FORUM NACIONAL DO SETOR SERVIÇOS CEBRASSE Central Brasileira do Setor de Serviços São Paulo 15/setembro/2015 Prof. Juarez A.B.Rizzieri - FEA/USP.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Reforma Tributária Vagner Freitas 50/04/2011 Rio Grande do Norte.
Advertisements

Contas Externas Brasileiras Carlos Thadeu de Freitas Gomes Seminário APIMEC 40 anos Rio de Janeiro, 17 de Maio de
A Reforma Tributária e o Desenvolvimento
Política Fiscal e Déficit Público
Macroeconomia Aula 2.
1 FRAGILIZAÇÃO DAS COMPETÊNCIAS TRIBUTÁRIAS ESTADUAIS.
Economia Pública (Aula 5a)
Novos Fundamentos e Velhos Problemas Presidência da República Casa Civil Amir Khair 3 de Junho de 2005.
Economia e Finanças Públicas Aula T11
Fundamentos de Economia
Fundamentos de Economia
Até onde vamos? Francisco Luiz Lopreato IE-Unicamp
A Reforma Tributária e a Federação: O IVA e a proposta para a transição Fernando Rezende Belém, Abril 2007.
Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Reforma Tributária Brasília, PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA Secretaria Especial do Conselho de Desenvolvimento.
Instrumentos de Política Macroeconômica
AVALIAÇÃO DAS PROPOSTAS DE REFORMA TRIBUTÁRIA OAB/SP São Paulo, 06 de maio de 2008 Everardo Maciel.
JUSTIÇA FISCAL E TRIBUTÁRIA: Progressividade da tributação e
SISTEMA TRIBUTÁRIO Diagnóstico e Elementos para Mudanças
CAP3-3 O ESTADO E AS FINANÇAS PÚBLICAS
Caso 3 – política fiscal e monetária
Finanças Públicas BNDES Provas ( 2009 e 2011)
Reforma Tributária: consolidando o desenvolvimento Ministro Paulo Bernardo 17 de abril de 2008 Fundação Getúlio Vargas (FGV)
Macroeconomia Aula 3 Professora: Msc.Karine R.de Souza.
O PLANO DE METAS Expandir e diversificar a indústria
ATO 1 Nove meses de pesquisas. Trinta oito entrevistas. Quatro painéis temáticos. Dezenas de estudos revistos.
Evolução do Financiamento da Seguridade Social nos últimos 20 anos
Assessoria Econômica da FEDERASUL
Prof.ª Me. Marcela Ribeiro de Albuquerque
Finanças Públicas Incentivos, Equilíbrio Orçamentário e Bem- Estar: Os Efeitos da Guerra Fiscal Grupo: Carlos Roberto Pereira da Silva Tatiana Mesquita.
Macroeconomia Política Fiscal
Ministério da Fazenda 1 Reforma Tributária: - Diagnóstico - Objetivos da reforma - Proposta para debate Apresentação para X Marcha dos Prefeitos Abril.
Sistema Tributário: Diagnóstico e Elementos para Mudanças
Renúncia de Arrecadação Fiscal em Saúde Carlos Octávio Ocké-Reis DIEST/IPEA Nov
Ruben Claudino nº 9 Sec-D. Introdução:  No âmbito da disciplina Formação Tecnológica Especializada, estou realizar um trabalho, sobre o tema Legislação.
O Potencial das Políticas Tributárias e Educacional para o Desenvolvimento com Equidade Participação: Marcos Formiga Brasília, Março de 2010.
CASO 1 – AGREGADOS MACROECONÔMICOS
Seminário “O Futuro da Previdência no Brasil” Organização MPS / IPEA 16 e 17 de março de 2011 Panorama Internacional da Previdência Social Jorge Cezar.
Estimativa dos Gastos Tributários no Brasil
AUDIÊNCIA PÚBLICA (Artigo 9º § 4º da LRF) 3º QUADRIMESTRE DE 2009 Elaborado pela: Controladoria Geral do Município Controladoria Geral do Município Secretaria.
Porto Alegre, 5 de julho de 2011
1º ENCONTRO DE COORDENAÇÃO DO PNAFM PNAFM Ministério da Fazenda e Municípios.
Brasília, 23de maio de Seminário Sindifisco – Dieese – Ipea Progressividade da Tributação e Desoneração da Folha de Pagemento Desoneração da Folha.
Capítulo 14 O Setor Público
Dívida Pública e Déficits Orçamentários
XXII CONFERÊNCIA NACIONAL DOS ADVOGADOS PAINEL 33 - ORÇAMENTO, FINANÇAS E TRANSPARÊNCIA “CARTA DO CONTRIBUINTE BRASILEIRO” 20 A 23 DE OUTUBRO DE 2014 RIO.
FERNANDO REZENDE Tributação imobiliária e desenvolvimento municipal sustentável.
Macroeconomia: abordagem de variáveis básicas
A MACRO E MICRO ECONOMIA
DIREITO TRIBUTÁRIO SEMINÁRIO TEOLÓGICO MÉDIO INTEGRADO
Cenário Macroeconômico Junho China Economia da China parece estar se estabilizando após ações do governo para estimular o crescimento. Ainda assim,
Economia Empresarial Fichamento das aulas.
Ministério da Fazenda 11 CONSELHO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL Reforma Tributária e Seguridade Social Brasília Agosto de 2009.
Mudança no Regime Fiscal: Proposta para discussão Bernard Appy dezembro de 2013.
ESTABILIDADE DE PREÇOS VERSUS ALTO NÍVEL DE EMPREGO POLÍTICAS MACROECONÔMICAS PARA ATINGÍ-LAS E SUAS CONSEQUÊNCIAS NEGATIVAS E POSITIVAS PARA A ECONOMIA.
O Setor Público Aula 13.
MECANISMOS DE INTERVENÇÃO NA ECONOMIA
PREVIDÊNCIA PRIVADA Planejamento Financeiro. Previdência Acumular de reserva financeira com o objetivo de utilização no futuro Complemento para a aposentadoria.
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA Problemas, Desafios e Perspectivas para a Economia Brasileira Fernando Ferrari.
POLÍTICA FISCAL Ações do governo do lado dos gastos públicos e da arrecadação tributária.
GEAD: AS ESTRUTURAS E MEIOS DO ESTADO – CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DO DESEQUILÍBRIO DO ESTADO.
IMPOSTO SOBRE FATURAMENTO E LUCRO Oberdan Franco Campelo dezembro/2008.
Ministério da Fazenda 1 Reforma Tributária Apresentação para Reunião do Grupo Temático da Reforma Tributária do Conselho de Desenvolvimento Econômico e.
PERFOMANCE RECENTE DO BRASIL E PERSPECTIVAS Antoninho Marmo Trevisan Membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Porto Alegre, 5 de maio de.
Ministério da Fazenda 1 Apresentação do Ministro Guido Mantega para o Grupo Temático “Reforma Tributária” do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.
PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO FISCAL - PNEF EDUCAÇÃO FISCAL O cidadão fazendo a diferença
Investimentos públicos em saúde, educação, segurança pública, habitação e saneamento [% PIB] Pessoas que ganham até 2 salários mínimos pagam 48,8% da.
Ministério da Fazenda 1 BALANÇO DA POLÍTICA ECONÔMICA BRASILEIRA Ministro Guido Mantega Abril – 2006.
1 BRASIL AGENDA PARA O SAIR DA CRISE APRESENTAÇÃO Brasília, 2016 Este documento foi desenvolvido tendo como referência a publicação Regulação.
Os desafios para o Brasil voltar a crescer Apresentação para o seminário Brasileiros: Rumos da economia Bernard Appy Maio de 2016.
SISTEMA TRIBUTÁRIO PROF. JUAREZ RIZZIERI 2017.
Transcrição da apresentação:

