Aula 2: A História da História – Parte II

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Disciplina: Identidade, Cultura e Sociedade: História e Geografia I
Advertisements

BASES HISTÓRICAS DO SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA
Contexto histórico - “A modernidade”
Karl Marx Trabalho de Sociologia da Educação I – A
Guilherme Heidy Hirata Lucas Jacometi Matheus Cavaletti Murilo Mateus Raphael Costa Ponce Rodrigo Schmidt.
Homem e cultura Homem = ser integrante da natureza. Atua e vai além da sobrevivência; incorpora saberes e experiências... Produz conhecimento... Cultura.
DISCIPLINA – INTRODUÇÃO AO DIREITO Prof. Msc. Aparecida Correia da Silva -
Programa de Capacitação e Desenvolvimento de Defensores Públicos Coordenadores para incorporação de técnicas de gestão, administração, relacionamento interpessoal.
AUGUSTE COMTE ( ). Comte foi o primeiro pensador da corrente Positivista. O Positivismo foi a primeira corrente teórica sistematizada do pensamento.
Tema - A formação da sociedade produtora de mercadorias: o modo de produção especificamente capitalista. Texto base: O Capital CAPÍTULO I – A MERCADORIA.
Psicologia Ciência e Profissão Prof. Felipe Pinho Aula 1 – Introdução à Psicologia.
Etimologia, conceito, nascimento e função da Sociologia.
HISTÓRIA DAS UNIVERSIDADES  Bem cultural acessível à minoria  Universidade é privilégio de poucos História das Universidades Agência formadora seletora.
António Pedro Dores, Jul 2016
A Educação Matemática como Campo Profissional e Científico
MOVIMENTOS DEFENSIVISTAS DO SÉCULO XX
REALISMO E NATURALISMO
Auguste Comte Acadêmicas: Andreia Pereira da Silva Luiza de Melo Isaac
GURGEL, Claudio e FILHO, Rodrigo de Souza
Princípios Metodológicos e Escolas Geográficas
Primitivo/Primitivismo, Art Nègre, Imagens do Inconsciente, Art Brut
“Ciência da Sociedade” (Comte)
A perspectiva socioconstrutivista interacionista
A Sociologia no Brasil Disciplina: Sociologia 1° ano do Ensino Médio
Introdução ao estudo da Psicologia
A ESTRUTURA DAS REVOLUÇÕES CIENTÍFICAS Thomas Kuhn ( ) nasceu em Cincinnati, Ohio, EUA.  Cursou física na Universidade de Harvard. PRINCIPAIS.
PRINCÍPIOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DO ENSINO DE HISTÓRIA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNU DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – MODALIDADE LICENCIATURA CMDI – Comunicação Mediada.
Parte 1 O conhecimento científico
TÍTULO SEMINÁRIO TEMÁTICO Disciplina: CBD0264 Informação, Ciência & Tecnologia IC&T Abril, 2015 Alunos: Orientação: Prof. Dr. Francisco Carlos Paletta.
Prof. Esp. Suzana de Morais
HOMEM CULTURA E SOCIEDADE
A perspectiva socioconstrutivista interacionista
O TRABALHO DO HISTORIADOR
O MÉTODO científico NAS CIÊNCIAS HUMANAS
Mutações na Sociedade e Costumes
Século XIX.
Século XIX.
A DIVERSIDADE CULTURAL
HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA
PRÁTICA DE PESQUISA EM HISTÓRIA Aula 4 – A derrocada dos macro modelos e a proposta do giro linguístico.
Economia A 10º ano Maria João Pais Maria da Luz Oliveira
1.a Série ENSINO MÉDIO Matéria Aulas Livro Atividades extras
Século XIX.
Fundamentos Filosóficos para o Serviço Social Módulo 06 – Aula 02
 Quem foi  Nascimento e Morte  Interesses Principais  Obras  História  Influência  Filosofia  Dialética  Crítica de Hegel a Kant  Hegel.
Consequências do consumismo: Socioeconômico e socioambientais
CIÊNCIAS SOCIAIS – ORIGEM E REFLEXÕES
A Arte Gótica.
Fundamentos Históricos Teóricos Metodológicos dos Fundamentos Filosóficos Módulo 7 – Aula 01 Profª Ms. Mirela Ferraz.
Durkheim, Weber, Marx e as modernas sociedades industriais e capitalistas Curso de Ciências Sociais – ISP/UFPel Disciplina: Sociologia I Professor: Francisco.
MAX WEBER
Fundamentos Filosóficos para o Serviço Social Módulo 06 – Aula 05
PROF. FRANCISCO PORFÍRIO
Max Weber  .
DIALÉTICA Filosofia Antiga Filosofia Moderna Platão Aristóteles KantHegelMarx e Engels Heráclito Idealismo clássico alemão 530 a 428 a.C
Século XIX.
Século XIX.
Principais contribuições dos clássicos da sociologia
PARADIGMA EDUCACIONAL MESTRANDOS: Evanda Lopes de Souza Jeisabelly Adrianne L. Teixeira Márcia Maria Pereira UNIVERSIDADE TECNOLOGICA INTERCONTINENTAL.
Geografia Aula 02: Geografia da população. Aula 02 – Geografia da população 1. Distribuição da população no Brasil e no mundo 2. Movimentos migratórios.
Roteiro: 22/02/2019 Aulas 9 e 10 – Fontes Históricas e o Ofício do Historiador Objetivos: Estudar diferentes tipos de fontes históricas e como elas contribuem.
INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS HISTÓRICOS “A HISTÓRIA NÃO SE APRENDE. APREENDE-SE”. Lucien Febvre.
Max Weber e a Sociologia Compreensiva ( ) Ação intelectual e não política 1.
A perspectiva socioconstrutivista interacionista
CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA: O PENSAMENTO DE karl marx
SOCIOLOGIA Criação e evolução de uma ciência PROFESSOR ADRIANO PASSOS.
Pauta 3 A competência 2 da BNCC: PENSAMENTO CIENTÍFICO, CRÍTICO E CRIATIVO.
A EDUCAÇÃO FÍSICA NA ABORDAGEM CRÍTICO SUPERADORA 1. Consideração da prática pedagógica (aula) no interior de um projeto político-pedagógico (escola) referenciado.
TEORIA SOCIOLÓGICA – PRODUÇÃO HISTÓRICA
Transcrição da apresentação:

Aula 2: A História da História – Parte II Historiografia Aula 2: A História da História – Parte II

Iluminismo: Século XVIII, mudança fundamental: * as abordagens intelectuais do Iluminismo por um lado, e a descoberta de um “outro" em culturas fora da Europa (o exotismo, o mito do “bom selvagem") por outro. * São postos em questão os prejuízos culturais e o universalismo clássico. Os limites da historiografia no século XVIII são a submissão à moral e a inclusão de juízos de valores, de modo que o seu objetivo continua limitado.

século XIX - História: ciência erudita período rico em mudanças, tanto na maneira de conceber a história como na de escrevê-la. A História ganha uma dimensão de erudição. Pretende rivalizar com as demais ciências, sobretudo com o grande desenvolvimento que estas atravessam, à época. os historiadores profissionalizaram-se e fundaram os arquivos nacionais.

É o momento de fundação das grandes histórias nacionais. Os historiadores românticos, como (Michelet), mantiveram a qualidade da reflexão e a exploração crítica das fontes, sem recear estender-se no estilo, mantiveram-na como uma arte. Hegel e Marx introduziram o viés social na História. Os historiadores anteriores haviam concentrado-se nos ciclos de apogeu e crise dos governos e das nações.

O século XX Instalado no mundo acadêmico, erudito, a disciplina foi influenciada por uma versão do positivismo de Auguste Comte. Novas ciências surgem ou desenvolvem-se consideravelmente: a Arqueologia, a Demografia, a Sociologia, e a Antropologia.

Marxismo o materialismo histórico de inspiração marxista, que introduz a economia nas preocupações do historiador. Crítica: O caráter fechado e completo das análises da realidade feitas pelo materialismo histórico, assim como os reducionismos que atrelavam o processo histórico a fatores economicistas ou à luta de classe, dava a impressão de que tudo já estava explicado segundo a interpretação marxista da história.

A Escola dos Annales Formou-se em torno da revista “Annales d’histoire économique et sociale", fundada por L. Febvre e M. Bloch em 1929, alargou o âmbito da disciplina, solicitando a confluência das outras ciências, em particular a da Sociologia, e, de maneira mais geral transforma a história ampliando o seu objeto para além do evento e inscrevendo-o na longa duração ("longue durée").

O papel do testemunho histórico muda: permanece no centro das preocupações do historiador, mas já não é o objeto, senão o que se considera como um útil para construir a história, útil que pode ser obtido em qualquer domínio do conhecimento. Crítica: as explicações globalizantes da escola dos Annales, pautadas pelas análises da longa e da média duração que tinham a ambição da construção de uma história total, privilegiavam em sua análise os níveis econômico e social da realidade, relegando a cultura a uma terceira instância.

Os marcos conceituais de explicação da história foram então colocados em cheque, com a chamada “crise dos paradigmas”. A dinâmica social se tornava cada vez mais complexa e os modelos correntes de análise não davam mais conta de explicar a complexidade instaurada no mundo pós-Segunda Guerra Mundial.

A condenação das matrizes de explicação que não eram mais satisfatórias para explicar o real, a saber, o marxismo e a corrente dos Annales, teve como resultado um espírito de renovação que resultou na inauguração de novas correntes historiográficas. Destacam-se: a Micro-história e a História Cultural, ou Nova História Cultural.