HABILIDADE DE EMPATIA EM ESTUDANTES DE PSICOLOGIA: COMPETÊNCIA NECESSÁRIA A UM FUTURO PSICOTERAPEUTA? Cleuza Elizabete de Chaves (Bolsista PIC IMED), Drª.

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HABILIDADE DE EMPATIA EM ESTUDANTES DE PSICOLOGIA: COMPETÊNCIA NECESSÁRIA A UM FUTURO PSICOTERAPEUTA? Cleuza Elizabete de Chaves (Bolsista PIC IMED), Drª Marcia Fortes Wagner, Me. Simone Nenê Portela Dalbosco e Me. Suzi Darli Zanchett Wahl (Professoras do Curso de Psicologia), Faculdade Meridional (IMED INTRODUÇÃO A terapia cognitiva vem destacando a empatia como um elemento fundamental para fortalecer o vínculo terapêutico, visto a relevância do psicoterapeuta se colocar no lugar do outro e, assim, auxiliar o paciente a compreender seus próprios pensamentos, emoções e comportamentos para que, desta forma, saiba lidar melhor com seus problemas e diminuir esse sofrimento. A empatia pode ser entendida a partir de várias definições que compreendem um conjunto de condições emocionais, tais como ter o intento de cuidar e ajudar outras pessoas e conceber o que o outro sente ou pensa. Neste contexto, estudos mostram que profissionais da área da saúde mais empáticos são mais propensos a alcançar maior satisfação do paciente, adesão ao tratamento e obtenção de melhores resultados. OBJETIVO O presente estudo tem como objetivo avaliar a habilidade de empatia em acadêmicos de psicologia. MÉTODO Estudo quantitativo, observacional. Amostra: 56 estudantes de uma instituição de ensino superior do interior do Estado do Rio Grande do Sul. Instrumento utilizado: Inventário de Empatia (IE). Coleta de dados: coletiva nas salas de aula. Estudo integra pesquisa “Avaliação e promoção de Habilidades Sociais em diferentes contexto”, a qual foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Faculdade Meridional (IMED) sob o número 016/2011, CAAE 001.0.436.000-11. RESULTADOS Idade média participantes:25,80 anos (DP=10,12) Sexo: 85,7% (n= 48) mulheres e 14,3 % (n= 8) homens Estado civil: 82,1 % (n= 46) solteiros, 14,3% (n=8) casados e 3,6% (n=2) divorciados Atividade remunerada: 60,7% (n=34) trabalhavam, Renda familiar:55,4% (n=31) R$ 1.500,00 a 2.000,00 Residem: 60,7% (n=34) com os pais. Aplicação do IE: todos os fatores apresentaram escore acima da média. 1) Fator 1- Tomada de Perspectiva: maior porcentagem M= 44,7% (DP=7,37), alunos não demonstram dificuldade em compreender as perspectivas e sentimentos de outra pessoa, especialmente em situações geradoras de conflito. 2) Fator 2- Sensibilidade Afetiva: M=36,7% (DP=4,42) comprovando que existe muita atenção e cuidado pelo estado emocional do outro. 3) Fator 3- Flexibilidade Interpessoal: (M=32,9%, DP=5,69) os acadêmicos conseguem aceitar pontos de vistas diferentes, não aborrecendo-se em situações de conflito de interesses e frustração interpessoal, 4) Fator 4- Altruísmo: (M= 31,8%, DP=4,42) evidenciou que não apresentam tendência egoísta. Os resultados são apresentados na figura 1. . Figura 1 CONSIDERAÇÕES FINAIS Os achados permitem concluir que os sujeitos da presente amostra possuem habilidades bastante importantes para a sua futura profissão de psicólogos, tais como alto índice de empatia, entendimento das perspectivas e sentimentos com relação ao outro, mesmo em situações de conflito de interesses, expressando sentimentos de compaixão e preocupação pelo estado emocional dos outros, bem como capacidade para tolerar comportamentos, atitudes e pensamentos de terceiros. Este resultado vem ao encontro da literatura, que considera a empatia uma habilidade importante para o desempenho profissional de um psicoterapeuta. Desta forma, apesar das limitações relacionadas ao pequeno número de participantes, conclui-se que, como todos os fatores apresentaram escores acima da média, a amostra de acadêmicos de psicologia deste estudo demonstrou um alto índice de empatia. REFERÊNCIAS Falcone, E., Ferreira, M., Luz, R., Fernández, C., Faria, C., D’Augustin, J., Sardinha, A. & Pinho, V. (2008). Inventário de Empatia (I.E): Desenvolvimento e Validação de uma Medida Brasileira. Avaliação Psicológica, 7(3), 321-334. Lestussi , A. H., Freytes, M. V., López, G. E., & Olaz, F. O. (2012). Un estudio comparativo sobre las habilidades sociales en estudiantes de Psicología. International Journal of Psychology and Psychological Therapy, 12 (2), 277-287.