GESTÃO EDUCACIONAL I – 7º Período

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Transcrição da apresentação:

GESTÃO EDUCACIONAL I – 7º Período Plano de Aula 02/04/2019 Drobach e Mousquer – “Dos primeiros escritos sobre Administração Escolar...”

José Querino Ribeiro (Descalvado, 27 de fevereiro de 1907 - São Paulo, 1º de Fevereiro de 1990) foi um educador brasileiro com notória carreira no estado de São Paulo.

Fayolismo na Administração das escolas públicas, 1938; A memória de Martim Francisco sobre a reforma dos estudos na Capitania de São Paulo, 1943; Ensaio de uma teoria da Administração Escolar, 1952; Pequena introdução aos estudos de Educação Comparada, 1958; etc.

Ribeiro (1986) argumenta que em decorrência do “progresso social geral”, a escola ganha cada vez mais importância “na constelação das instituições sociais: suas atividades específicas começam a ser sobrecarregadas pela multiplicação, variação e extensão das coisas que deve ensinar e fazer aprender” Portanto, não é só o aumento do acesso à escola.

A Administração escolar vai funcionar como um instrumento executivo, unificador e de integração do processo de escolarização, cuja extensão, variação e complexidade ameaçam a perda do sentido da unidade que deve caracterizá-lo e garantir-lhe o bom êxito (RIBEIRO, 1986, p. 30).

a) A Administração Escolar é uma das aplicações da Administração Geral; ambas tem aspectos, tipos, processos, meios e objetivos semelhantes. b) A Administração Escolar deve levar em consideração os estudos que se fazem nos outros campos da Administração e, por sua vez, pode oferecer contribuições próprias utilizáveis pelos demais.

Ribeiro aborda os processos da Administração Escolar Ribeiro aborda os processos da Administração Escolar. Tais processos dão-se em três momentos sucessivos: antes das atividades específicas e supletivas da escola: planejamento e organização; simultaneamente a elas: comando e assistência à execução; ao fim de cada etapa de atividades: avaliação dos resultados e relatório crítico.

Ribeiro, reconhece que as mesmas técnicas empregadas nas teorias da administração geral podem ser empregadas pela Administração Escolar, e “com os mesmos resultados de se conseguir a melhor execução das tarefas” (RIBEIRO, 1986, p. 136). Para Ribeiro, no interior da escola, e para a melhor execução das atividades, a divisão do trabalho se dará quanto à série e às disciplinas a serem lecionadas.

Na estruturação de órgãos o princípio fundamental é a autoridade, argumenta Ribeiro. Ao mesmo tempo, Ribeiro ressalta que a base das relações humanas nas escolas ou nos sistemas de ensino “é a colaboração consentida e não fundada na autoridade com força para se fazer obedecer ou se fazer crer”

Na estruturação de órgãos o princípio fundamental é a autoridade, argumenta Ribeiro. Ao mesmo tempo, Ribeiro ressalta que a base das relações humanas nas escolas ou nos sistemas de ensino “é a colaboração consentida e não fundada na autoridade com força para se fazer obedecer ou se fazer crer”

Os chamados manuais descrevem minuciosamente como os indivíduos devem utilizar os materiais (...) instruindo sobre técnicas, processo, cuidados, precauções e demais medidas pertinentes. Os regulamentos estabelecem as normas de procedimento dos indivíduos em relação aos chefes, subordinados e colegas do mesmo nível hierárquico (RIBEIRO, 1986, p. 140).

Conclui que: Administração Escolar é o complexo de processos, cientificamente determináveis, que, atendendo a certa filosofia e a certa política de educação, desenvolve-se antes, durante e depois das atividades escolares para garantir-lhes unidade e economia (RIBEIRO, 1986, p. 179).

Manuel Bergström Lourenço Filho (Porto Ferreira, 10 de março de 1897 — 3 de agosto de 1970) foi um educador e pedagogista brasileiro conhecido sobretudo por sua participação no movimento dos pioneiros da Escola Nova.

Educação comparada, 1961. Estatística e educação, 1940. Introdução ao estudo da Escola Nova, 1978. A criança na Literatura Brasileira, 1948. Organização e administração escolar: Um curso básico, 1963...

Frente à importância que a administração escolar adquire neste cenário, torna-se imprescindível suprimir da atividade administrativa a improvisação em favor de seu desenvolvimento racional, ou seja, científico, fazendo-se necessário conhecer...

...o processo administrativo, em seu desenvolvimento cíclico, tanto quanto o comportamento administrativo, isto é, as formas gerais de ação que hoje se espera dos organizadores e administradores em qualquer espécie de atividades; e, enfim, a aplicação de inferências, daí retiradas, às situações reais que o ensino já apresente (LOURENÇO FILHO, 2007, p. 29).

Administrar, por sua vez, “é regular tudo isso, demarcando esferas de responsabilidade e níveis de autoridade nas pessoas congregadas, a fim de que não se perca a coesão do trabalho e sua eficiência geral” (LOURENÇO FILHO, 2007, p. 47).

em termos esquemáticos, pode-se dizer que as teorias clássicas centralizavam sua atenção nos processo administrativo formal; nas teorias novas, essa atenção se estende ao comportamento administrativo. Mas as novas técnicas não invalidam nem substituem as teorias clássicas, no que apresentam de fundamental. Apenas as enriquecem, como novos elementos que podem levar a metodologia da Organização e Administração a maior desenvolvimento (LOURENÇO FILHO, 2007, p. 57).

No caso dos alunos, seu “papel é aprender, ou de participarem de situações em que possam adquirir formas úteis de comportamento e discernimento, guiados pelos mestres” (LOURENÇO FILHO, 2007, p. 69); aos mestres cabe organizar e administrar os trabalhos dos discípulos (alunos); e aos diretores cabe a autoridade (e ao mesmo tempo o dever) que lhe é delegada pelos órgãos mais amplos, exercendo-a sobre os mestres, alunos e suas famílias.