 / 100.000 Mulheres CÂNCER DO ENDOMÉTRIO Incidência no Brasil por 100.000 mulheres REGIÃO SUL - 6,23 REGIÃO SUDESTE - 9,11 REGIÃO CENTRO-OESTE - 2,62 REGIÃO NORDESTE - 4,87 REGIÃO NORTE - 1,29 CAXIAS DO SUL - 11,3 / 100.000 Mulheres

CÂNCER DO ENDOMÉTRIO Etiologia MENARCA PRECOCE MENOPAUSA TARDIA HISTÓRIA DE INFERTILIDADE (Nuliparidade) FALHAS DE OVULAÇÃO SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS TU OVARIANOS PRODUTORES DE ESTRÓGENOS TRH com estrogênios isolados USO DE TAMOXIFEN (8x) OBESIDADE (3 a 10x), HIPERTENSÃO e DIABETES HISTÓRIA FAMILIAR DE CÂNCER COLORETAL ANTICONCEPCIONAL ORAL SEQÜENCIAL (Pré-menopausa) ANTICONCEPCIONAL ORAL COMBINADA e FUMO HISTÓRIA DE RADIAÇÃO PÉLVICA

CÂNCER DO ENDOMÉTRIO Métodos diagnósticos ECOGRAFIA CITOLOGIA CÉRVICO-VAGINAL CITOLOGIA ENDOMETRIAL BIÓPSIA ENDOMETRIAL CURETAGEM UTERINA HISTEROSCOPIA HISTERECTOMIA

CÂNCER DO ENDOMÉTRIO CLÍNICO Métodos diagnósticos Idade: 55 a 65 anos 20 a 25% antes da última menstruação 5% antes dos 40 anos Sangramento genital em 80 a 90% dos casos Teste da progesterona (76% sensibilidade) Fatores de risco Dor pélvica ou tumoração abdominal

ULTRA-SONOGRAFIA – Eco endometrial: CÂNCER DO ENDOMÉTRIO Métodos diagnósticos ULTRA-SONOGRAFIA – Eco endometrial: Maior 5 mm na pós-menopausa sem TRH Maior 10 mm na pós-menopausa em uso TRH

CÂNCER DO ENDOMÉTRIO CITOLOGIA CÉRVICO-VAGINAL Métodos diagnósticos PACIENTES ASSINTOMÁTICAS - 40 % PACIENTES SINTOMÁTICAS - 50 a 60 % POSITIVIDADE > TUMORES G III 20 % FALSOS POSITIVOS

CÂNCER DO ENDOMÉTRIO CITOLOGIA ENDOMETRIAL Métodos diagnósticos LAVAGEM, ASPIRAÇÃO, BRUSHING 2 a 12 % ACHADOS NÃO INTERPRETÁVEIS 15 a 20 % FALSOS (+) e (-)

CÂNCER DO ENDOMÉTRIO BIÓPSIA ENDOMETRIAL Métodos diagnósticos Acuracidade diagnóstica: 85 A 95 % Impossibilidade de realização: 12 a 14 % Material inadequado: 5 a 10%

CÂNCER DO ENDOMÉTRIO Métodos diagnósticos HISTEROSSONOGRAFIA Avaliar pólipos Avaliar miomas Permeabilidade tubária Sinéquias uterinas Malformações uterinas

CÂNCER DO ENDOMÉTRIO Métodos diagnósticos CURETAGEM UTERINA STOCK e KAMBOUR - 1975 D & C HISTERECTOMIA 50% Material inadequado GIMPELSON e RAPPOLD - 1998 276 HST e D & C 233 Correspondentes 44 casos HST > D & C 9 casos D & C > HST

CÂNCER DO ENDOMÉTRIO Métodos diagnósticos HISTEROSCOPIA

COMPROMETIMENTO LINFONODAL CÂNCER DO ENDOMÉTRIO COMPROMETIMENTO LINFONODAL J. Donez TAMANHO DO TUMOR GRAU TUMORAL < ou = 2 cm > 2 cm I 0% 0% II 0% 33% III 20% 30%

COMPROMETIMENTO LINFONODAL CÂNCER DO ENDOMÉTRIO MÉTODOS DE AVALIAÇÃO COMPROMETIMENTO LINFONODAL Linfoangiografia – 30% Tomografia – 33 a 70% Ressonância – 60 a 70%

