Estratégia em lesões de TCE não protegido

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Transcrição da apresentação:

Estratégia em lesões de TCE não protegido Ricardo de S. A. Ferreira

Introdução Ao longo das últimas décadas, estenose >50% em TCE era considerado indicativo de revascularização cirúrgica, apenas alto risco eram considerado para ICP. A ICP tem se tornado uma alternativa a CRVM, uma vez demonstrado em uma série de estudos sua segurança e eficácia. Associado a um procedimento menos invasivo, menores complicações intraprocedimento e evolução dos dispositivos percutâneos, técnica e tratamento adjunto.

Lesões de TCE: Diferentes graus de complexidade -Localização -Envolvimento da bifurcação

ICP TCE Tem demonstrado altas taxas de sucesso do procedimento e bom perfil de segurança no seguimento a longo prazo, mas maior incidência de RLA no seguimento tardio. ICP de TCE em cenários de menor complexidade anatômica, sem comprometimento significativo de bifurcação ( alternativa a CRVM) Classe IIa, B – Guideline Europeu Revasc. Classe IIb, B – Guideline Americano ICP

Aspectos anatômicos TCE tem dimensões relativamente constantes Extensão 8 a 11 mm diâmetro 4,4 a 4,8mm Segmento bifurcado - Vaso principal(VP) DA - Ramo lateral(RL) CX Pode ser classificado de acordo com Medina *38% TCE trifurcado Lesões de bifurcação apresentam grande variabilidade anatômica e morfológica A avaliação adequada da complexidade anatômica do TCE pela angiografia, requer atenção especial, incluindo projeções que mostrem óstios dos ramos distais e grau de envolvimento da bifurcação O óstio do TCE é bem visualizado em OAD caudal, PA caudal, PA cranial e OAE caudal

Técnicas Geralmente abordagem simples e direta Antes da ICP confirmar a lesão significativa, descartar espasmo, remodelamento negativo ou artefatos por posição de cateter

IVUS Recomenda-se reliazação IVUS – avaliação de diâmetros e áreas mínimas, distribuição da placa Área mínima do lúmen < 5 a 6 mm² - significativa

IVUS Subanálise do estudo MAIN-COMPARE -avaliou impacto do uso do IVUS como guia de tto 756 ivus vs 219 angiografia Menor taxa de mortalidade aos 3 anos, qdo guiado pelo IVUS sem significância estatística Qdo comparados apenas os tratados com SF houve redução da taxa de mortalidade p=0,06

Técnicas Lesão de TCE sem envolvimento de bifurcação, stent direto quando possível, pré e pós dilatação quando necessário. Lesão com envolvimento de bifurcação – técnicas convencionas de bifurcação fora do TCE

Técnicas Em casos de envolvimento de bifurcação distal, a abordagem provisional é a preferencial Stent em TCE apontado para DA – técnica limitada pela complexidade e grau de comprometimento do RL Utilização técnica com 2 stents – importância do RL e seu comprometimento Técnica semelhante a de bifurcação fora do TCE * Discrepância de diâmetros entre segmento prox e distal da bifurcação -

Ângulo da bifurcação Y <70º maior facilidade de recruza de guia Se optado por técnica com 2 stents ângulo <70º - 1º stent p CX (ramos mais angulado) sem recruzamento de guia posterior, passar guia pelas hastes.

Técnicas em Bifurcação Manual de cardiologia intervencionista do IDPC/ Alexandre Abizaid & J. Ribamar Costa JR – 1 ed. – 2013

Técnicas em Bifurcação Manual de cardiologia intervencionista do IDPC/ Alexandre Abizaid & J. Ribamar Costa JR – 1 ed. – 2013

Técnicas em Bifurcação Manual de cardiologia intervencionista do IDPC/ Alexandre Abizaid & J. Ribamar Costa JR – 1 ed. – 2013

Técnicas em Bifurcação Manual de cardiologia intervencionista do IDPC/ Alexandre Abizaid & J. Ribamar Costa JR – 1 ed. – 2013

Preditores de falência Deslocamento da carina e/ou placa Mudança de angulação Injúria endotelial pela pré e pós dilatação Não cobertura do óstio pelas hastes Aposição incompleta ou subexpansão Fratura do stent Dzavik et al. desmonstraram que ângulo >50 após crush foi preditor de eventos cardíacos maiores *Lesões de bifurcação preferência de reestenose em óstio de CX

Stents Metanálise de Pandya et al. – 44 estudos SF vs SNF em TCE não protegido -taxas de mortalidade, IAM e nova Revasc. Do vaso-alvo 8,8-4-8% SF vs 12,7-3,4-16,4% SNF SF apresentam menores taxas de eventos adversos aos 3 anos de seguimento Sempre que possível SF

ICP vs CRVM (multiarterias) SYNTAX Comparaou ICP vs CRVM em multiarteriais com ou sem lesão de TCE Subanálise – 705 pcts – ICP vs CRVM na lesão de TCE Seguimento de 5 anos Taxas semelhantes de mortalidade total, cardíaca e desfecho composto de morte + AVC + IAM ICP < AVC CRVM < taxas de nova revasc. Syntax II - >poder preditivo, consideração 8 variáveis clínicas

ICP vs CRVM (multiarterias) Syntax: <33 A ICP com SF se acompanha de menor número de AVCs, menor período de internação hospitalar e mostra-se eficaz para casos com lesão do tronco + acometimento de 1 vaso. A cirurgia implica em menor número de reintervenções e se recomenda, mais freqüentemente, em casos com lesões de tronco + lesões de 2 ou 3 vasos. Ambas as técnicas são, portanto, seguras e eficazes. Tanto o cardiologista clínico como o próprio paciente têm papel importante na escolha da técnica da resvascularização a ser empregada.

Decisão de tratamento Extensão da doença e complexidade anatômica (SYNTAX) Envolvimento de bifurcação distal Dispositivos disponíveis (SF, IVUS) Idade, sexo, fatores de risco/comorbidades associadas, apresentação clínica (EuroEscore, Parsonnet, STS, SYNTAX II) Função ventricular esquerda Experiência do operador/serviço Resultado locais do serviço de CRVM Abordagem multidisciplinar

Indicações de ICP Manual de cardiologia intervencionista do IDPC/ Alexandre Abizaid & J. Ribamar Costa JR – 1 ed. – 2013

Após ICP recomenda-se o uso do IVUS Expansão do stent >80% em cada subsegmento da bifurcação Aposição completa das hastes Cobertura completa da lesão

Conclusão A intervenção deve ser individualizada Considerar anatomia do vaso (cálcio, tortuosidades, tamanho do vaso e extensão das lesões) Experiência da equipe Condições clínicas do paciente – Risco X Benefício Sempre que possível SF Guiado por IVUS – diminui mortalidade