FORUM NACIONAL DO SETOR SERVIÇOS CEBRASSE Central Brasileira do Setor de Serviços São Paulo 15/setembro/2015 Prof. Juarez A.B.Rizzieri - FEA/USP

PROPOSTA PARA DISCUSSÃO: 1.PRINCÍPIOS DE UM SISTEMA TRIBUTÁRIO (TEÓRICO) 2.CARACTÉRÍSTICAS DO SISTEMA TRIBUTÁRIO BRASILEIRO: INCIDÊNCIA, CUMULATIVIDADE, BUROCRACIA E TRANSPARÊNCIA 3.PARA ONDE VAI O SISTEMA TRIBUTÁRIO FACE AS CRESCENTES DEMANDAS DEMOCRÁTICAS PARA GASTOS PÚBLICOS: SOCIAIS (PREVIDÊNCIA, EDUCAÇÃO, SAÚDE, SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE, TREINAMENTO, PESQUISAS CIENTÍFICAS,...), JUROS E INVESTIMENTOS NA INFRAESTRUTURA PRODUTIVA.

O Sistema Tributário “Neste mundo não há nada certo, exceto a morte e os impostos.”... Benjamin Franklin

Os formuladores de políticas têm dois objetivos quando desenham um sistema tributário... Ê Eficiência Ë Eqüidade

Impostos : Eficiência e Custo uUm sistema tributário é eficiente se coleta um montante de receita ao menor custo para os contribuintes. Os custos dos impostos são : uO pagamento do imposto propriamente dito uO peso morto (a perda de bem estar social é maior que o valor da arrecadação do imposto do governo) uOs custos administrativos

Princípios da Tributação u Princípio dos Benefícios u Princípio da capacidade de pagar $

O Princípio dos Benefícios u O princípio dos benefícios é a idéia de que as pessoas deveriam pagar impostos com base nos benefícios que recebem dos serviços do governo. u Um bom exemplo é um imposto sobre a gasolina: u A receita desse imposto é usada para financiar o sistema rodoviário. u As pessoas que mais dirigem são também as que contribuem mais para a manutenção das estradas.

