Estudo de gêneros textuais em diferentes práticas sociais Domínio discursivo digital Ana Marinho Eliane Bermudes Renata Coppola Simone Verdum.

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Estudo de gêneros textuais em diferentes práticas sociais Domínio discursivo digital Ana Marinho Eliane Bermudes Renata Coppola Simone Verdum

Conceito de Gêneros Textuais São formas verbais de ação social relativamente estáveis realizadas em textos situados em comunidades de práticas sociais e em domínios discursivos específicos. Caracterizam-se como eventos textuais altamente maleáveis, dinâmicos e plásticos (suscetíveis de serem modelados). Caracterizam-se mais por suas funções comunicativas , cognitivas e institucionais do que por suas peculiaridades linguísticas e estruturais. Referem-se a textos materializados que encontramos em nossa vida diária e que apresentam características sócio-comunicativas definidas por conteúdos, propriedades funcionais, estilos e composição características. Domínio discursivo digital Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum

Conceito de Gêneros Textuais Elementos característicos dos gêneros Classe de eventos comunicativos; Compartilhamento de propósito comunicativo (este último importante: motiva uma ação, é vinculado ao poder); 3. Prototipicidade (traços especificados na definição do gênero, semelhança); 4. Lógica subjacente ao gênero (lógica do gênero, na qual os membros da comunidade o reconhece); 5. Terminologia elaborada pela comunidade discursiva para seu próprio uso. Domínio discursivo digital Domínio discursivo digital Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum. Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum

Conceito de Gêneros Textuais “Um gênero compreende uma classe de eventos comunicativos, cujos exemplares compartilham os mesmos propósitos comunicativos. (...) Os gêneros têm nomes herdados e produzidos pelas comunidades discursivas e importados por outras comunidades. Esses nomes constituem uma comunicação etnográfica valiosa, porém normalmente precisam de validação adicional.” Domínio discursivo digital Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum. Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum

Conceito de Gêneros Textuais Noção com base na observação de gêneros no ambiente virtual “Um gênero é um padrão de comunicação criado pela combinação de forças individuais, sociais e técnicas, implícitas numa situação comunicativa recorrente. Um gênero estrutura a comunicação ao criar expectativas partilhadas acerca da forma e do conteúdo da interação, atenuando assim a pressão da produção e interpretação.” Exemplos: e-mail, chat, aulas virtuais etc. Domínio discursivo digital Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum. Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum

Conceito de Domínio Discursivo (esfera) Esfera ou instância de produção discursiva ou de atividade humana. Propiciam o surgimento de discursos bastante específicos. Constituem práticas discursivas nas quais podemos identificar um conjunto de gêneros textuais que, às vezes, lhe são próprios (em certos casos exclusivos), como práticas ou rotinas comunicativas institucionalizadas. São as grandes esferas da atividade humana em que os textos circulam. Exemplo: digital. Domínio discursivo digital Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum. Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum

Conceito de Comunidade Discursiva Seis características podem defini-la: Conjunto de objetivos públicos em comum; Mecanismos de comunicação entre os participantes; Função da troca de informações; Capacidade de desenvolver seu próprio elenco de gêneros; Léxico que cada comunidade discursiva possui; Membros que detêm um conhecimento altamente desenvolvido do discurso e do conteúdo usados pela comunidade e membros novatos estimulados a adquirir conhecimento das convenções discursivas, para participação plena nas atividades. “Caracterizada como um grupo que trabalha junto e mantém seu repertório de gêneros, com traços retóricos evidentes e com a força que valida as atividades da comunidade.” Domínio discursivo digital Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum. Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum

Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum. Gêneros Digitais Década de 1960 – aparecimento da Era Digital Necessidade sociocomunicativa e atratividade exercida pela mídia eletrônica ou digital Provenientes de gêneros já existentes – processo de transmutação “Fenômeno que explica a formação dos gêneros complexos, originados a partir de gêneros primários que transmutam de uma esfera para outra e geram um gênero de estilo similar” (Bakhtin) Exemplo: e-mail apresenta semelhante estrutura textual de uma carta Domínio discursivo digital Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum. Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum

Reconhecendo um gênero digital... Gêneros Digitais Reconhecendo um gênero digital... Formato: variável de mídia para mídia. Exemplo: e-mail para carta Espaço virtual: há níveis distintos de formalidade e informalidade – influência do contexto e destinatário Tempo de resposta: “instantânea” Presença de textos verbo-visuais. Exemplos: quadrinhos, propagandas, pinturas. Alguns gêneros digitais: e-mail, fóruns, salas de bate-papo, blogs, chats e mensageiros instantâneos, redes sociais... Domínio discursivo digital Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum. Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum

Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum. Gêneros Digitais Presença de hibridismo: traços característicos de fala e escrita – polo oralizado e polo grafado “Sob o impacto das novas formas de tecnologias presenciamos uma nova situação que está desconstruindo toda a oposição entre a fala e a escrita” (Halliday, 1996) Uso de abreviações de palavras como “tc (teclar), vc (você), tb (também), pq (porque). - Netspeak: a escrita presente nos e-mails e bate papos. Surgimento de jargões e neologismos - Internetês: linguagem utilizada no meio virtual capaz de influenciar no cotidiano “real” Uso de símbolos virtuais – os ‘emoticons’ Domínio discursivo digital Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum. Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum

Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum. Gêneros Digitais “Não só cada gênero está em incessante alteração; também está em contínua mudança seu repertório, pois, à medida que as esferas de atividade se desenvolvem e ficam mais complexas, gêneros desaparecem ou aparecem, gêneros diferenciam- se, gêneros ganham um novo sentido. Com o aparecimento da internet, novos gêneros surgem: o chat, o blog, o mail, etc.” (Fiorin, 2008). Domínio discursivo digital Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum. Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum

Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum. Gêneros Digitais Retomando a teoria... Comunidade discursiva: conjunto de indivíduos com objetivos próximos ou comuns, expressos ou não. - léxico próprio e específico que dificulta o acesso por não membros - equilíbrio entre membros antigos e membros novos “Objetivo de socialização que reflete no comportamento linguístico” (Swales, 1990) Nas redes sociais e nas mídias digitais a Comunidade Discursiva se dispersa espacialmente formada por indivíduos com objetivos específicos compartilhados - ideia de pertencimento e socialização (sociolinguístico e sociorretórico) Exemplos: compartilhamento de ideias/objetivos nos denominados comunidades e/ou grupos nas redes sociais ou via aplicativos de celulares de comunicação via mensagens como WhatsApp Domínio discursivo digital Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum. Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum

Evolução dos Gêneros Digitais E-mail Função inicial (1970): troca de mensagens simples, como nosso SMS de hoje. Evolução do sistema: envio de mensagens maiores, passa a ser mais visto como correio eletrônico. Meados de 1990: primeiros serviços de hospedagem pagos e, depois, gratuitos. Provedores e serviços gratuitos ficaram cada vez mais comuns, o que tornou a rede mais acessível e muito mais barata (Hotmail, Yahoo, Gmail, AOL, BOL). Com o tempo, o e-mail não foi mais suficiente para acompanhar a rapidez com que as informações precisavam circular, bem como a velocidade com que as pessoas precisavam se comunicar. Era a hora de aparecerem as salas de bate-papo (chats). Domínio discursivo digital Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum. Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum

Evolução dos Gêneros Digitais 2) Salas de bate-papo (chats) Inicialmente: ótimas alternativas para quem queria uma forma mais rápida de jogar conversa fora, sem a necessidade de envio de arquivos ou manter um registro da conversa. Sem nenhum benefício para as comunicações empresariais, as salas de bate-papo foram perdendo adeptos. Novo programa: capaz de construir uma lista de amigos e avisar quando eles estivessem disponíveis para conversar; era possível conhecer mais gente e também conversar com pessoas do dia a dia. Bastava adicionar um número, e-mail ou nome de usuário para ver quando a pessoa entrava. Iniciava-se a era dos mensageiros instantâneos. Domínio discursivo digital Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum. Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum

Evolução dos Gêneros Digitais 3) Mensagens instantâneas Reinvenção: ICQ - hegemonia durou alguns anos. MSN Messenger: facilidade de uso e quantidade de recursos, roubando uma grande fatia do mercado de mensageiros. Com a popularização do Skype em detrimento à do MSN, este deixou de existir. Popularização do WhatsApp. Domínio discursivo digital Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum. Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum

Evolução dos Gêneros Digitais 4) Blogs Vida social na vida digital. Compartilhamento de informações pessoais com os amigos, familiares. Empresas criaram diversos serviços, como blogs, fotologs e outras ferramentas que permitissem mais interação entre os internautas. Necessidade de integração em um só local, para não precisar guardar uma infinidade de nomes de login, decorar inúmeros endereços de diferentes serviços, já que a quantidade disponível era enorme. Aperfeiçoou-se então a ideia das redes sociais. Domínio discursivo digital Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum. Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum

Evolução dos Gêneros Digitais 5) Redes sociais Sites como MySpace, Orkut, Facebook, Windows Live Spaces, Google+ surgiram com a proposta de manter em um só lugar todos os serviços disponíveis anteriormente. Possibilidade de criar um perfil em todas essas redes e inserir fotos (em vez de manter um fotolog) e escrever seus pensamentos (em vez de criar um blog). Diversos programas e aplicativos que reúnem interesses com fins parecidos (Instagram, Snapchat, Spotfy, Twitter, LinkedIn). Domínio discursivo digital Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum. Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum

Exemplos de Gêneros Textuais Traços do gênero tradicional conhecido na escrita, como a carta, mas traz elementos novos, em especial na relação com a oralidade. Vai além dos limites entre as noções tradicionais de comunicação oral e escrita. Comunicação entre as pessoas de forma rápida e eficiente. Troca de informações e arquivos em meio eletrônico. Redução das distâncias e dos custos. Interação pessoal e profissional. E-mail Características Domínio discursivo digital Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum. Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum

Exemplos de Gêneros Textuais Cabeçalho (padronizado, fixo e posto automaticamente pelo programa, cabendo ao usuário apenas preencher). Parte pré-formatada e outra livre, que é o corpo do texto. Anexos. Endereço do remetente: automaticamente preenchido. Endereço do receptor: deve ser inserido (quando não for uma resposta). Possibilidade de cópias: a ser preenchido, visível ou não ao receptor. Assunto: deve ser preenchido. Data e hora: preenchimento automático. Corpo da mensagem com uma saudação, texto e assinatura. E-mail Características Domínio discursivo digital Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum. Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum

Exemplos de gêneros textuais Aplicabilidade e propósitos E-mail Aplicabilidade e propósitos Ambiente corporativo: troca de mensagens, agiliza processos, democratiza o acesso às informações e diminuem-se os custos. Grupo familiar e de amigos: compartilhamento de arquivos pessoais, troca de mensagens. Ambiente escolar: informações sobre aulas, conteúdo de ensino. Canal com consumidor: compras on-line, reclamações. Vendas: e-mail marketing. Fins jurídicos. envio de correspondências que precisam ter um registro formal de sua existência Necessário para cadastro em rede social ou mensageiro instantâneo.  armazenamento de informações Domínio discursivo digital Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum. Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum

Exemplos de gêneros textuais Blog = abreviação de weblog, união de web (teia) e log (diário de bordo). Inicialmente tinha caráter pessoal: usado como diário, em que o autor escrevia sobre seu dia, experiências pessoais, sentimentos. Atualmente: páginas em que blogueiros (autores do blog) divulgam informação sobre variados temas. Interação: os leitores podem fazer comentários nas postagens dos artigos. Linguagem verbal e não verbal: além de textos, é possível inserir imagens, músicas e vídeos. Linguagem mais formal ou informal. Blog Características Domínio discursivo digital Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum. Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum

Exemplos de Gêneros Textuais Aplicabilidade e propósitos Variedade de blogs: pessoais, literários, artísticos, de moda, educação, notícias, profissionais Blog Aplicabilidade e propósitos

Exemplos de Gêneros Textuais A popularização da internet e flexibilidade do tempo e do espaço possibilitou que as relações sociais adquirissem novos contornos. O celular, hoje, é considerado o aparelho mais usado para conectar-se à web. Considerado uma das redes sociais mais acessadas atualmente, o WhatsApp é um aplicativo de mensagens instantâneas para smartphones. O aplicativo propicia a troca de mensagens de texto, vídeos, áudios, imagens, endereços de páginas da internet e possibilita discussão de temas, compartilhamento de conhecimento, atitudes, anseios e dúvidas, tanto em conversas privadas, quanto em grupos Além das mensagens básicas, os usuários do WhatsApp podem criar grupos, enviar mensagens ilimitadas com imagens, vídeos e áudio Mensagens Instantâneas Características Domínio discursivo digital Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum. Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum

Exemplos de Gêneros Textuais Mensagens Instantâneas Características “(...) os chats que acontecem na web poderiam ser chamados de chats hipertextuais, por trazerem, em sua textura, marcas indeléveis da riqueza plural da linguagem do hipertexto, de modo que os elementos sonoros, imagéticos e escritos se fundem para compor o texto conversacional, ainda que a escrita, nestes gêneros, apresente características distintas da usual. Isso acontece porque a web é um serviço da internet baseado no hipertexto e, por isso, seus gêneros se atualizam com marcas hipertextuais. (ARAÚJO, 2010: 125) Domínio discursivo digital Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum. Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum

Exemplos de Gêneros Textuais Substituindo formas de relacionamentos pessoais no comércio, no jornalismo e até em setores institucionalizados, como a justiça, a polícia e a igreja. Mensagens Instantâneas Aplicabilidade e propósitos Domínio discursivo digital Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum. Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum

