Economia Monetária II 19ª aula Prof: Francisco Eduardo Pires de Souza Email: fepsouza@ie.ufrj.br
A teoria da política monetária dos pós-keynesianos Pós-keynesianos => a moeda afeta decisões de produzir e investir => posição de equilíbrio de longo período depende da política monetária corrente. Logo a moeda não é neutra nem no curto nem no longo período => a política monetária pode ser eficaz para alterar variáveis reais. A política de open Market seria capaz de afetar as decisões de investimento, ao alterar a rentabilidade relativa dos ativos (títulos x ativos reais) Ao contrário da política fiscal, a monetária não age diretamente sobre o produto. seu efeito dependerá de como os agentes econômicos desejarão recompor seus portfolios a partir das ações da política monetária
A teoria da política monetária na tradição da síntese neoclássica (“velhos keynesianos”) Velhos-keynesianos (Samuelson, Lawrence Klein, Tobin, etc) x pós-keynesianos x novos-keynesianos) Recado principal da velha escola keynesiana sobre os efeitos da política monetária: teoricamente pode afetar o produto, mas na prática sua potência é muito baixa devido à reduzida elasticidade juros do investimento. Lawrence Klein: grande queda da taxa de juros de longo prazo entre 1932 e 1941 e investimento manteve-se baixo. Daí decorre o caráter fiscalista do keynesianismo americano(klein, Samuelson, etc) r I
Taxas de juros de longo prazo: Anos 40 e anos 2010
Taxas de juros de longo prazo: Anos 40 e anos 2010
A visão velho-keynesiana da política econômica apresentada através do modelo IS-LM A Curva IS (equilíbrio no mercado de bens e serviços: D=S agregadas) Y = C + I (i) + G (economia fechada, com I função de i) C = Y-T(Y) – S(Y) (C é a parcela da renda disponível não poupada) Substituindo (ii) em (i): Y = Y-T(Y) – S(Y) + I (i) + G Simplificando e reordenando: S + T(Y) = I (i) + G ( ou S + (T-G) = I )
Em qualquer ponto da reta de 45o , S+T = I+G B b’ IS I (i)+ G G a b Y I + G 45o Em qualquer ponto da reta de 45o , S+T = I+G S (Y)+ T(Y) S + T
A Curva IS e seus parâmetros Supondo que as funções I, S, T e C são lineares, temos: C = Ca + c [Y – T(Y)] T = tY I = -bi + j (onde j é uma constante positiva igual ao valor de I quando a taxa de juros é zero. Não é o investimento autônomo. Aqui é o investimento função de i) Substituindo v, vi e vii em (i)1, temos: Y = Ca + c [Y – tY] - bi + j + G Resolvendo para i: bi = Ca + cY – ctY - Y + j + G bi = Ca + (c – ct – 1) Y + j + G bi = Ca + [(1 – t)c – 1] Y + j + G bi = Ca - [1 – c (1 – t) ] Y + j + G i = - [1 – c (1 – t) ] Y/b + (1/b)(Ca + j + G) E, chamando [1 – c (1 – t) ] de d i = -(d/b) Y + (1/b)(Ca + j + G) 1 (i) Y = C + I (i) + G i -(d/b) IS Y
Efeito de uma diminuição da sensibilidade do Investimento aos juros (b) b => (d/b) i Y -(d/b) IS0 IS1
Efeito de um aumento dos gastos públicos (G) (1/b)(Ca + j + G1) i Y IS1 (1/b)(Ca + j + G0) IS0
A Curva LM (equilíbrio no mercado monetário) Agrupando o conjunto dos motivos para demandar moeda em motivo transação (função crescente da renda) e motivo especulação (função decrescente da taxa de juros), temos: M/P = Lt(Y) + Ls(i)
A Curva LM e seus parâmetros i = -(1/h)(M/P) + (k/h) Y i M/P = Lt(Y) + Ls(i) Assumindo que as relações acima são lineares, podemos escrever: M/P = kY – hi , k>0 e h>0 Resolvendo a equação para i, temos i = kY/h – M/hP; ou i = -(1/h)(M/P) + (k/h) Y (Equação da LM) k/h Y -(1/h)(M/P)
Efeito de um aumento da oferta de moeda (M/P) i = -(1/h)(M/P) + (k/h) Y i i LM0 LM1 k/h Y Y -(1/h)(M/P) -(1/h)(M/P) (M/P) [-(1/h)(M/P)]