AVALIAÇÃO NO INTERNATO COMO INSTRUMENTO DE TRANSFORMAÇÃO Nildo Alves Batista CPEM - 2008
Avaliação no Internato: reflexões Tema recorrente, atual e desafiador Processo que, especialmente a partir da década de 90, tem acumulado conhecimentos específicos e inspirado experiências avaliativas em diferentes Programas
Avaliação do Internato: reflexões O contexto sócio-educacional mobilizador de práticas avaliativas, particularmente com a implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Graduação em Medicina Os mecanismos de avaliação instituídos nas universidades brasileiras – o SINAES – e a participação das universidades nos fóruns de avaliação
Avaliação do Internato: reflexões As propostas em andamento pela Comissão de Avaliação da ABEM, com a elaboração de instrumento de auto-avaliação das Escolas Médicas A experiência das Escolas Médicas com o Teste do Progresso e com a construção da Matriz de Crescimento Cognitivo do processo de aprendizagem dos estudantes
Avaliação do Internato: reflexões Demanda por aprofundar a avaliação como área de conhecimento específica Formação de grupos isolados de estudo e elaboração de propostas de avaliação Atuação, predominantemente, intuitiva do professor que avalia Temática que ainda provoca movimentos de resistência por busca de formação
Avaliação do Internato: reflexões Avaliação central avaliação do interno, com ênfase na dimensão somativa de aprovação ou reprovação A prova como instrumento privilegiado e quase exclusivo de avaliação da aprendizagem Dificuldade de envolver os diferentes sujeitos como protagonistas do processo de avaliação
AVALIAÇÃO OU SELEÇÃO? situando contextos Seleção: ato ou efeito de selecionar. Escolha fundamentada Selecionado: escolhido, apurado, seleto Caráter classificatório
CONCEPÇÕES DE AVALIAÇÃO Avaliação em sua dimensão de verificação: uma questão de medida, seleção e classificação Avaliação como acompanhamento crítico de um processo: sobre uma ação, após uma ação, para uma ação Avaliação como subsídio fundamental para a tomada de decisão Avaliação como uma explicitação de uma dada intencionalidade: o pensar sobre o que foi realizado
VERIFICAÇÃO Caráter estático Formal Ênfase quantitativa Foco na constatação Privilegia a mensuração
AVALIAÇÃO Dinâmica Ênfase quantitativo e qualitativa Função diagnóstica: pressupõe uma ação Dialógica Perspectiva Construtivista Foco na dimensão formativa
Avaliação A avaliação deve ir além da verificação do produto final/desempenho, o que significa assumir principalmente a modalidade formativa, possibilitando o acompanhamento contínuo e a tomada de decisão quanto à condução de práticas capazes de levar a resultados significativas do processo de formação.
Avaliação A avaliação deve ser entendida como um processo dinâmico que acompanha o desenvolvimento do Internato, com vistas ao aprimoramento do processo de formação do Médico.
Para Que Avaliar? Monitorar os processos de desenvolvimento do ensino e da aprendizagem dos Internos Tomar decisões: a avaliação não se encerra em si
NÍVEIS DE AVALIAÇÃO NO INTERNATO AVALIAÇÃO DE SISTEMA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL AVALIAÇÃO DE CURRÍCULO/ PROGRAMA AVALIAÇÃO DO ENSINO/PRECEPTOR AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM/INTERNO
Avaliação de Programa Alguns apontamentos
Dimensões da Realidade Dimensão Geral do Internato e sua relação com as Políticas Nacionais de Formação Médica Dimensão Particular que abrange as interfaces do Internato com a Instituição Dimensão Específica das singularidades do Internato no seu cotidiano de ensino e formação.
Questões Nucleares O que será avaliado? Quais aspectos do Internato serão considerados para a avaliação? Que parâmetros serão usados para julgar o sucesso alcançado? Como serão utilizados os resultados da avaliação?
Avaliação da Aprendizagem
Avaliação da Aprendizagem Avaliação diagnóstica conhecimento da realidade Avaliação somativa acumulação de informações Avaliação formativa acompanhamento crítico e reflexivo e tomada de decisão para melhoria do ensino -aprendizagem
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM Implica focalizar as dimensões: cognitiva (conhecimento teórico-conceitual) saber psicomotora (habilidades) saber fazer afetiva (atitudes) saber ser e conviver
Avaliação no Internato Capacidade do interno mobilizar recursos (cognitivos, psicomotores e afetivos) visando abordar uma situação específica do cotidiano profissional
Avaliação no Internato Raciocínio Capacidade de Reconhecimento Capacidade de Integração CB/CC Vivência Experiencial Intuição Capacidade de Análise e Síntese Base Cognitiva Situação Conhecimento Factual Capacidade Propositiva Habilidades Intelectuais
Avaliação no Internato O que avaliar? Base cognitiva Capacidade de reconhecimento e integração dos dados Análise e síntese Capacidade propositiva
A FORMULAÇÃO DAS QUESTÕES O que avaliar? Conhecimento Reconhecimento Compreensão Aplicação Análise (do todo para as partes) Síntese (das partes para o todo) Julgamento (avaliação)
PROGRAMA DE AVALIAÇÃO NO INTERNATO PRINCÍPIOS NORTEADORES
A avaliação no Internato deve ser entendida como um processo dinâmico que acompanha o desenvolvimento de práticas educativas, com vistas ao aprimoramento do processo ensino-aprendizagem.
A avaliação deve ter caráter multidimensional, abrangendo a Instituição, o Programa, o ensino/preceptor e aprendizagem/interno.
A avaliação deve ir além da verificação do produto final/desempenho, o que significa assumir principalmente a modalidade formativa, possibilitando o acompanhamento contínuo e a tomada de decisão quanto à condução de práticas capazes de levar a resultados significativas do processo de formação.
Os critérios e instrumentos de avaliação devem fundamentar-se numa perspectiva interdisciplinar.
Os critérios, as estratégias e as práticas de avaliação devem ser planejados coletivamente, para produzir os resultados desejados.
As finalidades e os critérios de avaliação devem ser explícitos e de conhecimento prévio dos envolvidos no processo.
Os resultados da avaliação devem ser divulgados e discutidos com todos os participantes, no sentido de assegurar a dimensão transformadora do processo.
A construção de uma cultura avaliativa devem fundamentar-se na sensibilização e no compromisso dos diversos atores sociais (docentes, discentes, dirigentes e técnico-administrativos) que integram a instituição.
Uma Comissão de Avaliação deve responsabilizar-se pela concretização destes princípios, por meio do acompanhamento e da realização de atividades que favoreçam a implantação do Programa de Avaliação.
“Um professor que não avalia constantemente a ação educativa, no sentido investigativo, instala sua docência em verdades absolutas”. (Jussara Hoffmann)
Ninguém escapa da avaliação e suas conseqüências Ninguém escapa da avaliação e suas conseqüências. Ela está para nossa vida como o ar que respiramos e o sol que nos ilumina. Em nossa vida tudo é avaliável: o belo dia de sol, as manhãs tristonhas de inverno, os bens móveis e imóveis e até mesmo a gente. (Junot Matos, 1999)
A maneira mais rápida de mudar o estilo de estudo dos alunos A maneira mais rápida de mudar o estilo de estudo dos alunos ... é mudar o sistema de avaliação.