Câncer de Endométrio Papel da Laparoscopia-Querleu e Le Blanc (1991) Histerectomia Assistida ou Total (com ou sem linfadenectomia pélvica) Estadiar pacientes que foram estadiadas inadequadamente

Câncer de Endométrio Estadiamento IIIc (linfonodos) I Citologia (+) B C IIIb Citologia (+) IIIa Serosa Anexos II IIIc (linfonodos) I

CÂNCER DE ENDOMÉTRIO Tipos Histológicos Adenocarcinoma Endometrióide (75%) Secretor Diferenciação escamosa Viloglandular Carcinoma Mucinoso Carcinoma Seroso Papilífero Carcinoma de Células Claras

Câncer de Endométrio O que fazer? Histerectomia Total (Extra-fascial) Anexectomia bilateral Lavado peritoneal Linfadenectomia Pélvica (casos selecionados) Linfadenectomia Para-Aórtica ?

Linfadenectomia Pélvica no Câncer de Endométrio Por quê fazer? A recorrência do câncer de endométrio é de 45% em pacientes com linfonodos pélvicos positivos x 8% em pacientes com linfonodos negativos. A sobrevida em 5 anos de pacientes com linfonodos positivos é de 54% enquanto que nas pacientes com linfonodos negativos a sobrevida é de 90% Lurain et al., Obstet Gynecol. 78:63, 1991

Linfadenectomia Pélvica no Câncer de Endométrio Quando fazer? Tumores G2 ou G3 e tipos histológicos de mau prognóstico (serosopapilífero, células claras). Tumores bem diferenciados que invadem mais de 1/3 do miométrio.

do Câncer de Endométrio Tratamento do Câncer de Endométrio Grau 1 Histerectomia Laparoscópica/ Laparotômica Sem Invasão Miometrial Com Invasão Miometrial Linfadenectomia Pélvica Linfadenectomia Para-Aórtica? Linfonodos Negativos Linfonodos Positivos

do Câncer de Endométrio Tratamento do Câncer de Endométrio Células Claras Seroso Papilar Adenoescamoso G2 e G3 Histerectomia Laparoscópica/Laparotômica + Linfadenectomia Pélvica Linfadenectomia Para -Aórtica? Linfonodos Positivos ou G3 Ic Linfonodos Negativos

CÂNCER DO ENDOMÉTRIO Laparoscopia Laparotomia NÚMERO DE LINFONODOS: - 20 pélvicos e 8 para-aórticos Laparotomia - 22 pélvicos e 7 para-aórticos Possover et al., Gynecol Oncol. 71:19-28, 1998

Sub-oclusão intestinal Lesão intestinal Lesão de bexiga e ureter CÂNCER DO ENDOMÉTRIO COMPLICAÇÕES: Lesão de grandes vasos Sub-oclusão intestinal Lesão intestinal Lesão de bexiga e ureter Spirtos et al., Am J Obstet Gynecol. 173:105, 1995 Corfman et al., Complications of laparosocpy, 184, 1997

CÂNCER DO ENDOMÉTRIO VIDEOLAPAROSCOPIA: Procedimento factível, tanto no que diz respeito ao número de linfonodos obtidos, como na radicalidade, desde que a equipe tenha formação oncológica e laparoscópica adequada.

CÂNCER DO ENDOMÉTRIO RADIOTERAPIA RTX depende dos achados cirúrgicos e patológicos. Pacientes com LND (-), invasão cervical, Grau III e penetração profunda do miométrio parecem se beneficiar com RTX.

CÂNCER DO ENDOMÉTRIO HORMONIOTERAPIA O uso de progestínicos parece não melhorar a sobrevida ou reduzir as recorrências.

CÂNCER DO ENDOMÉTRIO QUIMIOTERAPIA Casos selecionados podem melhorar a sobrevida na combinação de quimioterapia radioterapia e ou cirurgia.

CÂNCER DO ENDOMÉTRIO SOBREVIDA ESTÁGIO SOBREVIDA EM 5 ANOS I 75% II 58% III 30% IV 10%

MUITO OBRIGADO!!!