Diferentes modelos epistemológicos em pesquisa

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Transcrição da apresentação:

Diferentes modelos epistemológicos em pesquisa OLIVEIRA, Luiz Antonio de.

Pesquisar: sentido social, histórico e político. Para quem? Por quê? De qual lados nos posicionamos?

Métodos de investigação Positivista; Fenomenológico; Materialismo histórico dialético.

Os modelos balizadores da pesquisa vinculam-se à hegemonia do sistema capitalista (a partir do século XVIII). Positivismo: justificação da sociedade capitalista e sua expressão política (liberalismo e neoliberalismo) e ao capital; Materialismo histórico dialético: projeto de superação das contradições pelo acirramento das contradições sociais.

Positivismo: Gestado em EMILE DURKHEIM (1958 – 1917): contribuiu para a expansão do capital, repressão e divisão social da força de trabalho.  Conhecimento = poder; Método das ciências naturais transportado para ciências sociais; Sociedade = funcionamento harmonioso; Dissimulação dos conflitos e contradições; Fatos sociais = coisas (coerção, exteriores, e gerais); Cientista = neutralidade.

Concepção de homem no positivismo: abstrato; A-histórico; Não valoriza a subjetividade em nome da racionalidade e do cientificismo

Fenomenológico: Edmund Husserl (1859 – 1938); A fenomenologia (maior peso no sujeito) inverte o peso na relação sujeito-objeto em relação ao positivismo (maior peso no objeto); Algo de comum: as pré-noções precisam ser abandonadas.

Conceitos básicos da fenomenologia: Atitude natural: percepção imediata, consciência ingênua, saber espontâneo, senso comum, sem fundamentação e desarticulado; Explicações enganadoras (aparências) sem preocupações com a ética (ciência empírica fechada em si mesma); Divórcio entre ciência e mundo; ciência e realidade; ciência e homem.

Conceitos básicos da fenomenologia: Husserl: sistematização de um método para as ciências humanas; Superar o reducionismo racionalista e empirista/positivista; Ciências empíricas (trabalho com coisas e fatos) X ciências eidéticas (trabalho com essências); Atitude fenomenológica: criticidade, ir às origens pela intuição, objeto constituído na consciência; resgate do sujeito na reflexão sobre a coisa/fato.

Conceitos básicos da fenomenologia: Rigor: apreensão crítica da realidade, com superação dos pré-conceitos e conclusões apressadas; Consciência: fonte de intencionalidades (cognitivas, afetivas, práticas); Homem –mundo: não podem ser dicotomizados(racionalismo/empirismo)

Perspectiva básica: o sujeito descreve e não explica o fenômeno (apreensão pelos sentidos de significados que expressam a estrutura e permitem novas interpretações); A perspectiva define o método. Diferente do positivismo em que o método define a perspectiva (a priori)

Pesquisa positivista: formula leis gerais, analisa dados quantitativos e busca objetividade; Pesquisa fenomenológica: analisa dados qualitativos; pressuposto situacional (mas desvincula das condições materiais da produção, das relações sociais e históricas). A realidade é idealizada e subjetivada.

MATERIALISMO HISTÓRICO DIALÉTICO: Marx (1818 – 1883). Preocupação: banalização e simplificação da aplicação do método. Críticas (década de 1970 -1980): bases do pensamento humanista tradicional e moderno; Positivismo; Funcionalismo; Visões estruturais-reprodutivistas da educação

Materialismo histórico dialético: Equilíbrio na relação sujeito – objeto; Não dissociação teoria – prática; Busca da transformação do conhecimento e das realidade de forma dialética; Definição do lugar e da perspectiva política de forma clara.

CATEGORIAS do materialismo histórico dialético: totalidade; Contradição; Mediação; Alienação; Práxis;

Considerações a postura pesquisador: Admissão da realidade objetiva (independe do pensamento); Apreensão subjetiva da realidade objetiva; Considerações: o plano histórico; o plano da realidade; a trama das relações contraditórias; A postura crítica antecede o método; Pesquisador: revelar a estruturação/o desenvolvimento/a transformação dos fenômenos sociais; Método = mediador no processo do conhecimento; Reflexão teórica em função da ação transformadora (ação refletida)

Conhecimento da realidade: Ponto de partida: a realidade marcada pelas contradições/conflitos/antagonismos/movimento; Superação das primeiras impressões dos fatos empíricos (fenômenos) na busca do essencial (leis fundamentais de determinado fenômeno); Ponto de chegada: o concreto pensado.