Ensaios Clínicos e Interpretação de Exames Laboratoriais Leonardo Sokolnik de Oliveira leonardo.sokolnik@yahoo.com.br
A importância do laboratório Os testes laboratoriais são fundamentais atualmente para o diagnóstico, prognóstico e acompanhamento da terapia de várias patologias.
Risco Cardiovascular Escore de Framingham
Diagnóstico e acompanhamento do diabetes Fonte: Diretrizes da SBD, 2007 Fonte: Diretrizes da SBD, 2007
Doenças infecciosas Hepatites virais HIV Rubéola CMV Toxoplasmose Sífilis etc
Marcadores Genéticos Marcadores Tumorais BRCA1 e câncer de mama familiar Mutações da P53 em amostras de tumor Farmacogenômica Marcadores Tumorais PSA e câncer de próstata CA 15-3 e câncer de mama AFP e hepatocarcinoma
O papel do laboratório nos ensaios clínicos Participar como critério de inclusão, exclusão ou randomização beta-HCG Screening para drogas de abuso Hemoglobina muito baixa, ALT elevada, creatinina > 1,8 mg/dl, etc Genotipagem para HIV ou HCV Participar na avaliação da segurança exames de bioquímica (ALT, AST, Uréia, Creatinina, etc) hemograma completo urinálise Exemplo: falência múltipla de órgãos em 6 sujeitos que tomaram TGN1412 em um estudo clínico de Fase I na Inglaterra em 2006.
Participar na avaliação da eficácia (endpoints) HbA1c e diabetes Carga Viral para HIV e HCV Relação CD4+/CD8+ Marcadores de reabsorção óssea Ausência do cromossomo Ph, indicando remissão de LMC
Farmacêutica Hipótese Banco de Dados Análise estatística (?) (!) CONCLUSÃO Laudo (!) Sujeito (?) Transporte (?) Análise Amostras (?)
Primeiro modelo: Análise descentralizada Centro X Centro W INDÚSTRIA Centro Z Consolida os dados Centro Y = fluxo dos resultados Análise Estatística
Observações sobre o modelo descentralizado Os resultados dos diferentes centros são comparáveis? O TAT é o mesmo em todos os centros? Como cada centro deve reportar os resultados para a indústria? Qual o controle de qualidade que cada centro utiliza nas análises? Relação custo/benefício mediana
Segundo modelo: Análise centralizada INDÚSTRIA / CRO Centro X Centro W Central Lab / Affiliate Centro Z Centro Y = amostras biológicas = kits de coleta Segundo modelo: Análise centralizada = resultados
Observações sobre o modelo centralizado Os resultados dos diferentes centros são comparáveis! O TAT é o mesmo em todos os centros. O patrocinador receberá dados “limpos” e homogêneos. Condições de coleta padronizadas. Boa relação custo/benefício. Necessita de uma logística elaborada ($).
Cuidados que o Laboratório deve ter: Definir tipo de material e estabilidade para cada exame. Padronizar material de coleta. Rastreabilidade sobre a data de vencimento do material de coleta que cada centro possui. Possuir processo padronizado de coleta e transporte de amostras. Mecanismo ágil para resolver queries. Rastreabilidade sobre todo o processo, da coleta até a entrega do resultado. Experiência em gerenciamento de projetos de pesquisa clínica e manuseio de material biológico. EQUIPE DEDICADA E QUALIFICADA
Desafio para o Laboratório Muitas doenças são endêmicas em regiões remotas do globo. Nestas regiões estão grande quantidade de pacientes “virgens” de tratamento. Poucos laboratórios com equipamento e pessoal qualificado para realizar exames mais sofisticados. Estes características de muitos ensaios clínicos globais torna necessário o transporte de amostras biológicas destes locais para laboratórios centrais ou laboratórios centrais afiliados.
Desafio para o Laboratório Estas amostras precisam chegar ao laboratório em condições de tempo e temperatura adequadas para gerar um resultado representativo da condição do indivíduo. O laboratório central deve prezar por uma correta manipulação pré-analítica das amostras.
Referências bibliográficas The Central Laboratory: 20 years of evolution. Applied Clinical Trials, 2006 Central Labs on the Move. Applied Clinical Trials, 2008 The local central lab model. Applied Clinical Trials, 2008 Lab Data in remote regions: meeting the challenge. Applied Clinical Trials, 2005 Centralizing the laboratory. Applied Clinical Trials, 2007 Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes. SBD, 2007. http://www.diabetes.org.br/politicas/diretrizesonline.php