O Princípio da Capacidade para Pagar dos impostos diretos (rendas) u O princípio da capacidade de pagar é a idéia de que os impostos devem ser cobrados de acordo com a possibilidade que a pessoa tem para suportar o ônus. u O princípio da capacidade para pagar leva a duas noções de equidade : u Eqüidade Vertical u Eqüidade Horizontal

Eqüidade : Vertical e Horizontal u Eqüidade Vertical é a idéia de que os contribuintes com maior capacidade para pagar deveriam pagar maiores montantes de impostos. u Eqüidade Horizontal é a idéia de que contribuintes com capacidades semelhantes de pagar deveriam pagar montantes semelhantes. Alíquotas podem ser progressivas, proporcionais ou regressivas. Alíquotas também podem ser médias (únicas)ou marginais de acôrdo com as faixas de renda.

PRINCÍPIOS COMPLEMENTARES DE UM SISTEMA TRIBUTÁRIO 1.Neutralidade: como regra geral, tributos com alíquotas uniformes e sem exceção 2.Competitividade: sistema tributário nacional não deve constituir obstáculo à capacidade do país concorrer num mundo globalizado 3.Simplicidade: o custo de pagar e arrecadar devem ser os menores possíveis: regras gerais, ausência de exceções e de renúncias fiscais

CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA TRIBUTÁRIO BRASILEIRO

Fonte:SRF

Fonte: OCDE e RFB

Fonte: RF 2013

Industria : extr.+transf+const.

PARTICIPAÇÃO NO TOTAL (B&S) 24,5% Não Cumulativos 44,3% Seletivos 19,3% Taxas 4,75% Contribuições: Previdência e Outras 3,21% IOF 3,27%

Alíquotas aplicadas “por dentro” ou “por fora” Incidência de impostos uns sobre os outros e sobre si mesmo (cascata) Incontáveis ações judiciais ocasionadas por diferentes interpretações da legislação O contribuinte ignora quanto paga de imposto na compra de bens e serviços Transparência do Imposto No caso de serviços : 1. dois serviços na mesma nota fiscal (cascata) 2. se incluir produtos na mesma nota fiscal (castatona)

Acréscimo de custo pela tributação Fonte: IBPT, 2010.

Acréscimo de custo pela tributação Fonte: IBPT, 2010.

Acréscimo de custo pela tributação

Complexidade e Custo para Pagar Tributos

Quantidade de normas tributárias Editadas entre 5/10 de 1988 e 2010 Em vigor em 5/10/2010 Normas Artigos Parágrafos Incisos Alíneas Das normas editadas em 22 anos, estão em vigor apenas 7,4%.

1.A DEMOCRACIA DE AUMENTAR GASTOS PARA FINANCIAR COM AUMENTO DE RECEITAS TRIBUTÁRIAS JÁ SE ESGOTOU, 2.O MESMO PROCESSO FINANCIADO COM AUMENTO DE DÍVIDAS TAMBÉM ESTÁ EM CURSO DE ESGOTAMENTO, 3.O GOVERNO PRECISA VOLTAR A ESCOLHER PRIORIDADES SOCIAIS ECONOMICAMENTE SUSTENTÁVEIS OU LIMPLISMENTE OBDECER RIGIDAMENTE SEU ORÇAMENTO CONSIDERANDO O DISPOSTO NA LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal)

BUSCA DA EQUIDADE

PERDA DE EFICIÊNCIA

DESPESAS COM JUROS NOMINAIS E PREVIDÊNCIA – ACUMULADO 12 MESES

Fonte : ipeadados

PIB SERVIÇOS-INT FIN % ARREC ISS/ARREC TOTAL

DISTORÇÕES E RAZÕES PARA REFORMA TRIBUTÁRIA 1.ALÍQUOTAS MUITO ELEVADAS 2.SONEGAÇÃO = INFORMALIDADE = BAIXA TRANSPARÊNCIA 3.REDUZIR A GUERRA FISCAL 4.REDUZIR A CUMULATIVIDADE 5.REDUZIR A REGRESSIVIDADE 6.ELIMINAR TRIBUTO SOBRE EXPORTAÇÃO 7.REDUZIR TRIBUTO SOBRE INVESTIMENTO 8.REDUZIR CUSTO DO CAPITAL 9.REDUZIR CARGA SOBRE A FOLHA DE PAGAMENTOS 10.AUMENTAR A NEUTRALIDADE SETORIAL DA CARGA 11.SIMPLIFICAR O SISTEMA TRIBUTÁRIO: BUROCRACIA.....

PERSPECTIVAS PARA A ECONOMIA BRASILEIRA RESTRIÇÕES a) Preço das commodities em baixa b) Juros externos em alta c) Perda do Grau de Investimento TRAJETÓRIAS A)AJUSTE HETERODOXO (DOMINIO POLÍTICO SOBRE O ECONÔMICO) MAIS DO MESMO ( engana que eu gosto) CHOQUE DE DEMANDA COM MAIS GOVERNO E MENOS MERCADO 1) ABSORVE O DESEMPREGO 2) RESTRIÇÃO DE OFERTA LEVA A ESTAG-INFLAÇÃO B)AJUSTE ORTODOXO (DOMÍNIO ECONÔMICO SOBRE O POLÍTICO) (ajusta que eu gosto e pago pra ver) REPETE FHC

GRATO PELA ATENÇÃO