Sequências Tipológicas Descritivo Injuntivo Exemplo de e-mail pessoal Domínio discursivo digital Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum. Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum

Sequências Tipológicas Descritivo Injuntivo Expositivo Domínio discursivo digital Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum. Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum

Sequências Tipológicas Injuntivo/ Argumentativo Função Fática Linguagem não verbal Narrativo Gravação de áudio Injuntivo/ Argumentativo Domínio discursivo digital Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum. Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum

Exemplos de Gêneros Textuais Mensagens Instantâneas Aplicabilidade e propósitos Apesar do imediatismo com que se podem produzir, as mensagens do WhatsApp são efetivamente escritas, o que permite que os interlocutores resgatem – ou mantenham por mais tempo – os referentes nas suas mentes. Domínio discursivo digital Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum. Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum

Estilo: Léxico Especializado Traços híbridos “Isto significa que os elementos próprios da escrita e os da oralidade se fundem harmonicamente nestas interações, de modo que não há como estabelecer uma separação abrupta, cabendo ao estudioso entender a linguagem a partir da noção de continuun (MARCUSCHI, 2001, p.18) Escrita na internet: grafia particular escrita digital abreviações palavras cifradas considera aspecto fonológico neologismos surgem por meio da escrita do discurso eletrônico e das transgressões realizadas pelo interlocutor Domínio discursivo digital Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum. Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum

Estilo: Léxico Especializado “Apoiados nisso, os adolescentes usuários freqüentes da mídia digital encontram na rede o espaço ideal para exercitar aquilo que mais gostam de fazer pela própria natureza da linguagem: transgredir. Sabem que não há sanções ou qualquer forma de repressão quanto ao como vão dizer o que querem dizer. Têm certeza de que será valorizado pelo direito de dizê-lo, pois contam com a proteção da máxima contemporânea da liberdade de expressão na análise dos fatos, na emissão de opiniões e sensações. (...) Os e-mails, por exemplo, uma vez recebidos reclamam uma resposta e por mais telegráficos e abreviados que sejam, levam o escrevente a utilizar-se dos recursos da modalidade escrita da língua, até porque para ‘transgredir’ conscientemente o sistema de escrita da língua é necessário dominá-lo.” (XAVIER, 2006.p. 6) Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum.

Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum. Conclusão “O gênero digital é todo aparato textual em que é possível, eletronicamente, utilizar-se da escrita de forma interativa ou dinamizada." (MARCUSCHI, 2004a, p.33) Transmutação de gêneros, Novas situações comunicativas, Comunicação padronizada. A internet trouxe inquestionáveis avanços, tanto na área do conhecimento, quanto nas interações sociais. Novos paradigmas estão sendo construídos nas relações interpessoais, alterando a concepção de tempo e espaço do mundo real, em um novo ambiente de organização de sentidos. Domínio discursivo digital Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum. Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum

Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum. Referências HALLIDAY, M. A. K. Literacy and linguistics: a functional perspective. In: Ruquaiya HASAN e Geof. FIORIN, J. L. Introdução ao pensamento de Bakhtin. São Paulo: Ática, 2008. MARCUSCHI, L. A. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: Dionísio, A. P.; Machado, A. R.; Bezerra, M. A. Gêneros textuais & ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005. MARCUSCHI, L. A., XAVIER, A. C. Organizadores. Hipertexto e gêneros digitais - novas formas de construção de sentido. São Paulo: Editora Cortez, 3ª edição, 1ª reimpressão. MEURER, J.L., A. BONINI, A., MOTTA-ROTH, D. Organizadores. Gêneros: teorias, métodos, debates. São Paulo: Parábola Editorial, 2005. SWALES, J. Genre analysis: English in academic and research settings. Cambridge: Cambridge University Press, 1990. TECMUNDO. Disponível em: <www.tecmundo.com.br> Acesso em: 28 jun. 2017. XAVIER, A. C. O hipertexto na sociedade da informação: a constituição do modo de enunciação digital. Tese (Doutorado em Linguística). Campinas: Instituto de Estudos da Linguagem (IEL). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), 2005. WHATSAPP. Disponível em: <www.whatsapp.com> Acesso em: 28 jun. 2017. Wikipédia. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%ADdia eletr%C3%B4nica&gt > Acesso em: 25 jun. 2017. WILLIAMS (eds). Literacy in Society. London and New York: Longman, 1996. Domínio discursivo digital Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum. Ana Marinho, Eliane Bermudes, Renata Coppola e Simone Verdum